Tuesday, July 29, 2008

TERREIRO DO PAÇO: manifestação de sinais de trânsito?!


Só nesta face do Terreiro do Paço, alçado do Arco Triunfal, existem 14 sinais verticais de trânsito! Se a esta pletora de sinalética juntarmos as paragens de autocarros e quiosques vestidos de painies de publicidade (thanks to CEMUSA!), percebemos como esta monumental praça da capital se encontra atafulhada de elementos que provocam muita poluição visual.
"Aos Domingos o Terreiro do Paço é das Pessoas"? Ainda não! Nem aos domingos nem aos dias de semana!

Sunday, July 20, 2008

LARGO DE SÃO CARLOS: O LAGO




Várias das pedras que revestem o lago e o canal estão partidas. Porque razão não se faz um restauro dos elementos partidos e em falta? De ano para ano assistimos ao aumento da sua degradação precisamente porque não se faz a reabilitação a tempo e horas. Lamentamos ver este lago a seguir o mesmo caminho da maior parte dos lagos e fontes da nossa cidade, ou seja, cada vez mais degradados e quase todos sem funcionar. Frequentemente o lago está sujo e com lixo, como no dia em que estas fotografias foram tiradas. Se a questão da manutenção do lago depende apenas da boa ou má gestão da CML, já o problema do lixo depende essencialmente do civismo das pessoas.
No dia da inauguração do novo "boneco" de homenagem ao poeta Fernando Pessoa, no passado dia 13 de Junho, o lago do Largo de São Carlos estava neste estado. São os absurdos criados pelas incompetências dos políticos de Lisboa.

Thursday, July 17, 2008

Câmara de Lisboa prepara-se para levantar restrições a obras de alteração nos edifícios da Baixa pombalina

In Público (17/6/2008)
Catarina Prelhaz

«Melhorar a qualidade dos imóveis e adaptá-los a novos usos será mais fácil, caso a proposta socialista vingue na autarquia. Os vereadores do PSD aplaudem a iniciativa

Os proprietários que queiram instalar um elevador, transformar escritórios em habitação ou construir uma casa de banho em prédios da Baixa pombalina poderão ver em breve a sua vida facilitada. O vereador do Urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa, Manuel Salgado, vai apresentar na próxima reunião pública do executivo uma proposta que visa levantar as restrições que impendem sobre obras de alteração nos edifícios daquela zona histórica da cidade.
A ser aprovada, a libertação das regras provisórias do Plano Director Municipal permitirá intervenções de melhoria da qualidade dos edifícios, bem como a sua adaptação a novos usos. Os vereadores do PSD, partido que está em maioria na assembleia municipal, já aplaudiram a iniciativa da maioria PS-BE, que consideram "fundamental" para evitar "novas tragédias" como o incêndio que consumiu um prédio devoluto da Av. da Liverdade no passado dia 6.
"A segurança das pessoas deve prevalecer sobre os regulamentos. Há pouco tempo havia 23 processos relativos à Baixa que não podiam ser despachados por causa das restrições. Damos graças por esta proposta da câmara, que vai ao encontro da sugestão do PSD", elogiou ontem a vereadora social-democrata Margarida Saavedra no final da reunião pública do executivo camarário.
Dificultada poderá ficar a vida dos promotores imobiliários que queiram investir na cidade: o executivo aprovou na sessão de ontem submeter a discussão pública até final de Setembro o Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação de Lisboa (RMUEL), que prevê que a autarquia seja compensada (monetariamente ou através de cedências de espaço) sempre que esteja em causa uma área correspondente a um edifício de oito pisos (1200 m2).
O RMUEL, alinhavado pelas várias forças políticas da vereaação. prevê ainda penalizar quem pretenda fazer construção nova na sequência de demolições, também através da obrigatoriedade de cedências ou compensações ao município. O ambiente é outra das prioridades do novo regulamento: desenvolver sistemas de reciclagem de águas cinzentas e apostar no aproveitamento da água das chuvas ou em energias alternativas poderá traduzir-se na redução das taxas urbanísticas. Fazer obras de construção ou alteração de um imóvel deverá ainda acarretar a existência de parqueamentos cobertos para bicicletas.
Se ontem o RMUEL ganhou nova vida, o mesmo não se poderá dizer do Plano de Urbanização da Zona Ribeirinha Oriental (PUZRO), que acabou revogado »

Parece continuar uma grande confusão na cabeça das pessoas. Há um custo para quem vive nos centros históricos das cidades. Há esse custo em todas as cidades que se dignam respeitar a identidade do burgo, a estrutura dos edifícios antigos, o seu carácter, a sua genuinidade, etc.

