Monday, April 28, 2008

O Largo de São Domingos, depois da inauguração:


O mural,
encostado à parede e antigas lojas do começo da Rua Barros Queirós
(este mural é provisório, ao que sei)




O monumento aos judeus chacinados em 1506 ...
os 500 anos foram há ... 2 anos, portanto, porquê o atraso?

(a escultura não choca sob o ponto de vista estético, talvez apenas em termos de obstáculo à mobilidade, efectivamente, apesar da sua colocação ter sido ad hoc, como se sabe)




A escultura do lado dos católicos, contra a intolerância ...
sob ideia, ao que dizem, do 'tolerante' Zé
(aparentemente, houve cuidado em colocar este 'H' ao pé da oliveira, evitando-se assim, quiçá involuntariamente, tirar campo de visão a quem entra no largo vindo da Praça da Figueira ... ou, pior, estorvar o pórtico da Igreja de São Domingos)


Aparte:

Pessoalmente, estou completamente farto de tanta escultura e esculturinha, oferta à cidade e encomenda pela cidade, espalhadas pela cidade, ao jeito de exposição permanente de arte pública de pechisbeque. A zona nobre da cidade tem sido alvo das mais incríveis 'dádivas' e encomendas, desde o falo ao 25 de Abril, no Parque Eduardo VII, aos calceteiros de São Nicolau, passando pela escultura da sociedade de advogados de JMJúdice, na Avenida, até às bolas do Rossio (desculpa, Rui!) e, agora, ao memorial de São Domingos (desculpa, António). Parem de desfigurar o espaço público e, ao menos, quando o fizerem façam-no com uma visão de conjunto.

Wednesday, April 23, 2008

O Elevador de São Julião:





Pode ler-se no documento estratégico da Parque Expo, sobre a Frente Ribeirinha:

«Estabelecer uma ligação por elevador entre o Largo do Corpo Santo e o impasse à Rua dos Braganças /Rua Victor Cordon, ligando e articulando, também, equipamentos culturais relevantes.»

Ora, o caricato é que até à década de 20 (segundo relatos de Raúl Proença, no volume dedicado a Lisboa, nos incontornáveeis «Guias de Portugal») existiu o ascensor de São Julião, também conhecido por Elevador do Largo da Biblioteca (hoje Lg. Academia de Belas-Artes), funcionando até 1915. Era de um engenheiro afamado, o mesmo do Elevador de Santa Justa. No entanto, o mesmo progresso que o quer recolocar hoje (se bem que, esquisito, desde o Corpo Santo) ... desmantelou-o. Talvez fosse boa ideia reerguê-lo. Eis o que dele se conta nos arquivos da CML:

«Elevador de São Julião
Localização: Largo de S. Julião/Largo das Belas Artes
Autoria: Raoul Mesnier de Ponsard
Inauguração: 12 de Janeiro de 1897

O elevador do Município, também conhecido como elevador da Biblioteca ou elevador de S. Julião, foi o sétimo elevador a ser construído em Lisboa. A entrada fazia-se pela porta de uma residência particular, o n.º 13 de Largo de S. Julião, e a saída fazia-se igualmente por outra residência particular, pelo terraço do Palácio do Visconde de Coruche, no então Largo da Biblioteca. Funcionou até 1915.
Este elevador ficou ligado à intentona de 28 de Janeiro de 1908, conhecida como Golpe do Elevador da Biblioteca, em que conspiravam carbonários, republicanos e dissidentes progressistas. Foram presos António José de Almeida, Afonso Costa, Álvaro Poppe e mais suspeitos, num total de noventa e três conspiradores.»


