Friday, January 30, 2009

«Queria passar com o carrinho de bebé e tinha de ir para o meio da estrada» - Rua da Emenda

Agora já nem repara, mas antes «achava uma tortura» ter de serpentear passeios estreitíssimos pejados de carros mal estacionados: «Queria passar com o carrinho de bebé e tinha de ir para o meio da estrada. Isso nunca me aconteceria na Rússia.»

Anna Sokolova
34 anos Russa, Médica

In Notícias Magazine, 26 de Outubro de 2008 (pág. 51)
Welcome to Portugal! Welcome to the capital city, Lisbon!

Foto: Proibida a circulação pedonal na Rua da Emenda? (Foto de FT)

Thursday, January 29, 2009

As escalas de Lisboa, Morfologia, população e identidades

Actas IV Colóquio Temático
“As escalas de Lisboa, Morfologia, população e identidades”

As Actas do IV Colóquio Temático "As escalas de Lisboa, Morfologia, população e identidades", apresentam escalas de observação sobre a cidade, bairros e ruas, o espaço urbano, a persistência de ruralidade nalguns bairros antigos, a heráldica autárquica, a preservação do património e a concepção e concretização de novos modelos urbanísticos. As actas do IV Colóquio Temático remetem-nos para a população e identidades, para os bairros, para a história e património de Lisboa, uma cidade em que as formas urbanas atingem outras escalas e outros valores.

Já se encontra disponível para download gratuito na loja do site do Arquivo Municipal de Lisboa:


http://arquivomunicipal.cm-lisboa.pt/

Wednesday, January 28, 2009

CRITÉRIOS DA BAIXA: Praça da Figueira, 6B-6C


De acordo com a informação que me foi enviada pela CML no dia 30 de Dezembro de 2008, estes equipamentos de publicidade foram instalados ilegalmente, pelo que os serviços municipais procederão em conformidade, promovendo a instauração do respectivo processo contra ordenacional e notificando os responsáveis para procederem à respectiva remoção.

Também o IGESPAR em resposta datada de hoje, dia 28 de Janeiro, confirmou a ilegalidade destes equipamentos e informou que foram pedidos esclarecimentos à Câmara Municipal de Lisboa, através do ofício nº 149/2009, de 15 do corrente.

Ontem ao final da tarde, e quase 6 meses após a sua aparição ilegal, os reclames ainda iluminavam... Em Lisboa o crime compensa?

Nota: para ver o nosso primeiro alerta clik no título

«UMA FARTURA DE LOUCURAS EM LISBOA»

Recente e repentinamente fomos surpreendidos por uma súplica ansiosa exprimida pela vereadora da Cultura na CML, Rosalia Vargas, onde pedia ideias, mesmo que fossem loucas. Creio que, no balanço do ano, a vereadora terá largas razões para alívio e contentamento... A total ausência de visão, sensibilidade estratégica e perspectiva cultural na cidade de Lisboa, e a abundância de ideias loucas dominaram.

1. Real Praça do Comércio. Depois de campanhas de "animação" que demonstraram um talento inimitável em conseguir o impossível, ou seja, a transformação de uma das grandes Places Royales da Europa no Campo das Cebolas, seguiram-se as campanhas de iluminação de Natal, que já fizeram correr rios de tinta. Com efeito, a grande axialidade das iluminações apresentou grandes imagens culturais, competindo entre o tema "Barbarela" da Praça do Comércio e do Marquês, e o tema "Barbie-Bela Adormecida" do Rossio. Foram momentos inesquecíveis, só superados pelo momento culminante das ideias loucas, que foi inaugurar o tão esperado retorno do Cais das Colunas, para imediatamente anunciar para Janeiro a transformação da praça num novo estaleiro de obras, depois de anos de obras e milhões de euros que têm que ser devolvidos à UE por incompetência e mau planeamento.

Definitivamente e concluindo, António Costa não sabe o que é uma praça real, não sabe utilizar o potencial de dignidade do seu espaço público nem a imponência da sua arquitectura e demonstra-o todos os dias aos turistas europeus, que teimam em nos visitar.

2. Com o alargamento das responsabilidades dos pelouros, o vereador Manuel Salgado ficou agora com a responsabilidade do licenciamento na área do urbanismo comercial. Responsabilidade não é um termo desajustado, pois é nesta importantíssima área que muito da imagem de qualidade na vivência de um centro histórico reside.

