Thursday, December 17, 2015

Publi-Cidade: Rua Garrett


Aqui vemos um dos melhores exemplos até à data de tela de protecção com publicidade; a área da publicidade ocupa menos de 50% da área total da tela; ainda estamos longe dos exemplos de Roma ou Londres mas é um passo na boa direcção e que merece ser destacado. 

Wednesday, December 16, 2015

Publi-Cidadae: Praça Luís de Camões






















Reparar na patética tentativa de "concessão" ao "Património" com a colocação de uma faixinha que reproduz 3 janelas do prédio!

Thursday, November 26, 2015

RUA DA MADALENA: mais um edifício com caixilharias em alumínio




Pode ser observado na Rua da Madalena 33 a 39 / Rua do Comércio, 1 a 13. Tudo aponta para que seja mais um Hotel ou «AL». Aprovado pelo Vereador Manuel Salgado e pela DGPC? A avaliar pela proliferação de exemplos destes, deve estar tudo legal, com todos os valores do bem cultural classificado salvaguardados, caso contrário estariamos numa República das Bananas.

Monday, November 23, 2015

LISBOA: apenas para entretenimento e consumo do Turista?


Neste espaço existiu até há poucas semanas uma das mais belas lojas de antiguidades da zona da Sé de Lisboa. Mas tal como outros estabelecimentos do género também este acabou por encerrar. A mudança drástica dos números, e do perfil, do turismo que nos visita assim parece obrigar. Agora é o turismo de massas que manda - e a cidade se ajoelha oferecendo tudo o que houver de mais barato, reles, pobre e vulgar. No eixo que vai do Largo de Santo António da Sé, Rua de Augusto Rosa e o Limoeiro, uma a uma as lojas de velharias e antiguidades colapsam face à pressão agressiva do novo turismo. Mas neste eixo fecharam também, nos últimos anos, uma padaria e uma farmácia - estabelecimentos essenciais para os moradores da zona. Actualmente já existem 18 lojas de souvenir e afins entre a Sé de Lisboa e o miradouro de Santa Luzia! Este tipo de turismo, que Lisboa acolhe de braços abertos e olhos fechados, tem levado à abertura descontrolada de lojas que servem exclusivamente a necessidade do souvenir ou da cerveja barata. Nenhuma outra ambição para além disso. A forma como monopolizam os pisos térreos é claramente nefasta para a saúde de qualquer bairro. Paralelamente, também os pisos superiores vão sendo subtraídos para serviço do Turismo: não há semana em que não apareça no mercado mais um apartamento «AL» - numa verdadeira epidemia de alojamento local. É cada vez mais difícil encontrar uma casa para alugar nos bairros históricos centrais - apenas para nós claro, porque para o "turista" há cada vez mais oferta, escolha! Os preços das casas sobem velozmente expulsando progressivamente cada vez mais moradores para as periferias. A CML, em vez de actuar, tem contribuído para a aceleração deste fenómeno com a venda em hasta pública dos seus imóveis - porque a grande maioria deles acaba metamorfoseado em mais «AL», «Hostel» ou «Hotel»! O que está pois a nascer nesta colina da Sé/Castelo e Alfama? Um bairro reduzido ao entretenimento e consumo do turista? E assim se vai matando a fábrica física e social dos bairros históricos de Lisboa. Até quando a inércia da CML face a este problema crescente? 
Fotos: Rua de Augusto Rosa 1 a 3

Saturday, November 21, 2015

POSTAIS DA BAIXA: «LOW COST URBAN PLANNING»

 Largo de Santo António da Sé
  Largo de Santo António da Sé
 Rua da Conceição
 Rua da Prata
 Rua da Prata
 Rua do Comércio
 Rua dos Fanqueiros
Rua dos Fanqueiros