(in Revelar Lx)
Fotos: Arquivo Municipal

Revitalizar o Chiado

Dinamizar o Chiado, uma zona que «será sempre um espaço nobre» de Lisboa, é o objectivo de uma iniciativa, apresentada esta segunda-feira, que vai promover exposições, desfiles e conferências entre 5 e 10 de Maio, noticia a agência Lusa.
A iniciativa «Chiado na Moda» vai reunir 13 marcas e dois estilistas sedeados nesta zona lisboeta, além de entidades culturais - o Teatro Nacional de São Carlos, o Centro Nacional de Cultura e o Museu Nacional do Traje, e ainda a Associação de Valorização do Chiado, a Câmara de Lisboa e a Junta de Freguesia de Mártires.
Ao longo de seis dias, o largo do Teatro Nacional de São Carlos será palco de desfiles de rua acompanhados por tertúlias, exposições, conferências e workshops com estilistas.
O presidente da Junta de Freguesia de Mártires, Joaquim Guerra de Sousa, vê nesta iniciativa uma forma de «revitalizar a zona nobre do Chiado, que é já um cartão de visita para Lisboa».
Para o responsável, esta iniciativa conjuga duas vertentes: «a cultural e tradicional» - ao associar também o comércio tradicional da zona, que se pretende revitalizar, numa zona «onde estão sedeados importantes nomes do estilismo nacional».
«Este é o ano zero do projecto, a que queremos dar continuidade», afirmou o autarca, durante a apresentação do evento, referindo esperar que «no futuro ganhe uma participação ainda mais activa».
O ponto alto desta iniciativa ocorre no dia 09 de Maio com o desfile de moda de rua, onde 13 marcas e dois estilistas apresentarão as suas colecções, em conjunto com uma exposição de automóveis.
Para Cláudia Baptista, presidente da Associação de Valorização do Chiado, esta é uma iniciativa «inédita».
«É nosso objectivo estabelecer protocolos com as diversas entidades sedeadas no Chiado, e que através de eventos como este tragam à zona um público mais jovem e dinâmico», afirmou.

Tuesday, April 22, 2008

InfelizCidades Sereias do Rossio estão a morrer à sede há dois anos

In Público (22/4/2008)

«O que faz uma sereia quando lhe cortam a água? Vai nadar para outras paragens? Definha até por fim a bela cauda se lhe transformar em duas pernas? Aluga um jacuzzi? Vai para dois anos que a fonte do Rossio virada ao Teatro Nacional D. Maria II está sem pinga de água, para desespero das belas figuras que a ornamentam. Nos primeiros tempos de seca, a Câmara de Lisboa optou por esconder as ousadas raparigas atrás de um tapume que não as deixava sequer ver uma das praças mais bonitas e mais fotografadas da cidade. Depois seguiu-se uma segunda fase de encarceramento, um regime de liberdade provisória em que já só havia uma rede a separar as sereias do resto do mundo. Convencido de que não havia, afinal, a esperar delas nenhuma espantosa fuga cidade fora, quem sabe se até ao mar, o actual executivo municipal retirou dali a vergonhosa vedação que as rodeava e voltou a mostrá-las ao mundo como elas nunca deviam ter estado: despidas de água, ao contrário das suas irmãs da fonte do lado oposto da praça, que continuam a fazer as delícias de quem gosta de chapinhar nos dias quentes. Razões para tamanha maldade, a câmara não apresenta nenhumas. Resta às sereias rezar - rezarão as sereias? - ou ensaiar uma dança da chuva de cada vez que sentirem a pele encarquilhar-se ao sol.»


É uma vergonha a situação a que se chegou com a fonte do topo norte do Rossio. Sempre teve problemas, fruto, não se sabe muito do quê. Uma vergonha, de que já tinha falado aqui.

Wednesday, April 16, 2008

Comércio incontornável (2)


«A Vida Portuguesa»



Memento:

«Fica no Chiado, na Rua Anchieta, Nº 11 (a seguir à Livraria Bertrand), é a primeira (de muitas, espero!) loja d' Uma Casa Portuguesa, é uma lufada de ar fresco no comércio lisboeta, e ninguém consegue resistir a sair de lá de mãos a abanar. Além disso, a loja em si é fabulosa, pois é uma antiga fábrica de perfumes, da extinta "David & David". Um grande beijinho à CP, que ela merece!»

