Sunday, January 31, 2010

Artesãos pedem a Costa que recue. Presidente afasta a hipótese do regresso do mercado de artesanato à Rua Augusta

«Os artesãos que em Maio passado foram afastados da Rua Augusta para a Praça da Figueira, em Lisboa, voltaram a pedir a António Costa que recuasse na posição. O autarca admitiu encontrar outra solução mas recusou o retorno do mercado à Rua Augusta.»

Foto: aspecto das bancadas de venda de artesanato na Rua Augusta em Julho de 2007 - artesãos com boas intenções mas instalados em local inadequado. Se a CML tivesse Urbanismo Comercial para a Baixa este tipo de ocupação nunca teria acontecido, logo não estariamos com esta questão para resolver. Os artesãos têm razão em reclamar... mas a CML também tem razão em não querer voltar ao cenário que se vê na foto.

Thursday, January 28, 2010

Artesãos pedem a Costa que recue. Presidente afasta a hipótese do regresso do mercado de artesanato à Rua Augusta

In Jornal de Notícias (28/1/2010)
CRISTIANO PEREIRA


«Os artesãos que em Maio passado foram afastados da Rua Augusta para a Praça da Figueira, em Lisboa, voltaram a pedir a António Costa que recuasse na posição. O autarca admitiu encontrar outra solução mas recusou o retorno do mercado à Rua Augusta.

"Há aqui uma situação injusta porque ao fim de oito meses não houve uma única ocupação do quarteirão do arco da Rua Augusta e tudo o que ali está é um espaço vazio que leva os lisboetas a perguntarem porque é que acabaram com o mercado de artesanato", disse Eduardo Cordeiro, representantes dos artesãos e vendedores de artesanato.

O porta-voz dos artistas interviu ontem durante a tarde na reunião pública na Câmara Municipal de Lisboa. E pediu a António Costa o regresso ao local de origem: "Aproveitem o nosso know-how construído ao longo de duas gerações e criem equipamentos dignos para o espaço", referiu Eduardo Cordeiro.

António Costa, por seu turno, foi categórico: "A Rua Augusta não é o local para se manter a feira de artesanato". "Foi esse o entendimento que existiu", continuou, "e é o entendimento que existe".

O representante dos artesãos sublinhou que a alternativa da Praça da Figueira não se tem revelado viável. "Dois colegas já desistiram da actividade", afirmou, frisando que "não há inclusão, há exclusão" e que com esta mudança "não há criação de emprego, mas antes extinção de postos de trabalho". E deixou a pergunta: "E a cidade o que ganhou?".

Perante António Costa, o mesmo responsável apelou a uma alternativa viável: "Apresentem alternativas válidas para as nossas canas de pesca e não nos ponham a pescar em lagos sem peixe".

O autarca acabou por admitir que "se a Praça da Figueira não é um bom local devemos procurar outro" e apelou à continuação do diálogo entre as duas partes.»

...

A retirada dessas vendas ambulantes da Rua Augusta foi a melhor medida em prol da Baixa dos últimos tempos. A Praça da Figueira não serve? Construção de equipamentos? Estou estupefacto!

Tuesday, January 26, 2010

REPÚBLICA DE FACHADA: Rua Ivens 1 a 15


Rua Ivens, 1 a 15. É mesmo só fachada! E neste caso só mesmo a fachada virada para a rua para manter as aparências. Tudo aprovado e benzido pela CML e IGESPAR. Entretanto a nova construção está quase pronta. Os novos residentes que com certeza afirmam "amar" o Chiado (e que vão trazer talvez mais de 2 carros por fogo) poderão brevemente ocupar a luxuosa estrutura de betão armado. Lisboa, uma cidade com um centro histórico cada vez mais esvaziado de conteúdos.

Saturday, January 23, 2010

Placa toponímica no Largo do Carmo

Mais um exemplo de placa toponímica parcialmente obstruída por sinalética rodoviária. Faz hoje exactamente um ano que a CML foi alertada para este problema no Largo do Carmo. Lamentavelmente verificamos que, e passado um ano, não se corrigiu a anomalia. Isto envergonha a cidade.

Friday, January 22, 2010

Depois da Publi-Cidade: desleixo e incompetência na BAIXA


Depois do espectáculo da Publi-Cidade vem o puro desleixo e incompetência. Será preciso algum cidadão apanhar primeiro com um objecto na cabeça para que a CML mande retirar estas estruturas enferrujadas e obsoletas? Fotos: Rua da Conceição e Travessa do Cotovelo.

Tuesday, January 19, 2010

Estranha Hotelaria: marquises em hoteis

Até os hoteis de Lisboa adoptam a horrenda marquise lisboeta para "adornar" os edifícios! A anomalia é vista como coisa positiva. E este exemplo, na Rua Mouzinho da Silveira (zona Av. Liberdade/Marquês de Pombal) não é propriamente hotel de subúrbio ou de "beira de estrada". Será que a hotelaria nacional não percebe que os turistas preferiam poder gozar uma refeição ou bebida numa bela esplanada com vista sobre a cidade? Porque é que esta gente tem de abarracar tudo? Mas o pior exemplo de marquise, numa unidade hoteleira do centro de Lisboa, talvez ainda seja a do Hotel Mundial! Esta marquise gigante domina o skyline da Praça da Figueira. Enfim, Lisboa é mesmo a capital europeia da marquise.

