Monday, June 29, 2009

LX três semanas depois das eleições para o PE



Praça da Figueira. Praça dos Restauradores. Praça do Areeiro. Outras praças da capital, como a do Marquês de Pombal e a de Entrecampos, estão iguais. Mais uma vez, não se respeitou a Lei do Património Cultural. Mais uma vez, a Carta Municipal do Património anexa ao PDM foi ignorada. Monumentos e zonas urbanas classificadas são tratadas como se fossem apenas mais um edifício ou arruamento. Vamos ter propaganda contínua e permanente até ao final do ano? A Comissão Nacional de Eleições está de férias? A quem compete fiscalizar a implantação dos cartazes?

Sunday, June 28, 2009

CHURRARIA DELGADO na companhia de Monumentos Nacionais

CHURRARIA DELGADO na companhia de Monumentos Nacionais

Atrás, o Palácio da Independência, classificado Monumento Nacional (MN);

Mesmo em frente, os imóveis da Praça D. Pedro IV, classificada Imóvel de Interesse Público (IIP) mas Em Vias de classificação para MN;

Do lado direito, a Igreja de S. Domingos, classificada MN;

Do lado esquerdo, o Teatro Nacional de D. Maria II, classificado MN.

Toda esta área urbana tem ainda a pretensão de vir a ser classificada pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade.

De facto, e analisando bem, este é o melhor local para se instalar um quiosque do tipo «Churraria Delgado».

Saturday, June 27, 2009

PUBLI-CIDADE: Rua do Carmo

Já nem o chão de Lisboa escapa ao apetite das grandes empresas... nem à falta de critério da CML... nem à apatia dos cidadãos? Se pudessem, pintavam o céu de Lisboa! Marketing agressivo à solta!

Saturday, June 20, 2009

THE CARBON COUNTER: Times Square billboard counts Carbon build up

National debt used to be the big number we all lived in fear of. Now it's greenhouse gases.

Climate change is likely to have all sorts of nasty consequences over the next century—among them, according to a brand-new report from the U.S. Global Change Research program, an increase in torrential downpours in the American northeast.

So it was uncomfortably fitting that a major climate-consciousness-raising event took place in just such a downpour. As reporters and dignitaries huddled under leaky tents just outside New York's Madison Square Garden on Thursday, Deutche Bank switched on its mammoth Carbon Counter billboard. The counter, towering 70 feet above busy Seventh Avenue and dramatically visible to hundreds of thousands of commuters who take the train to and from Penn Station, displays a real-time count of heat-trapping greenhouse gases we're pumping into the atmosphere—about 2 billion metric tons every month, added to the 3.6 trillion tons already floating around up there.

How do they know it's 2 billion tons? Actually, they know it isn't. Although carbon dioxide is by far the most significant human-generated greenhouse gas, it isn't the only one. Methane, generated by ruminating cows and rice paddies is another; nitrous oxide, created in making fertilizer, is another; so are halocarbons, used as refrigerants. If you really want to know about how much heat we're trapping, you have to take these into account too—and that's what Deutche Bank and its scientific advisers from MIT wanted to do.

It's complicated, though. For one thing, each of these gases traps heat at a different rate (OK, they really trap infrared radiation, but it ends up amounting to the same thing). Methane, for example, is a much more efficient energy-trapper than CO2; it's just that we emit a lot less of it. Each of these gases, moreover, degrades in the atmosphere at a different speed. That means you can't just add them up. "It's like you give someone a hundred dollars," says MIT atmospheric scientist Ron Prinn, "but it's a mix of Australian and Canadian and U.S. dollars. "You have to make some conversions before you know what it's worth." For the Carbon Counter, those conversions run into many pages of equations, at the end of which you get a number representing the "CO2 equivalent" of 20 different gases. Add them up, and you're at 2 billion tons monthly.

That's a big number, certainly, but what exactly does it mean? Most popular accounts of climate change don't talk about tons; they talk about parts-per-million—the number of CO2 or other molecules you'd find in a million molecules of atmosphere. CO2 was at about 280ppm back in 1700; it's now at 386 and rising. For perspective, climate scientists believe that if CO2 rises to 450ppm or so, the global average temperature could rise as much as 2 degrees Celsius, with serious consequences (and heavy rainstorms are hardly the worst).

But if you factor in the other greenhouse gases, we're already at 450, or pretty close to it. That being the case, you'd think we'd already be seeing dramatically rising seas and severe weather changes. There are two reasons why we aren't. First, it takes a while for heat to build up once the gases are up there. Second, and more important, the Carbon Counter doesn't take aerosols into account. These are tiny particles of soot, sulfur dioxide and other pollutants spewed into the air along with greenhouse gases. "The problem with these," says Bill Chameides, dean of Duke University's Nicholas School of the Environment, "is that some aerosols tend to cool the planet, some tend to warm it, and some interact with clouds in ways we don't understand."