Fazendo a comparação entre a curva ascendente da vivência e da qualidade do comércio no Chiado e a acentuada e progressiva decadência na Baixa, teremos que reconhecer que os mesmos turistas que nos visitam sabem encontrar a loja da Catarina Portas na Rua Anchieta, reconhecem de imediato o atractivo do Largo do Teatro de São Carlos, descobrem o Café no Chiado, etc... Enquanto na Baixa, estabelecimentos com verdadeira qualidade, como a Confeitaria Nacional, tornaram-se "ilhas"cercadas por comércio híbrido e descaracterizado, bem ilustrado pela ofensiva em massa do fenómeno "Chíndia".

Ao apercebermo-nos que mesmo o eixo fundamentalmente estratégico, que se inicia na Rua da Conceição, passa pela Sé até ao Largo das Portas do Sol, seguindo o percurso do eléctrico 28, zona anteriormente consolidada com comércio de qualidade e antiquários, começa a tornar-se zona de expansão estratégica do híbrido, representado pela "tralha" e quinquilharia pseudoturística "Chíndia", temos que perguntar directamente ao vereador Manuel Salgado o que é que anda a fazer... Provavelmente ele irá dizer-nos que a sua total ausência de estratégia na área do urbanismo comercial, encerra uma atitude subtil de resposta ao tal apelo de ideias loucas da vereadora.

3. Entretanto, a exposição sobre a Baixa Pombalina encerrou, como marco da total inactividade na área fundamental da reabilitação urbana. Vem o vereador Manuel Salgado anunciar a suspensão do PDM, para desenvolver não mais do que obras dispersas e empíricas, sem uma concentração pedagógica e estimulante numa zona. Além disso, por aquilo que conseguimos adivinhar nas imagens relâmpago e sem qualquer explicação que tentámos descodificar nas vídeo montagens dos projectos para o espaço público e intervenções em monumentos nacionais na Baixa, ficámos sem saber qual o grau de rigor das intervenções na perspectiva patrimonial.

Assim, sabemos que no Largo de Trindade Coelho pretende-se retirar o gradeamento na entrada da Igreja de São Roque, com o pretexto de fazer retornar a praça a uma situação original e pura... quando a Carta de Veneza nos diz claramente que o património posterior (gradeamento do século XIX) acumula as memórias de vivência do local.Poderemos então perguntar... Seguem-se os gradeamentos das igrejas de São Nicolau e de São Julião? No caso da Igreja de São Julião e no plano conjunto com o Banco de Portugal parece que sim, além de que a depuração minimalista nos interiores pretende criar uma abertura envidraçada (!) no canto direito da fachada da Igreja de São Julião.

Definitivamente, desistiu-se totalmente da candidatura da Baixa a Património Mundial e do master plan rigoroso na perspectiva patrimonial, ao nível da imagem histórica, tipologias e materiais que tal candidatura exigia e implicava.Resta-nos a consolação da promessa de mais ideias loucas na gestão de uma cidade com um potencial histórico, patrimonial e cultural único entregue a eleitos sem capacidade para o reconhecer, valorizar e aproveitar.

Artigo de opinião de António Sérgio Rosa de Carvalho, Historiador de Arquitectura, publicado no PÚBLICO 25.01.2009

FOTO: a já clássica barraca de farturas do Terreiro do Paço, caso talvez único na Europa da UE, introduzido pelo Presidente da CML no âmbito da iniciativa «Aos domingos o Terreiro do Paço é das Pessoas»

Tuesday, January 27, 2009

RUA AUGUSTA: «Molinhas Felicio - Hand Made in Portugal»

LEGENDA: «Molinhas Felicio - Hand Made in Portugal», «Por favor Não Puxar / Don't Pull Please»


URGENTE: URBANISMO COMERCIAL PARA O CENTRO HISTÓRICO DE LISBOA!

Friday, January 23, 2009

LARGO DO CARMO: largo da circulação rodoviária?


Placa toponímica no Largo do Carmo parcialmente obstruída por sinalização rodoviária. Trata-se de mais uma lamentável prova de como em Lisboa ainda se priveligia a mobilidade rodoviária em detrimento da pedonal. As "sacro-santas" necessidades dos automobilistas estão acima de quase tudo e todos (basta ver a recente furiosa reacção do ACP à proposta de devolver parte da Baixa / Praça do Comércio aos peões). Mas a falta de visibilidade desta placa toponímica, devido a sinalização de trânsito, não é caso único na nossa cidade. Na hora de escolher o que é mais importante, Lisboa raramente hesita: os carrinhos de transporte individual.