Sunday, November 8, 2015

Porta sim, porta não, a Baixa está entregue aos turistas

A Câmara de Lisboa não disponibiliza dados sobre a dimensão da oferta hoteleira na Baixa mas basta um passeio pelo local e uma pesquisa online para encontrar mais de 60 hotéis e alojamentos locais. É preciso repensar esta “Disneylândia de hotéis”, diz uma deputada municipal do PSD
[...]
O PÚBLICO quis saber exactamente quantos hotéis e AL existem na Baixa Pombalina e a quantas camas correspondem, quantos projectos turísticos e destinados a habitação foram aprovados nos últimos tempos. Mas nem a Câmara de Lisboa nem a Associação de Turismo de Lisboa revelam dados. Um mês depois de receber as perguntas, a autarquia respondeu apenas que “está em elaboração um levantamento exaustivo no âmbito do estudo sobre o impacte do turismo na cidade, cujas conclusões serão divulgadas oportunamente”.
Margarida Saavedra, deputada do PSD na Assembleia Municipal de Lisboa (AML), tentou saber o mesmo. Nesta terça-feira vai repetir as perguntas pela terceira vez, na reunião deste organismo. "Estou muito preocupada. Demorámos muitos anos a repovoar a Baixa. O turismo é óptimo para a cidade mas não pode alterar as condições das pessoas que vivem lá." A deputada considera que o "licenciamento selvático" de unidades hoteleiras está a transformar a Baixa Pombalina numa "Disneylândia de hotéis", onde os poucos moradores - idosos que sempre viveram ali e casais jovens com filhos que estão a apostar no centro da cidade - estão a ser "escorraçados".
Lisboa é outra Barcelona?
Em Julho, o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, afirmou que o tal estudo estaria pronto até ao final do ano. Embora tenha reconhecido que existe “um problema por concentração excessiva” de alojamentos turísticos em áreas da cidade como a Baixa-Chiado e os bairros históricos, Salgado ressalvou que a capital, com cerca de 9 milhões de dormidas por ano, ainda não está ao nível da espanhola Barcelona, onde a pressão turística levou a presidente da câmara a suspender durante um ano a concessão de licenças para a construção de hotéis.

João Seixas, professor de geografia na Universidade Nova de Lisboa, não concorda: “Os números não podem ser vistos apenas em termos de volume.” O investigador, doutorado em Geografia Urbana pela Universidade Autónoma de Barcelona, lembra que os 18 milhões de dormidas registados na capital da Catalunha têm impacto num município com 1,5 milhões de pessoas, enquanto que os 9 milhões de Lisboa vão quase todos para a Baixa, Belém, Alfama, Castelo, além de Cascais e Sintra, onde no total vivem cerca de 500 mil pessoas. “Conclusão: a pressão em Lisboa é maior do que em Barcelona, sobretudo em determinadas zonas”, afirma, sublinhando que “é preciso dizer isto mas sem alarmismos”. Até porque esta a “pressão profunda” corresponde um “impacto económico profundo”.
Artigo completo aqui:

Tuesday, September 22, 2015

«CML abdicou da sua responsabilidade planeadora e reguladora»

Bye, bye Lisboa!