Monday, April 14, 2008

Projecto de reabilitação para a Baixa Chiado

In Diário Económico (10 de Abril de 2008)

Qualquer lisboeta, que aqui viva ou trabalhe, ou seja autarca na capital, pretenderá sempre debater a reabilitação/revitalização da Baixa Chiado. Acresce, no meu caso, o conhecido episódio sobre a minha indicação para a administração da SRU da Baixa Pombalina, onde se verificou o condicionamento a Carmona, imposto por Marques Mendes, responsável pelo fim da coligação PSD/PP do então executivo. Claro que essas questões pertencem ao passado, apenas elucidam o meu empenho neste debate, tanto mais porque presido à Comissão da Assembleia Municipal de Reabilitação Urbana, órgão autárquico onde esta proposta da CML tem que ser debatida.
O executivo de António Costa, a pouco mais de um ano de eleições, entendeu que “há vida para além do orçamento”, precisamente quando a opção de saneamento financeiro esbarra no diálogo com o Tribunal de Contas, pelo que vai lançando mão de iniciativas avulsas para tentar demonstrar uma vitalidade que não possui. Aliás veja-se o exemplo da Praça do Comércio, que já constava de uma moção que subscrevi, aprovada por unanimidade pela Assembleia Municipal (2005.12.20,acta págs.11,46,57).
Assim o projecto de reabilitação para a Baixa Chiado aparece como uma aposta decisiva para a salvação deste mandato, em que importa recordar a existência de um quadro programático herdado do executivo Carmona, orientado por Maria José Nogueira Pinto, em cuja equipa estava o vereador Manuel Salgado. A sequência da iniciativa é positiva, ao contrário do habitual não se deita fora o que herda, mas tal obriga a reconhecer-se esse legado, ainda, como é normal, existam divergências nas opções finais.
Desta expectativa para a Baixa Chiado, a CML aprovou, a 19 de Março, quatro iniciativas:
– Museu do Banco de Portugal na actual garagem do mesmo, sito na Igreja de S. Julião;
– Museu do Design na antiga sede do BNU;
– Construção de elevador para o Castelo de São Jorge;
– Jardim e espaços verdes no terraço dos anexos do Quartel do Carmo da GNR.
Estas são positivas, permitem alguma requalificação da zona, mas estão muito longe de indicar uma estratégia articulada de reabilitação e de verdadeira revitalização. Com efeito duas delas situam-se na mesma área, no campo museológico (cultura), que sendo uma mais valia, não imprimem uma ocupação diária e total da zona, limitando-se a “remediar” uma ligeira mais valia. Quanto ao acesso ao castelo de S. Jorge, trata-se de uma necessidade, já discutida ao longo de vários mandatos, sendo célebre o elevador de João Soares, que contribuiu para a sua derrota, mas é naturalmente uma medida instrumental e acessória do fim a servir (castelo de S. Jorge) que caso não sofra qualquer intervenção a medida limita-se a ser acessória.
Por fim, a questão dos jardins nos anexos ao quartel do Carmo constituem o único exemplo de alguma reabilitação, potenciadora de um melhor aproveitamento do espaço público, mas também revelador de uma solução cómoda e pouco original.
Fica assim por responder como efectivar uma verdadeira reabilitação no coração da cidade, ou seja para quando e como assegurar:
– Um efectivo centro comercial ao ar livre, com horários comerciais diferenciados, por forma a assegurar uma ocupação diária total;
– Uma política de habitação público-privada para a zona, pois só com residentes diferenciados é possível uma humanização e habitantes efectivos na zona;
– Uma clarificação da intensidade e gestão da circulação rodoviária na Baixa Chiado.
Em suma, identificar um desígnio central para a Baixa Chiado, porventura o centro turístico da capital e da região, que implica uma aposta em equipamentos culturais, designadamente usufruto permanente dos testemunhos das diversas civilizações que habitaram Lisboa (ex. museu de termas romanas à Rua da Conceição); criação de hotéis de charme (Terreiro do Paço); incentivo à restauração e similares; animação permanente do espaço público.

Pedro Portugal Gaspar, Deputado municipal de Lisboa, presidente da Comissão de Reabilitação Urbana

Friday, April 11, 2008

Acção Policial no Martim Moniz

Ontem passei no Martim Moniz em plena acção policial. Mais de 300 polícias para muito menos transeuntes e uns quantos mirones. Às pessoas de outras cores tratavam por tu e pediam-lhes os documentos. A mim rosnaram um "Não pode passar, a estação de metro está fechada".
Pelo que se pode ver hoje na imprensa, os 300 agentes apreenderam (corajosamente) dois mil quilos de peixe e identificaram 8 cidadãos "ilegais", dos 300 identificados.
Eu continuo a achar que o problema está na Praça e não em quem a habita.

E este prédio, o que se passa com ele?