That's the good news. The bad news is that aerosols cause their own problems— lung disease and acid rain, just to name a couple. Presumably, we'll be trying to limit those emissions in the future, which will leave the greenhouse gases to do their thing without interference.

By leaving some factors out, the Carbon Counter is by definition somewhat inaccurate. But since most of us don't know what 3.6 trillion tons of carbon or carbon-equivalent or whatever actually means, it hardly matters. It's a big number, and it's getting bigger, fast. Deutche Bank and the MIT folks hope that seeing these huge numbers scroll by on a giant billboard will make people more aware of what we're doing to the planet, just as billboards with the U.S. national debt try to raise awareness about another scary number.

Given how much people pay attention to the debt, though, let's hope this one is more effective.

In NEWSWEEK, 19 de Junho de 2009

Foto: O novo «carbon billboard» instalado em Times Square, Nova Iorque.

Nota: Vamos sugerir ao Presidente da CML, e ao Vereador do Ambiente, que instale semelhante painel em frente, por exemplo, da sede do ACP. Ou, em alteranativa, em vez da tela de publicidade da Renova no ROSSIO.

Thursday, June 18, 2009

PUBLI-CIDADE: Rua Garrett

Mais um lamentável, vergonhoso exemplo de Lisboa enquanto PUBLI-CIDADE. Em qualquer outra capital da União Europeia, a regra para as telas de protecção de obras no centro histórico é muito clara e igual para todos: devem reproduzir a fachada do imóvel em obra. Em Lisboa, em pleno Chiado, na Rua Garrett, é permitido uma tela de publicidade desta dimensão? Lisboa sem regulamento ou sem vontade política? A total inoperância das instituições que devem zelar pela protecção e respeito do património classificado? A CML licenciou? O IGESPAR deu parecer positivo?

Wednesday, June 17, 2009

Presidente do ACP desvenda o seu sonho para a Av. Ribeira das Naus

O presidente do ACP, Carlos Barbosa, desvendou ontem o seu sonho para a Avenida da Ribeira das Naus, Avenida Vinte e Quatro de Julho e Avenida Infante D. Henrique (ver visualização em cima): um total de 20 faixas de rodagem, sobre um mega-estacionamento subterrâneo com capacidade para 55 mil lugares.

Monday, June 15, 2009

«FESTAS da PUBLI-CIDADE» no ROSSIO?




Ainda a respeito da grande tela de publicidade que cobre a totalidade da fachada de um imóvel classificado IIP (e Em vias de classificação MN) no Rossio - Praça D. Pedro IV, 10 a 12 torneja Rua do Ouro, 286 a 296, aqui publicamos quatro novas imagens do imóvel, e da sua envolvente, durante as «Festas de Lisboa». Como poderão constatar, a Renova teve companhia: a Chevrolet deu o ar da sua graça. Estamos perante dois péssimos exemplos de desrespeito pelo património classificado. Em ambos os casos a Câmara Municipal de Lisboa emitiu as necessárias licenças. Resta apenas saber qual a posição do organismo criado pelo Estado Português para classificar e salvaguardar o património nacional: IGESPAR. Aguardamos esclarecimentos.

Tuesday, June 9, 2009

CRITÉRIOS DA BAIXA: «Promoções»

Finalmente, o Núcleo de Fiscalização da CML actuou! Na passada 2ª feira procedeu à entrega das notificações para remoção em 24h de todos os dispositivos ilegais na Praça da Figueira. Hoje 3ª feira, o mesmo núcleo tinha agendado acções de remoção coerciva. A pergunta que fazemos é: porque razão a CML tolerou aquele caos de dispositivos de publicidade ilegal durante tantos anos?

Monday, June 8, 2009

RUA DA EMENDA ou RUA SEM EMENDA?


Na RUA DA EMENDA é assim quase todos os dias. Os peões nas faixas de rodagem e os veículos automóveis nos passeios e passadeiras. Se não conseguimos alterar isto então que se altere a toponímia do arruamento. Que se assuma a nova «Rua Sem Emenda». Nota: esta passadeira fica no cruzamento com a Rua da Horta Sêca, junto ao Ministério da Economia (a grade amarela pertence ao ME).