A Câmara de Lisboa abdicou da sua responsabilidade planeadora e reguladora, abrindo a caixa de pandora.
Em 1990 Barcelona com 1,5 milhões de habitantes atraiu 1,7 milhões de Turistas. Em 2014 Barcelona recebeu 7,5 milhões de Turistas. Rendimento anual através do Turismo atingiu os 12 mil milhões de euros.
Nas Ramblas, em cada 10 transeuntes, 9 são turistas. 1991: 23,7191991 dormidas; 2003: 37,224 dormidas; 2013: 69,128 dormidas.
Assistiu-se assim, à tranformação de toda a cidade num Parque Temático Turístico e à redução de todas as actividades a uma única, omnipresente e obsessiva Monocultura. O Turismo.
Todo e qualquer sentido do Viver e Habitar quotidiano foi dominado e reduzido à erosão permanente do visitar, do residir temporário, do permanente happening nocturno e da festa contínua.
Ao permitir este consumir de forma erosiva, predadora e esgotante, de todas as características que, precisamente, constituíram o atractivo e o motivo da vinda e, originalmente, o apelo de vísita, Barcelona cada vez mais, e paradoxalmente, foi transformada num local onde Turistas apenas encontram outros Turistas. Uma plataforma globalizada, esvaziada dos seus conteúdos, dos seus moradores e autenticidade original.
Tudo isto levou a uma crescente revolta local, com movimentos cívicos e crescentes manifestações de rua, culminando este processo com a eleição de Ada Colau para presidir o Município.
A primeira medida de Colau foi instalar uma moratória durante 1 ano, de todo o licenciamento para novos projectos turísticos, incluindo hóteis, hostels, reconversões para alojamentos temporários, etc.
Levou também à produção do já famoso Documentário “Bye Bye Barcelona”, no qual, todas estas situações e desafios são ilustrados.
Entretanto, Colau entrou em confronto directo com a airbnb e a Booking.com, exigindo destas organizações especialistas em estadias temporárias, a relação completa das moradas e registos de ofertas dos seus sites.
A todos os endereços ilegais serão impostas multas de 15.000 a 90.000 euros, oferecendo Colau como alternativa ao pagamento das multas pelos proprietários destes alojamentos, a disponibilização pelos mesmos, destas moradas durante três anos, como habitaçào social, para os residentes locais.
A recusa das organizações referidas de disponibilizar as informações exigidas, poderá levar à proibição de acesso a estes sites especializados em oferta de alojamentos temporários, em todo o território da Catalunha.
Alfama recebeu recentemente, a visita do Secretário de Estado do Turismo e do Ministro da Economia, que triunfalmente e com um distanciamento “blasé” em relação a um possível papel regulador, equilibrador, planeador, recusaram qualquer reflexão ou dúvida quanto ao crescimento avassalador da oferta e transformação de todas as residências, em alojamentos temporários, sem qualquer tipo de regulamento ou limites, dedicados ao Turismo.
Nesta irrealista e irresponsável atitude caracterizada por um “laissez faire, laisser aller” in extremis, até criticaram uma tímida e tardia preocupação, formulada por um dos grandes responsáveis por esta ausência de gestão e planeamento, Manuel Salgado.
Com efeito, Manuel Salgado ao anunciar em 2008 “A Baixa nunca será um bairro residencial” e ao propor exclusivamente um investimento na hotelaria, residências universitárias e alojamentos de curta e média permanência, entregando a dinâmica do investimento únicamente às exigências dos “mercados”, abdicou da sua responsabilidade planeadora e reguladora, abrindo a caixa de pandora.
No início do processo, antes da crise e respectiva transformação, motivada pela mesma crise, da cidade num gigantesco negócio de estadias temporárias, e acima de tudo, do exôdo maciço de toda a juventude Portuguesa, estes, naturalmente os potenciais habitantes de uma Baixa ainda vazia , ainda teria sido possível planear / estabelecer um equilíbrio.
Assim também, a possível inserção da totalidade da Baixa num regulamento de rigor Patrimonial determinado pela Unesco não convinha à liberdade de manobra de intervenção e licenciamento de Manuel Salgado, pois iria impedir a sua política de “fachadismo” e de destruição sistemática dos Interiores Pombalinos pelos “investidores”.
 Agora, dramaticamente é tarde, e provavelmente de forma irreversível Manuel Salgado e os dois ilustres visitantes de Alfama vão acabar perversamente por “ter razão” na sua irresponsável atitude e ausência de visão.
Entretanto, brevemente, em frente a Alfama vai surgir o novo terminal de Cruzeiros, aumentando o “potencial” e alargando, através das respectivas intervenções e arranjos da envolvente incluindo possivelmente a desejada desactivação da estação de Santa Apolónia, a plataforma da Monocultura.
Bye Bye Lisboa!

Thursday, July 9, 2015

E Lisboa?