Trata-se do edifício da Rua Áurea, Nº 193-203, Rua do Crucifixo, Nº 126-136 e Rua da Assunção, Nº 95-107.

Porque razão não está já habitado? Que eu saiba, é propriedade da CML, integrou a lista de edificado a reabilitar aquando do incêndio de há 20 anos, e foi um cabo de trabalhos para ser recuperado a tempo e horas de final de mandato de João Soares. Contudo, já passaram 7 anos e tudo está na mesma.

Thursday, April 10, 2008

Comércio incontornável (1)


«A Outra Face da Lua», Rua da Assunção, Nº 22


Memento:

«Aberta a 22 de Outubro de 2005, a nova loja A Outra Face da Lua na Baixa tem uma cuidadosa selecção de roupa vintage, roupa costumizada por Carla Belchior, acessórios, papel de parede, brinquedos de lata, sapatos Melissa e produtos tradicionais portugueses tais como cerâmica Bordalo Pinheiro e sabão Clarim. Situada na rua da assunção, 22 o horário de funcionamento é de Segunda a Sábado das 10h às 19h. Para mais informações: baixa@aoutrafacedalua.com ou 21 886 34 30.»

Wednesday, April 9, 2008

O edifício Palmeiras


Este é o denominado Edifício Palmeiras, que está assim (em ruína mas com um restaurante/casa de pasto a funcionar na Rua do Crucifixo ... imagino as condições da cozinha) desde o incêndio do Chiado (aliás, constava do plano de pormenor de recuperação do Chiado ardido).


Quem suba ou desça as escadinhas que Siza concebeu para ligar a Rua do Crucifixo à Rua Nova do Almada, pode aquilatar do estado da coisa, que é propriedade da CML, diga-se.


Agora, eis que a CML anuncia/tenciona abrir um lar de idosos no edifício. Tudo OK, não fosse poder fazê-lo desde há mais de 20 anos. Do que tem estado à espera?

Análise comparativa do impacte paisagistico da localização da terceira travessia do Tejo nos corredores Chelas- Barreiro e Beato-Montijo

Pela Prof. Arq. Cristina Castel-Branco. AQUI

(Tb n'O Carmo e a Trindade)

Tuesday, April 8, 2008

«Frente Ribeirinha: Câmara discute plano que prevê investimento de 165 milhões»

O documento é 'bonito' e tem alguns pontos bem conseguidos. Mas, também tem umas coisas estranhas ... a começar por umas tais de 'rótulas de tráfego', certamente copiadas do Brasil, e que, dado a iminência do acordo ortográfico, os autores do estudo (a auto-elogiada Parque Expo) se esqueceram de traduzir. A ideia é semear rótulas por tudo quanto é sítio, nos chamados 'estrangulamentos'. À parte a bizarria, há outras coisas que convém esclarecer, desde já:

a) 1/2 Hotéis no Terreiro do Paço, nos edifícios do MAI (edif. entre a Rua do Ouro e a Rua do Arsenal/esquadra por detrás dos Paços do Concelho) e do MJ (edifício que ladeia o Arco). Que alas? Todos os andares? Que hotéis? Quantos quartos?

b) Parques de estacionamento subterrâneo no Largo do Corpo Santo e no Campo das Cebolas; sob o novo Museu dos Coches e sob o Jardim Vasco da Gama parece-me um exagero. Está-se a recuperar a Baixa e a Frente Ribeirinha para os carros? Para o négócio de quem constrói e/ou explora os parques? Não aprendem?

c) Construir-se uma passagem viária subterrânea defronte à estação ferroviária de Belém parece-me uma ideia rocambolesca e contraproducente (mais vaia terem deixado aberta a cancela e deixado lá estar o polícia sinaleiro (era mais castiço e não poluía visualmente). Passagens inferiores, só para peões.

d) Construção de um 'equipamento cultural' na Doca da Marinha, entre o Cais do Sodré e o Terreiro do Paço, é perigoso. Construção? Deixem aquilo liberto de monos, S.F.F.

e) Afinal de contas, a APL e o documento voltam a reafirmar o 'moderno terminal' de cruzeiros de Santa Apolónia como 'indispensável' para todo o objectivo. Alguém consegue entender porque razão os terminais da Rocha Conde d'Óbidos e a Gare Marítima de Alcântara não são passíveis de ser remodeladas e modernizadas? Não serão essas zonas mais funcionais para a atracagem de turistas? Para autocarros? Para uma visita a Lisboa, entrando pela porta de entrada e não 'caídos de pára-quedas' num bairro como Alfama? Não aprendem, mesmo.