Sunday, January 18, 2009

«LISBOA, CAPITAL do CHARME» - Largo da Igreja de S. Domingos

"Objecto Degradado Estacionado" no Largo da Igreja de São Domingos (Freguesia de Santa Justa). Fotografia tirada no dia 14 de Janeiro de 2009.

Tuesday, January 13, 2009

LISBOA É...

...uma sinalização pública reduzida à patética função de poste de publicidade privada - no gaveto da Travessa do Almada com a Rua de Santo António da Sé

Que muitos automobilistas não respeitem os sinais de proibição de estacionamento não constitui novidade nenhuma. Mas ver sinalização vertical a ser ilegalmente apropriada para publicitar venda de imóveis isso sim, já é um fenómeno relativamente novo. Como é possível que isto aconteça em pleno centro histórico? Uma triste ironia é o facto desta esquina corresponder a um prédio construído pelo próprio Marquês de Pombal (as armas da família podem ser vistas no cunhal mais acima).

Não existe um regulamento que estabelece regras para a publicitação da venda de imóveis no concelho de Lisboa?

Como se pode observar na fotografia, estamos perante um abuso inaceitável - da parte de uma das maiores empresas do ramo.

Se a CML não intervir junto das empresas responsáveis iremos ver estas más práticas proliferarem no espaço público da nossa cidade.

Monday, January 12, 2009

LISBOA É...



...placas toponímicas desdentadas. No Bairro Alto, em São Bento, no Chiado e em muitos outros bairros. Já para não referir as cada vez mais numerosas placas toponímicas desfiguradas com graffiti. A TMN poderia pagar o seu restauro no âmbito dos lucros da publicidade «natalícia» na Praça do Comércio e Praça Marquês de Pombal...

«Portuguese Brands: Why the Past is the Future»

12 de Janeiro de 2009

Tucked down the Rua Anchieta is A Vida Portuguesa, a boutique filled with a huge selection of Portugal’s historic and still-thriving brands. For anyone interested in a brand-wise archaeological dig of this country’s last century (even more time than that, actually) and a study on how to take age-old brands and turn them into luxury goods, this is the place. The store’s brochure indirectly boasts that it is full of Proust-worthy madeleines, which would be a painfully dumb claim if it weren’t true.

Owner Caterina Portas started the digging several years before the store opened in May 2007. As such, she’s an expert on the country’s best brands and what makes them tick.

“I started looking for products that were at least 40 years old,” she says, “where the quality of the product was important and the packaging was beautiful.”

Her shop is a shrine to the past, but curiously and cleverly in tune with the present. It exalts everything from ceramic swallows, which are a national symbol, to a soap that Oprah can't get enough of, to Coração metal polish, which still uses its original 1928 logo of a heart pierced by an arrow.

“Brands spend millions to create a history for themselves. Normally items that are 60 to 80 years old won’t be bad things,” she says with a touch of irony. “If they’ve lasted this long, they’re bound to have a certain quality.”

The objects Portas stocks are iconic brands and part of the greater "national brand”—each one having reached a hallowed status where it can be equated with what it means to be Portuguese—each possessing little bits of the country’s collective soul and the reverence that brand managers around the world would die for. The products trace the arc of the 20th century, including the 42-year reign of dictator Antonio de Oliveira Salazar, up to the country’s 1986 inclusion in the European Union and the rapid modernization that followed.

Now many say the country is going through a reflective period where people are weeding out the globalized products they don’t want and keeping what they’ve been doing right the whole time.
"My feeling was that with globalization, we were all starting to be alike, to dress alike, to use the same products. It was clear that we'd see a resurgence of the local," Portas says.
“A chocolate manufacturer told me the other day, ‘We’re successful today for the same reasons we had trouble ten years ago: we’re small, local, have a tiny production, are artisanal and have an old-time image and packaging.”

Portas is conscious of the blooming nostalgia of older Portuguese citizens for the good products from their past and of a younger generation’s newfound appreciation of them.

Some of A Vida Portuguesa’s clients are of the generation that grew up with these products and sees them as practical, nostalgic and part of something good that came from a tough time. Younger clients seek a connection to the past and often use the products simply because they work well.

“Our clients are old, young, rich, poor, people from Lisbon, Portuguese, foreigners and old ladies who still want their favorite hand cream,” Portas recounts. After the better part of a century, her brands are still expanding. “Couto toothpaste is 75 years old and still finding new clients,” she says, citing one example: “Now vegans like it because it was never tested on animals.