Pergunto para que têm servido os estudos, os levantamentos exaustivos, feitos por historiadores e dedicados técnicos da CML, e fora dela (ex-DGEMN, por exemplo), sobre quais os prédios que são verdadeiramente pombalinos, onde existem ainda mansardas pombalinas; onde importará preservar as caixas de escada; etc., etc.? De que servem exposições e palestras?

Lanço aqui 2 reptos à CML:

1. Tenha a coragem de dar por encerrada, de uma vez por todas, a candidatura da Baixa Pombalina a património da UNESCO. Não vale a pena continuar a alimentar esse logro.

2. Tenha a ombridade de declarar que não consegue controlar o estado de coisas * na Baixa e que por isso abdica de a preservar.

* Não consegue fazer obras coercivas nem tomar posse administrativa do que quer que seja; não consegue dizer 'não' às sucessivas alterações em 'n' edifícios da Baixa - anexos, antenas, alumínios, telhas dissonantes, coberturas em zinco, construção de andares recuados, abertura de janelas nos telhados, mudança de pintura - o exemplo recente do Hotel Internacional é sintomático, já que ao autorizar a pintura em rosa, matou a pintura em dégradé que o Rossio devia ostentar de uma ponta à outra ...-, remover os depósitos perigosos, acabar com a especulação - o caso do quarteirão da Suíça é uma imensa vergonha!!!-; impôr-se aos operadores de transportes (o caso do ventilador do Metro no Rossio é outra IMENSA vergonha!);

Sunday, July 13, 2008

Rua de São Julião: PASSEIOS PARA PEÕES?


Como o passeio da Rua de São Julião, 1 torneja para a Rua da Padaria, se encontrava ontem à tarde. Isto é absolutamente inaceitável. A CML tem um serviço GRATUITO para recolha destes "monstros". Entre o automóvel e o lixo depositado ilegalmente havia apenas um espaço de cerca de 15 cm de largura.

Em breve, os passeios em Lisboa servirão para tudo menos para a circulação em segurança e conforto dos peões. Cada vez mais são local de eleição para depositar lixo, estacionar gratuitamente um automóvel (até mesmo para abandonar viaturas, como já aqui denunciamos para este mesmo arruamento), sanitários para humanos e canídeos... etc.

Tuesday, July 8, 2008

MEDO DO CHIADO EM FOGO NA BAIXA



in Diário de Notícias, 7 de Julho de 2008

«Incêndio abocanhou seis andares de um prédio em apenas meia hora»

«O prédio numero 23 da Avenida da Liberdade mudou em minutos. Estava escuro, devoluto, como sempre. Um mono, entre um prédio igualmente pombalino ainda habitado, do Calçado Guimarães e o prédio novo, verde alface, da Vision Lab. Por volta das 10 e 45 da noite de ontem, o número 23 começou a iluminar-se, a ficar vermelho por dentro das janelas do segundo andar. E estalaram as janelas fazendo barulho inequívoco.

Era um incêndio, um dos maiores medos dos habitantes dos prédios velhos da Av. da Liberdade. Por isso alguém ligou logo para o 112, mas antes dos bombeiros - e foram muito rápidos, com tantas corporações ali ao pé - já se tinha espalhado até ao último andar, o sexto, ultrapassando-o numa altura do que seriam aí uns dez. Labaredas saíram rápidas destruindo o telhado. E iam iluminando o céu de vermelho, aquecendo a noite fria de Verão.

Viram-no primeiro os turistas e noctívagos sentados na esplanada que fica mesmo em frente, junto à entrada do Parque de Estacionamento dos Restauradores. E os dos restaurantes. Um dos primeiros a ver o incêndio foi o empregado de um dos restaurantes que tinha vindo a rua apartar "dois clientes desavindos", como dizia aos jornalistas.

"Gente que ainda estava por aí", conta José Martins, manga cava de quem estava a ver televisão em casa e foi alertado pelas inúmeras sirenes dos bombeiros. E eram muitos os que continuavam a chegar, a Av. da Liberdade cortada ao trânsito por carros da polícia na horizontal.

Pelo menos 80 homens estiveram no combate às chamas. Os carros foram sendo retirados do passeio deste quarteirão, por reboques da polícia que foram chegando.