Ourivesaria patrimonial em Guimarães

In Público (7/6/2009)

Por António Sérgio Rosa de Carvalho

«O anúncio de um acontecimento de relevo para o prestígio e a imagem do país tomou lugar praticamente desapercebido. Refiro-me à comprovação de que Guimarães irá ser a Capital Europeia da Cultura em 2012.
Guimarães é uma das únicas cidades portuguesas que apresentam um centro histórico completamente restaurado (em lugar de "recuperado") e completamente habitado. E aqui refiro-me a um conceito de reabilitação urbana rigoroso baseado no restauro e não num conceito vago de "recuperação" que permite todas as aventuras interpretativas, "criativas" e "modernas".
Assim, a reconstituição da imagem histórica foi conseguida, desenvolvendo um restauro de tipologias, portas, janelas, coberturas, interiores, com grande atenção para a autenticidade dos materiais, dos detalhes e pormenores, num exercício de ourivesaria patrimonial em cada edifício, transformando todo o conjunto numa grande jóia, agora reconhecida na sua qualidade.
Claro que, com uma estratégia de repovoamento integrada, aqui temos a receita para a auto-estima das populações, a identidade local, o prestígio do reconhecimento internacional. Para o conseguir foi necessário um planeamento. O desenvolvimento de uma carta de princípios e regras a seguir para todo o centro, capaz de garantir coerência na diversidade e unidade na variedade. Tudo aquilo que Lisboa não tem.
Além da destruição sistemática da Lisboa romântica a que se tem vindo a assistir, determinada pelos eleitos e com a indiferente conivência do Igespar, depois do anúncio pela sr.ª prof.ª Raquel Henriques da Silva, em conferência, que o projecto da candidatura a Património Mundial estava morto e enterrado, a Baixa, além de abandonada e apodrecida, encontra-se à deriva. Isso é bem visível, aliás, nas intervenções na Baixa, onde cada um faz o que quer.
No entanto, e curiosamente, a Câmara de Lisboa tem ao longo dos anos acumulado uma experiência patrimonial em conhecimento estético e técnico, através do trabalho das suas Unidades de Projecto nos bairros históricos, inegável.
Com efeito, as intervenções das Unidades de Projecto no edificado histórico, no meio do caos e da confusão de valores, determinada pela ausência de arquitectos especializados exclusivamente no restauro, que tem caracterizado as intervenções no geral, sobressaem pela positiva, pois são aquelas em todos os aspectos que mais se tem aproximado duma atitude de restauro.
Mas, infelizmente, esta sabedoria não tem sido aproveitada de forma contínua, coerente e independente, pois as chefias que controlam as mesmas unidades variam com os ciclos políticos.
Tomando assim lugar o conhecido e desesperante fenómeno da "reinvenção" do país em cada ciclo político, com as conhecidas consequências desmotivadoras e efeitos perversos de esbanjamento irresponsável de recursos financeiros e humanos.
Voltando ao Igespar, poder-se-á perguntar: depois da integração da DGMN no inoperante Ippar, criando o pesado paquiderme a que se chama Igespar, qual o resultado na eficácia? Para mais sabendo que a inoperância e a grave falta de efectividade é agravada, em cada ciclo político, pela "reinvenção da pólvora" num processo afirmativo, apenas com objectivos políticos, num método de tabula rasa.
Quanto tempo poderá aguentar o país ainda este estado de coisas?
Enquanto isso, por cada viagem que fazemos à Europa, ao nos serem revelados centros históricos magníficos na sua qualidade de conservação e restauro, cidades ocupadas e vividas, em plena habitação, com pulsantes dinâmicas culturais e actividades económicas, trazemos incrédulos como troféus imagens que exibimos aos amigos, como se vivêssemos noutro continente, noutro planeta, noutra galáxia.
Historiador de Arquitectura »

Friday, June 5, 2009

CRITÉRIOS DA BAIXA: «Tranquilidade»...


A Renova não está sózinha no crime de atentar contra o património arquitectonico classificado de Lisboa. Basta passar na Rua dos Sapateiros para ver dois mega dispositivos de publicidade da Tranquilidade/imobilário. Num arruamento classificado IIP, «Em Vias de Clasificação» para MN, e parte integrante da Baixa Pombalina candidata a classificação pela UNESCO. São estes os critérios de gestão de uma zona MN? É com estes exemplos que queremos convencer a UNESCO que estamos sérios quanto à candidatura a Património Mundial da Humanidade? Isto é legal? Foi licenciado pela CML? E o IGESPAR? O que se passa?

Projecto para o Terreiro do Paço "desvirtua con ceito de praça barroca"

In Público (5/6/2009)

«A directora do Museu dos Coches, Silvana Bessone, entende que o projecto de reformulação do Terreiro do Paço "desvirtua o conceito de praça barroca" que presidiu à criação da Praça do Comércio após o terramoto de 1755.
"Achei o desenho horrível e como historiadora de arte fiquei impressionada", diz Silvana Bessone, que assinou ontem a petição online a exigir a abertura de uma discussão pública sobre o futuro da principal praça do país. Uma pretensão que não é bem acolhida pela Sociedade Frente Tejo, entidade de capitais exclusivamente públicos criada pelo Governo para reabilitar este e outros troços da zona ribeirinha de Lisboa. "Pela lei não somos obrigados a fazê-lo, uma vez que se trata de um projecto e não de um plano. Mesmo assim, abrimos um processo de participação pública nesta fase inicial do projecto, que é a do estudo prévio", refere a porta-voz da sociedade, Maria João Rocha.