“When you get to investigate products from daily life, you touch on a lot of subjects,” she says, explaining that many of her products are still in production thanks to their quality and connection to the Portuguese past. “It’s quite possible to tell the story of a country from the products they use.”
Para ler o artigo completo, Portuguese Brands: Why the Past is the Future, visite:

http://www.brandchannel.com/start1.asp?fa_id=459

Hotel ameaça último correeiro da Rua dos Correeiros

In Diário de Notícias (12/1/2009)
LUÍSA BOTINAS

«Lisboa. No prédio junto à extinta Lanalgo

Helena Roseta quer propor ao executivo classificação da loja

O último correeiro de Lisboa, a loja Vitorino de Sousa, Lda. a funcionar na Rua dos Correeiros há 88 anos, corre o risco de desaparecer do mapa e do imaginário lisboeta para dar lugar a um hotel . A abertura de um processo de classificação como imóvel de interesse municipal poderá ser a tábua de salvação desta loja, derradeiro exemplo do comércio tradicional.

Os vereadores do movimento Cidadãos por Lisboa deverão apresentar nas próximas semanas uma proposta nesse sentido uma vez que a Vitorino de Sousa "nem sequer faz parte da mais recente versão da carta de Inventário do Património Municipal", conforme referiu ao DN Helena Roseta, lembrando que o CPL manifestou a sua oposição à "aprovação condicionada" do projecto de arquitectura do pedido de licenciamento de obras de ampliação e alteração de interiores e exteriores do edifício localizado na Rua de Santa Justa, n.ºs 42 a 48 e Rua dos Correeiros, n.ºs 194 a 218.

A proposta do requerente, a Falabela, Sociedade de Investimentos Imobiliários, Lda pretende adaptar dois edifícios existentes, com vista à instalação de um hotel, foi aprovada em Dezembro de 2008 pelo executivo municipal, apesar dos votos contra dos representantes do CPL, PCP e Lisboa com Carmona. [...]»

Saturday, January 10, 2009

World Monuments Fund: 2010 Watch nominations are now being accepted.

Cidadãos de Lisboa, candidatem monumentos em risco para o WORLD MONUMENTS WATCH de 2010!

2010 Watch nominations are now being accepted. Deadline for nominations is March 15, 2009.

The World Monuments Watch calls international attention to cultural heritage around the world that is threatened by the forces of nature and society. From archaeological sites to iconic architecture, cultural landscapes to historic city centers, the Watch identifies places of significance in need of timely action. Every two years, WMF accepts new nominations to the Watch, from which 100 are selected for listing. Watch listing provides an opportunity for sites and their nominators to raise public awareness, foster local participation, advance innovation and collaboration, and demonstrate effective solutions. The Watch nomination process also serves as a vehicle for requesting World Monuments Fund (WMF) assistance for select projects. More than 500 sites from over 110 countries have benefited from the seven cycles of the Watch; nearly half of these have received WMF grants, totaling $50 million.

Additional information about the 2010 World Monuments Watch and downloadable PDFs of the Guidelines and Nomination Forms are available at http://www.wmf.org/watch.html

Questions or concerns about the nomination or electronic submission process should be directed to watch@wmf.org

Foto: Teatro Capitólio (1925-1931) no Parque Mayer, o primeiro edifício de Lisboa a ser seleccionado para o Watch da WMF, apareceu na lista dos 100 monumentos mais ameaçados do mundo no ano de 2006 [ http://www.wmf.org/pdf/Watch_List_2006.pdf ]. A frente ribeirinha histórica de Lisboa seria uma forte candidatura para a lista de 2010.

Thursday, January 8, 2009

Lisboa: Conselho de Ministros aprova área crítica de recuperação da Baixa-Chiado

O Conselho de Ministros aprovou hoje um decreto-lei que estabelece a área crítica de recuperação e reconversão urbanística da Baixa-Chiado, em Lisboa, e concede à Câmara da capital o direito de preferência nas alienações dos edifícios naquela zona.

A delimitação da área crítica de recuperação e reconversão urbanística (ACRRU) da Baixa vem possibilitar à autarquia de Lisboa o "recurso aos meios legais disponíveis que possibilitem a recuperação e reconversão urbanística daquela área", refere o comunicado do Conselho de Ministros.

O diploma hoje aprovado concede ainda ao município de Lisboa o "direito de preferência nas alienações a título oneroso entre particulares dos edifícios situados na referida área, até à extinção da declaração da ACRRU".

Dos 20,2 milhões de metros quadrados de edificado da Baixa, estima-se que mais de metade (14,4 milhões) precise de reabilitação.