Os vizinhos foram retirados do número 21, e ficaram ali de coração nas mãos, mas muito perto, de onde a polícia não retirou as pessoas apesar das faúlhas que iam caíndo da violência rápida das chamas. Luis Costa estava em casa, deitado, quando ouviu os vidros do prédio ao lado rebentar com o fogo. Fechou a água e o gás e saiu para a rua. E assisitiu ao incêndio a comçar a pegar ao telhado do seu prédio. "Isto é como o Chiado", dizia José Martins, que mora na Travessa da Glória, ali mesmo ao lado, clarificando ofantasma que muitos tinham na cabeça. "Is it an old building?", um alemão perguntava em inglês se o prédio era antigo, como quem não conhece Lisboa (ainda). "Isto é só politiquice", dizia Paulo Carvalho, fazendo referência a outro fantasma desta zona, a especulação imobiliária. Dá sempre jeito a destruição de um prédio devoluto.

À hora de fecho desta edição, o maior medo dos polícias era que o fogo se espalhasse aos prédios da rua de trás, a Rua da Glória. No prédio as chamas ainda não tinham sido apagadas. E havia suspeita de que já estava a alastrar-se aos outros.»

Saturday, July 5, 2008

RUA DO COMÉRCIO: alguém vê a paragem de autocarros?





Um munícipe pede para divulgar este problema na Rua do Comércio.

Esta paragem de autocarros na Rua do Comércio, a uma dúzia de metros dos Paços do Concelho, está sistemáticamente neste estado: obstruída por viaturas automóveis que não têm qualquer respeito pelos transportes públicos.

Segundo o munícipe, a EMEL e a Polícia Municipal têm recebido várias queixas dos utentes da CARRIS mas até hoje não conseguiram resolver este caso de estacionamento selvagem.

Como é que os autocarros da CARRIS podem largar e tomar passageiros correctamente?

NOTA: agradecemos as fotografias enviadas.

Friday, July 4, 2008

Lisboa estuda cartão do residente


in PÚBLICO, Local Lisboa0 4.07.2008 por Catarina Prelhaz
«A Câmara Municipal de Lisboa pondera desenvolver um novo sistema que visa mitigar os problemas de estacionamento nas zonas históricas da cidade. A ideia é criar um "cartão de residente", que permita aos moradores usufruir em exclusivo dos lugares de parqueamento de determinadas áreas a delimitar pela câmara, avançou o vereador Manuel Brito, que esteve em substituição do vice-presidente Marcos Perestrello (PS) na reunião descentralizada da autarquia.

A falta de lugares e o estacionamento desordenado foram, de resto, as principais queixas dos novos moradores dos bairros históricos que, embora se digam "privilegiados" por viverem no centro de Lisboa, consideram que a autarquia tem de fazer mais para promover o seu repovoamento. As más condições do pavimento das ruas (que será intervencionado em Julho e Agosto, garantiu Manuel Brito), a falta de higiene urbana e o ruído excessivo na Baixa Pombalina, produzido sobretudo à noite por grupos musicais com amplificadores e por restaurantes, foram outras das contrariedades apontadas."Em casa, a partir de uma certa hora, tenho de andar sempre com tampões nos ouvidos", queixou-se uma moradora recente da Rua dos Correeiros.

Para o vereador Manuel Brito, o problema é "complexo", porque se há quem reivindique o direito à tranquilidade, "há muitos que reclamam pela falta de animação na Baixa". Já o vereador do Ambiente, José Sá Fernandes (eleito pelo Bloco de Esquerda), reconheceu que há pessoas que efectivamente não têm licença para produzir ruído. "Não julgo que seja esse o tipo de animação de rua que as pessoas reclamam para a Baixa", argumentou. Por esse motivo, assegurou Sá Fernandes, a autarquia vai apostar na fiscalização, um processo que advertiu ser "demorado" já que exige quatro medições de ruído em alturas distintas.

A prostituição no Poço do Borratém, sustentada por uma pensão ainda activa com ordem de encerramento desde Dezembro, foi outro dos problemas apontados. "Dois antigos e importantes estabelecimentos tiveram de encerrar as suas portas, porque não sobreviveram a este quadro confrangedor", advertiu o munícipe Maximino Afonso. O presidente da autarquia, António Costa, admitiu que, embora a pensão funcione ilegalmente, as 36 fiscalizações feitas àquele estabelecimento desde o dia 7 de Março não acusaram actividade. "Há objectivamente um problema", reconheceu, garantido maior atenção ao problema por parte da Polícia Municipal.»

FOTO: estacionamento selvagem na Rua da Madalena (junto da Igreja da Madalena)