Monday, January 18, 2010

CRITÉRIOS da BAIXA: Rua dos Bacalhoeiros, uma rua pedonal de Lisboa


Estas duas imagens ilustram bem o fracasso total da "pedonalização" da Rua dos Bacalhoeiros na Baixa. Para além dos passeios serem ridiculamente estreitos, ninguém parece reconhecer a existência de peões quanto mais uma rua pedonal! Desde que Carmona Rodrigues a "pedonalizou" (mandou pintar uns quadrados brancos nas faixas de rodagem...) aumentou o estacionamento em 2º fila e nos passeios. Esta rua, se fosse pedonal, traria benefícios tanto para os moradores (ganhavam um espaço público de convívio) como para os restaurantes e restante comércio tradicional. Para quando a pedonalização efectiva? O outro arruamento, cuja pedonalização, contemporânea deste, também é motivo de gargalhada: a Rua das Portas de Santo Antão, nomeadamente o sector entre a Rua do Condes e o Largo da Anunciada - está transformado em estacionamento privativo dos clientes de um restaurante bem conhecido...

Para que servem os passeios na Travessa de Santo António da Sé?


Para base de pilaretes? Como zona de descanso de automóveis? Após a colocação de pilaretes num dos passeios para travar o estacionamento selvagem, verificamos agora que o problema foi transferido para o passeio oposto (o que não era difícil de antecipar). Como os passeios são por natureza muito estreitos, com os pilaretes de um lado e os carros do outro, não há actualmente canais pedonais viáveis neste sector do arruamento. Os peões são forçados a circular na faixa de rodagem. Não há outra escolha. Lisboa inimiga dos peões?

Friday, January 15, 2010

VOTE na Pedonalização do Largo de São Vicente - OP 2010




ATENÇÃO: termina hoje à meia-noite a fase de votação nos projectos seleccionados para o Orçamento Participativo 2010. Vimos apelar ao voto na proposta do Fórum Cidadania Lx - Pedonalização do Largo de São Vicente e instalação de pilaretes na Rua da Voz do Operário:

http://www.cm-lisboa.pt/?idc=618&kword=Largo+de+S%E3o+Vicente&area=0

A proposta, integrada na área "Infra-estruturas Viárias, Trânsito e Mobilidade" com o número 392, tem a seguinte redacção:

O conjunto urbano do Largo de S. Vicente e Rua da Voz do Operário constitui um dos piores exemplos de espaço público privatizado para estacionamento de viaturas particulares. Nos Bairros Históricos, onde há falta de jardins e espaços abertos, é inaceitável continuar a tolerar este tipo de ocupação nos arruamentos emblemáticos da capital. Todos os cidadãos têm direito a usufruir dos largos de Lisboa. O bem comum tem de ser promovido e defendido pela CML. Solicitamos a requalificação do Largo de São Vicente (pedonalização) e da Rua da Voz do Operário (instalação de pilaretes).

PARTICIPE! Ajude-nos a dignificar um dos largos mais históricos de Lisboa!

OBRIGADO!

Wednesday, January 13, 2010

RUA CAPELO, 14, 16 e 18




Para este imóvel pombalino em pleno Chiado existe um projecto aprovado e licenciado (processo 2282/OB/2001 e 960237/EDI/2001, com o Alvarás de Construção nº 2/O/2008 e Alvará de Demolição n.º 2/D/2008). O edifício encontra-se nas seguintes áreas do PDM:

Área Histórica Habitacional; Áreas de Potencial Valor Arqueológico (Nível de Intervenção 1) e Núcleo de Interesse Histórico. Encontra-se também incluído numa zona urbana classificada como Imóvel de Interesse Público (IGESPAR).

A proposta aprovada apenas manutem as fachadas, cercea e cumeeira do edificio. Os interiores foram integralmente destruídos, incluíndo as características abóbadas pombalinas do piso térreo. São criadas 5 fracções de habitação, uma por piso, e no piso térreo, uma fracção destinada ao uso terciário.

Motivo da opção da destruição dos interiores? A construção de duas caves para área de estacionamento e de arrecadações (25 lugares de estacionamento!).

O logradouro foi completamente impermeabilizado para permitir a construção de caves mais amplas de estacionamento.

Concluindo, estamos perante mais um triste exemplo do paradigma do imobiliário do centro histórico de Lisboa: demolição dos interiores, impermeabilização do logradouro, mobilidade centrada na viatura de transporte partricular e ênfase na habitação de luxo.

Este paradigma de desenvolvimento urbano insustentável é sistematicamente aprovado tanto pela CML como pelo IGSPAR.

Um imóvel integrado num bairro histórico, classificado de valor nacional, e com pretensões a ser classificado Património Mundial da Humanidade, está reduzido a uma fachada.