Estar-se a afirmar, por todo o texto, que convém reaver para o Terreiro do Paço a sua centralidade política e depois colocar-se 2 hotéis lá, parece-me contraditório. Mas há mais contradições: o modelo Expo não é, como o texto indica, um sucesso. É um 'flop', urbanisticamente falando. Muito menos, as construções monolíticas do Cais do Sodré, das agências europeias, são uma nova centralidade do que quer que seja, nem um exemplo de boas práticas, é todo o contrário.


In Sol Online

Déjà vu


De há uns anos a esta parte, quantas vezes não ouvi já a canção do bandido? A Baixa assim, a Baixa assado. O Terreiro do Paço para cá. O Terreiro do Paço para lá. Vem um e fala de animar o Terreiro do Paço. Vem outro e fala de revitalizar a Praça do Comércio. Vem um e manda umas bocas. Vem outro e promete uns hotéis. Vem um e diz que vende. Vem outro e diz que reabilita. Vem um e diz que vai fazer e que o outro só prometeu. Vem outro e diz que o Terreiro do Paço é do Povo.
Acho que todos têm razão.
É preciso fazer isso tudo.
Há aí alguém para ao menos começar?
Ou fica tudo pelos planos, projectos, promessas, publicações em «Boletim Municipal» e em «Diário da República»?
Antes foi a vez de Santana.
O entusiasmo e a aparente vontade de fazer são os mesmos. Semelhantes até na entoação emocional. Cada qual com seu ritmo cardíaco, mas ambos decididos a mostrar que agora é que é.
Mas digo do meu lado que, se desta vez também é tudo para as calendas gregas - lá para 2010, ou seja, para depois das eleições de 5 de Outubro de 2009 - então esse filme eu já vi. É um filme cheio de ilusionismo. Assim, não. Mesmo não.

Assim, não, obrigado.


Monday, April 7, 2008

Depois do Adeus

Domingo, à noite, na RTP o programa "Depois do Adeus" debruçou-se sobre o incêndio do chiado. O tema foi aproveitado para se fazer alguma discussão sobre a baixa (mais no fim da primeira parte e na segunda). Explanaram-se algumas boas ideias e outras mais descabidas (nomeadamente apontar como razão para o declínio da baixa a pedonalização da Rua Augusta) para não variar os comerciantes pela voz do seu representante defenderam mais automóveis na baixa. O debate apesar de virado para o passado e não para o futuro acabou por ter algum interesse para perceber a origem do Chiado tal como o conhecemos hoje.
Quem estava interessado e não teve a oportunidade de ver o programa pode vê-lo aqui

A demolição ilegal da Rua Ivens, Nº 1-13:


A obra não está licenciada, muito menos o PDM suspenso para que se autorize esta demolição de um prédio magnífico, ao abandono há mais de 15 anos, deliberadamente ao abandono. O pedido de demolição está, segundo me dizem, «em apreciação». Como explicar, então, a operação de demolição em curso?

A boca do Metro, fechada:


Há 10 anos certos que está prevista a abertura na Rua Ivens de uma boca da estação de Metro da Baixa-Chiado. Tudo como dantes. Nem o Metro conclui a obra, nem a CML faz nada para que isso aconteça. Mobilidade?

Wednesday, April 2, 2008

A Rua Ivens em vias de ... demolições?


O Nº 35 foi propriedade da Fidelidade até há uns poucos anos. Está, como a fotografia documenta, em avançado estado de degradação, com janelas escancaradas, à espera que o pedido de demolição submetido pelo seu proprietário à CML (Proc. Nº 168/EDI/2006) seja deferido, o que não tem conseguido.


Igual sorte se abate sobre o Nº 1-13, dependente da apreciação que a CML venha a fazer ao pedido de demolição Nº 86/EDI/2008 apresentado pelo Fundipar (Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado) em 22 de Janeiro. Só que, CURIOSIDADE, o mesmo já está em processo de demolição (brevemente, imagens!).

Será preciso suspender algum artigo do PDM para que os proprietários cumpram a lei de conservação dos imóveis?