A directora do Museu dos Coches explica que a Praça do Comércio "foi feita de propósito para ali fazer passar os grandes cortejos do fausto barroco [com carruagens puxadas por cavalos], que davam voltas em redor da placa central e subiam depois pela Rua da Prata ou pela Rua do Ouro". Por isso, "transformar aquilo novamente num terreiro", o Terreiro do Paço que ali existia antes do terramoto, "não faz sentido". Da mesma forma, o corredor de pedra que o projecto prevê que venha a ligar o arco da Rua Augusta ao Cais das Colunas "é um disparate", tal como a anunciada valorização da estátua de D. José com alguns degraus em seu redor.
Silvana Bessone faz um apelo: que antes de ser tomada qualquer decisão precipitada o assunto seja discutido não apenas pelos cidadãos como por um painel de especialistas - historiadores de arte, arquitectos, urbanistas, olisipógrafos - que possa indicar um rumo a seguir na reabilitação da praça. De facto, existe um painel de especialistas que já transmitiu ao autor do projecto, o arquitecto Bruno Soares, as suas impressões sobre o seu trabalho. E o PÚBLICO sabe que levantaram várias objecções. "Não vamos revelar publicamente o conteúdo deste debate interno com os especialistas, senão ele deixaria de ser produtivo", diz a porta-voz da Sociedade Frente Tejo. Objecções ao projecto levantaram igualmente vários serviços camarários. Num parecer que emitiu sobre o assunto, o director municipal de Conservação e Reabilitação Urbana, Catarino Tavares, entende que a sobriedade e a simplicidade da imagem pombalina dificilmente se coadunam com a variedade de materiais e de cores que Bruno Soares previa inicialmente que fossem usados no pavimento - "lioz, basalto, calcário, vermelho e amarelo, granito, saibro e mármore verde". Este será um dos aspectos que o arquitecto estará a reformular até ao próximo dia 26 (ver outro texto).
"Deverá meditar-se sobre os materiais a aplicar e as soluções propostas para os desníveis [previstos para o pavimento] junto do torreão poente", conclui o responsável camarário, que elogia a prioridade que o projecto confere aos peões, "não incluindo qualquer obstáculo" à sua circulação. A.H.»

Thursday, June 4, 2009

PUBLI-CIDADE: Praça da Figueira


BAIXA POMBALINA, classificada «Imóvel de Interesse Público» e actualmente «Em vias de classificação para Monumento Nacional?! BAIXA POMBALINA, candidata a Património Mundial da Humanidade?!

Tuesday, June 2, 2009

Licenciamento de obras em Nova Iorque

Porque razão em Portugal não se divulgam publicamente todos os dados referentes a pedidos de licenciamento de obras? Um cidadão português não pode consultar o projecto de uma nova construção enquanto este estiver em apreciação numa Câmara. Porquê tanto secretismo? Para piorar a situação, muitas vezes o «AVISO», que é afixado no local da futura obra, nem sequer é preenchido! Em Nova Iorque (na imagem) é obrigatorio por lei afixar no local todos os detalhes da operação urbanística que se pretende efectuar, desde o nome e contactos do proprietário até à discrimininação exaustiva da intervenção para a qual se pediu licenciamento. E não se pense que isto é uma particularidade da Democracia dos EUA. Em Londres é exactamente o mesmo. Se um proprietário quer mudar a caixilharia de uma janela, terá de afixar igualmente no local todos os documentos oficiais que entregou nas autoridades municipais (incluindo o nome e contacto telefónico do proprietário). Em alguns países, e para novas construções, é também obrigatório a divulgação de imagens, previamente e no local, dos projectos em apreciação. Exemplos de Transparência, Participação, enfim, BOAS PRÁTICAS ainda em falta no nosso país. Não é pois de admirar os problemas urbanísticos que cada vez mais caracterizam a nossa paisagem. O actual sistema alimenta a corrupção.

PUBLI-CIDADE: «ROSSIO» ou «RENOVA»?


...e o escândalo «Renova», que já dura mais de duas semanas, prossegue. Em plena zona candidata a Património Munidal da Humanidade... Lisboa no seu pior. Quem desejar reclamar à Renova pode utilizar o seguinte endereço: info@renova.pt