De acordo com a proposta de elaboração do plano de pormenor para a Baixa Pombalina, aprovada pela Câmara em Março do ano passado, mais de 700 milhões de euros deverão ser investidos até 2020 nas diversas intervenções para revitalizar esta zona da capital.

In RTP.pt

Wednesday, January 7, 2009

Câmara de Lisboa estuda habitação a custo controlado na Baixa

A Câmara de Lisboa aprovou hoje a realização de um estudo económico-financeiro e jurídico sobre medidas de financiamento e fiscais que incentivem a reabilitação para habitação em regime de custos controlado na Baixa

A proposta conjunta da vereadora do movimento Cidadãos por Lisboa Helena Roseta e do vereador do Urbanismo, Manuel Salgado (PS) foi aprovada com a abstenção do PSD e os votos favoráveis das restantes forças políticas.

«Parece-me fundamental termos uma base muito sólida para depois podermos começar a convidar os promotores e outras entidades a participar neste processo», disse Helena Roseta, responsável pelo Plano Local de Habitação, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do executivo municipal.

O estudo, que estará concluído dentro de 60 dias, incidirá sobre as medidas de financiamento e fiscais que incentivem a reabilitação de habitação na Baixa, para venda e arrendamento.

Será igualmente determinado que os «fogos a sujeitar a controle do valor de renda seja aplicável ao programa Porta 65 Jovem ou outro equivalente, que incentive a fixação da população jovem».

O estudo jurídico irá equacionar a «possibilidade de, em sede de plano municipal de ordenamento do território, poder impor uma quota para construção de habitação em regime de custos controlados e sujeita a controle do valor da renda ou do preço da venda».

O objectivo é fazer aplicar o artigo seis da Lei dos Solos, segundo o qual na execução de qualquer plano de expansão, desenvolvimento ou renovação urbanas «serão sempre fixados os números ou percentagens dos fogos a construir, sujeitos a fixação ou controle dos valores das rendas ou dos preços de venda, além dos destinados a habitação social».

Os vários instrumentos legais e fiscais disponíveis para promover a reabilitação da Baixa, como os benefícios fiscais aprovados na Lei do Orçamento de Estado, «podem ser convocados para uma acção concertada da autarquia e das entidades públicas e privadas interessadas no processo, através, por exemplo, da figura do Programa de Acção Territorial».
Lusa / SOL

FOTO: um dos muitos prédios abandonados na Freguesia da Madalena (Rua da Padaria)

BAIXA: novo conceito de mobilidade e acessibilidade vai a discussão pública

Na reunião de Câmara de 7 de Janeiro:

A submissão a discussão pública do novo conceito de mobilidade e acessibilidade para a frente Tejo entre Santa Apolónia e o Cais do Sodré constituiu umas das deliberações da sessão de Câmara do dia 7 de Janeiro de 2009.

Nos termos da proposta apresentada pelo presidente da CML, António Costa, e pelo vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, trata-se de um conceito definido a partir de diversos estudos realizados - “Estudo de Acessibilidade e Transportes da Baixa Pombalina”, que é parte integrante do Relatório Baixa-Chiado - Proposta de Revitalização, de Setembro de 2006, desenvolvido pelo Comissariado para a Baixa-Chiado; relatório complementar “Caracterização da qualidade do ar na área da Baixa Chiado”, de Agosto de 2006, elaborado pela equipa DCEA-FCT/UNL; estudos realizados no âmbito da revisão do Plano Director Municipal de Lisboa (estudo sectorial de Mobilidades e Transportes) e do Plano de Mobilidade de Lisboa - que tem como objectivos estratégicos a requalificação e revalorização dos diferentes tipos de espaços públicos que integram a área de intervenção, a valorização da qualidade ambiental da cidade e a melhoria da acessibilidade/mobilidade na área central.

Na mesma sessão, foi também aprovada uma proposta, subscrita pela vereadora Helena Roseta e pelo vereador Manuel Salgado que, considerando a necessidade de definição de uma estratégia integrada no processo de revitalização da Baixa-Chiado, prevê a elaboração de um estudo económico-financeiro, técnico e jurídico para a área da Baixa sobre medidas de financiamento e fiscais que incentivem a reabilitação para habitação em regime de custos controlados para venda e arrendamento.

Segundo a vereadora Helena Roseta, trata-se de um estudo “muito importante”, que poderá funcionar como “uma base muito sólida para envolver e negociar com os promotores e todos os parceiros públicos interessados em participar na reabilitação da Baixa e fazer cumprir o Plano de Pormenor”.