Monday, February 21, 2011

Arquivo Histórico da capital de Portugal reabre hoje AQUI?!?

O Arquivo Histórico da Câmara de Lisboa volta a estar disponível para consulta pública a partir de hoje, dia 21 de Fevereiro, nas caves do edifício que se vê ao fundo desta imagem: Rua B do Bairro da Liberdade, em Campolide.

Este acervo, que integra documentos que remontam aos primeiros anos do século XII, estava inacessível desde 2002.

Por um lado é bom saber que finalmente os munícipes de Lisboa - e todos os cidadãos do país e do mundo (afinal Lisboa já foi uma cidade com relevância mundial) podem finalmente consultar o Arquivo Histórico de Lisboa. Mas por outro lado como celebrar o facto do acervo histórico do município de Lisboa estar "hospedado" neste local excêntrico e neste edifício?

A câmara informa que foram "acondicionados, higienizados e transportados mais de 1700 contentores com toda a documentação". Aqui estão documentos como a confirmação feita por D. Afonso II do foral outorgado a Lisboa por D. Afonso Henriques, o Foral Manuelino (século XVI) e o Livro Cartulário Pombalino (século XVIII). O arquivo histórico integra também espólios de arquitectura do século XX, dos Arquitectos José Luís Monteiro, Cassiano Branco, Keil do Amaral e Ruy de Athouguia.

É UMA VERGONHA NACIONAL A SITUAÇÃO EM QUE SE ENCONTRA O ARQUIVO DA CAPITAL DE PORTUGAL! PARA QUANDO UMA SOLUÇÃO DIGNA?

Friday, February 18, 2011

A Praça do Comércio no mês do Centenário da República... e hoje!

No final de Outubro de 2010 - mês do Centenário da República - estava assim a Praça do Comércio e a Ribeira das Naus. Prometeram aos cidadãos que a zona ribeirinha entre Santa Apolónia e o Cais do Sodré estaria pronta a tempo das celebrações dos 100 anos do 5 de Outubro de 1910. Mas apesar de estarmos já em Fevereiro de 2011 este cenário continua actual como infelizmente sabemos - e tudo indica que em Outubro deste ano não teremos ainda esta zona nobre da nossa cidade devidamente recuperada e qualificada. Má gestão, incompetência, mentiras?

Tuesday, February 15, 2011

Calçada da Glória: abandonada, degradada, devoluta mas Monumento Nacional!

Com grande parte dos imóveis abandonados, devolutos, sem qualquer vida, não é de admirar que esta zona urbana da Calçada da Glória se tenha transformado em vítima fácil de vandalismo. A CML tem tentado mitigar a infestação galopante por graffiti na zona com regulares limpezas e pinturas. Mas enquanto estes prédios se mantiverem devolutos, sem lojas e sem residentes, não há que ter esperança de dias melhores. Toda a Calçada da Glória está classificada como Monumento Nacional devido ao emblemático Elevador da Glória. Na Baixa, o Ascensor de Santa Justa está também ele emoldurado por prédios abandonados, semi devolutos. A Baixa pombalina está em vias de ser classificada Monumento Nacional...

Monday, February 14, 2011

Avenida 24 de Julho: brincando com a segurança dos cidadãos?

É já unânime que a chamada "Avenida 24 de Julho" deixou de ser uma avenida desde a última intervenção ali efectuada pela CML (anos 90 do séc. XX). Tem excesso de faixas de rodagem e apresenta chocantes sinais de secundarização da mobilidade pedonal. Vários cidadãos perderam aqui a vida. Aplaudimos a intenção da CML em reabilitar esta grande avenida à beira Tejo imaginada pelo Engenheiro Ressano Garcia. Entretanto a CML implementou algumas alterações com o objectivo de reduzir o número de faixas de rodagem em particular no sector junto do Mercado da Ribeira / Cais do Sodré. Mas infelizmente a fiscalização / manutenção das barreiras de plástico não existe ou não é suficiente como sabem todos aqueles que por lá passam diariamente. As imagens mostram o perigo a que os peões estão sujeitos graças ao caos das barreiras de plástico.

Tuesday, February 8, 2011

«Don't let urban art cover up neglect of Lisbon's crumbling heritage»

Don't let urban art cover up neglect of Lisbon's crumbling heritage

Officially sanctioned graffiti artists are not the answer to revitalising a beautiful city


The Guardian, Friday 4 February 2011

Rachel Dixon suggests that Lisbon council's liberal offering of derelict buildings to graffiti artists provides some alternative landscape for the itinerant tourist (Quick on the draw, Travel, 29 January). Highlighting recent examples in the city, she seems torn between viewing the results "either as a scourge or what makes a city unique".

However attractive to the art buff roaming around Europe, Lisbon highlights a disturbing practice of trying to disguise urban eyesores with alternative art – a pervasive form of official neglect. Dixon rightly identifies that she's talking about "a cluster of grand but derelict buildings". In Lisbon much is derelict!

Architecturally, Lisbon is the "Cinderella city" of Europe – much neglected, constantly abused, derelict and dilapidated. The buildings Dixon refers to are in the main centre and have been empty for 30 years. Graffiti is a scourge, as the Bairro Alto district amply proves, with itinerant, wall-to-wall scrawlings and illiterate hieroglyphics everywhere. Residents despair.

The graffiti initiative highlights poignantly the total absence of an urban strategy for regenerating the city centre. Estimates suggest there are more than 4,600 buildings empty in the central area, 50% either abandoned awaiting demolition or approval. Dixon mentions the Crono Project as an alternative to "abandoning Lisbon's crumbling heritage to the developers".

Everyone likes to demonise developers, but in this case the responsibility for such a state should be laid at the door of the planning authorities.

Dixon refers to Barcelona, whose "policy crackdown in 2004 caused the disappearance of much graphic and performance art from the streets" – but the small-scale urban regeneration there was so successful that the Royal Institute of British Architects awarded the place a gold medal, the first time a city has been so glorified.

The historic centre of Lisbon is commercially in decline, and has fewer than 10 residents. Small businesses are closing, franchising is everywhere. The Chiado area, close to Bairro Alto and destroyed by fire in 1988, is renovated and improving but too slowly. British architect Terry Farrell's proposals for the river frontage are now forgotten after being demonised by the local architectural community. Thirty years ago, as an architect involved in Bristol's and London's urban partnerships, I made proposals here to the Lisbon council and was ignored.

Dixon enjoyed Bairro Alto's restaurants and hectic nightlife with its "mix of trendy locals and knowledgable tourists". This classic residential area has grown gradually over the years without official intervention. The examples highlighted – the Crono Project, Hall of Fame, the Galeria de Arte Urbana – may well provide opportunities, as Dixon says, "to distinguish between meaningless scrawls and impressive pieces of urban art". But few locals are impressed. Many don't appreciate Lisbon council "turning over derelict buildings to street artists with stunning results" and would rather see more positive use of public money.

However, it's a beautiful city. Dixon should ignore the artwork, report the dereliction, and visit the few conservation projects that can be found. These are what make Lisbon unique, not itinerant spray jobs.

RUA DAS FLORES: LIXO, LISBOA, ARTE?