Alguns consideram estes projectos como uma mais valia porque se mantem a aparência de um Ambiente Histórico. Para nós é apenas uma Lisboa superficial, autista e no caminho da auto-destruição.

Sunday, January 10, 2010

Lápides Romanas na Travessa do Almada



Para que servem três lápides Romanas na Travessa do Almada?

1-Para vandalizar com graffiti?
2-Para instalar uma caixa de ar-condicionado?
3-Para estacionar uma viatura em frente?

Estas três lápides Romanas (conhecidas como das Pedras Negras), estão classificadas "Monumento Nacional" por Dec. 16/06/1910; DG 136 de 23 de Junho de 1910 e abrangidas por Zona Especial de Protecção (DG 213 de 11 de Setembro de 1961). Apesar de estar em estudo na CML, desde 2005, ainda não existe no local sinalética que ajude na interpretação do monumento.

Thursday, January 7, 2010

Um novo pedido para videovigilância na Baixa

In Público (7/1/2010)


«Um abaixo-assinado reclamando um sistema de videovigilância na Baixa e um estudo sobre a insegurança nesta zona de Lisboa são as principais iniciativas que, segundo o presidente da Junta de Freguesia de São Nicolau, estão a ser desenvolvidas com vista à apresentação de um segundo pedido à Comissão Nacional de Protecção de Dados para a instalação de cerca de 30 câmaras de segurança.

O autarca e o presidente da direcção da União de Associações do Comércio e Serviços (UACS) estiveram reunidos com a secretária de Estado da Administração Interna, anteontem ao fim da tarde, num encontro no qual foi consolidada a decisão de retomar o projecto da videovigilância na Baixa pombalina. Isto depois de a comissão de protecção de dados ter chumbado, num parecer conhecido no final de Novembro, a instalação das câmaras com o argumento de que as circunstâncias não justificavam o uso de um método tão condicionador dos direitos dos cidadãos.

O presidente da Junta de Freguesia de São Nicolau, António Manuel, explica que tanto ele como a secretária de Estado Dalila Araújo consideram a videovigilância "prioritária e estruturante para a reabilitação da Baixa", acrescentando que se está neste momento "a trabalhar em alguns documentos que vão contribuir para a fundamentação" de um segundo pedido junto da comissão de protecção de dados, que deverá ser entregue pela Câmara de Lisboa. Um desses documentos, segundo o autarca lisboeta, é uma petição para a qual estão já a ser recolhidas assinaturas, pedindo câmaras de segurança e mais policiamento.

Já a UACS vai, como explicou o presidente da direcção, desenvolver um estudo com a Universidade Lusófona sobre os problemas de insegurança sentidos pelos comerciantes e utilizadores da Baixa, com base num inquérito que, segundo diz, poderá estar concluído ainda este mês. Vasco Melo assume uma posição muito crítica em relação ao chumbo da comissão, considerando que foi uma decisão "desfasada da realidade", além de ser, em seu entender, "paradoxal" relativamente ao parecer positivo dado à instalação de câmaras no Bairro Alto entre as 22h00 e as 7h00, por um período experimental de seis meses. Num artigo publicado na revista digital da UACS, este dirigente ia mais longe e classificava o chumbo como "uma decisão estranha e absurda, mesmo contraditória".

Em Dezembro, o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, defendeu a possibilidade de apresentar um novo pedido à comissão, admitindo que esta "não teve acesso a toda a informação". I.B.»

CRITÉRIOS da BAIXA: Rua da Prata

Super decorada esta fachada pombalina! Caixas de ar-condicionado, reboco podre em destacamento, estores de plástico, janelas com caixilharias de alumínio, janelas com caixilharias de madeira podre, fios e cabos eléctricos, dispositivos de publicidade sobre dimensionados e ilegais. Falta alguma coisa neste imóvel e arruamento classificado pelo Estado Português como de interesse nacional?

Wednesday, January 6, 2010

Pedonalização do Largo de São Vicente no OP 2010





Está a decorrer desde o dia 30 de Dezembro a votação nos projectos seleccionados para o OP 2010. A proposta apresentada pelo Fórum Cidadania Lx - Pedonalização do Largo de São Vicente e instalação de pilaretes na Rua da Voz do Operário - pode ser vista na área "Infra-estruturas Viárias, Trânsito e Mobilidade" com o número 392:

O conjunto urbano do Largo de S. Vicente e Rua da Voz do Operário constitui um dos piores exemplos de espaço público privatizado para estacionamento de viaturas particulares. Nos Bairros Históricos, onde há falta de jardins e espaços abertos, é inaceitável continuar a tolerar este tipo de ocupação nos arruamentos emblemáticos da capital. Todos os cidadãos têm direito a usufruir dos largos de Lisboa. O bem comum tem de ser promovido e defendido pela CML. Solicitamos a requalificação do Largo de São Vicente (pedonalização) e da Rua da Voz do Operário (instalação de pilaretes).

O periodo de votação termina à meia-noite do próximo dia 15 de Janeiro. Participe!