Exemplo paradigmático da falta de critérios rigorosos para o centro histórico de Lisboa, neste caso concreto uma área urbana com pretensões a classificação pela UNESCO. A publicidade a promover este projecto anuncia com pompa «7 apartamentos de luxo com estacionamento». Mas uma análise dos números revela uma realidade bem diferente. Estamos perante cerca de 14 lugares de estacionamento para 7 apartamentos. Ou seja, um slogan mais verdadeiro seria: «14 estacionamentos com 7 apartamentos». É esta proporção de espaço que Lisboa dedica às pessoas versus carros. Em cada vez mais casos constatamos que os imóveis terão tanto espaço para estacionamento como para habitação! Comparar o número de pisos para estacionamento com o número de pisos para habitação numa obra dita de "reabilitação urbana" desmacara imediatamente a construção nova disfarçada (mal) de reabilitação. São apenas fachadas que estão a ser reabilitadas - atrás delas, surgem construções novas com banais estruturas de betão armado como se vê na imagem (umas vezes com mais qualidade, outras nem por isso). É assim que queremos repovoar a cidade? É isto reabilitação e sustentabilidade à moda lusitana? São estes os critérios para a Baixa e o Chiado?
Saturday, December 5, 2009
RUA GARRETT, 25 a 35 / RUA IVENS, 63 a 75: Reabilitação?
Exemplo paradigmático da falta de critérios rigorosos para o centro histórico de Lisboa, neste caso concreto uma área urbana com pretensões a classificação pela UNESCO. A publicidade a promover este projecto anuncia com pompa «7 apartamentos de luxo com estacionamento». Mas uma análise dos números revela uma realidade bem diferente. Estamos perante cerca de 14 lugares de estacionamento para 7 apartamentos. Ou seja, um slogan mais verdadeiro seria: «14 estacionamentos com 7 apartamentos». É esta proporção de espaço que Lisboa dedica às pessoas versus carros. Em cada vez mais casos constatamos que os imóveis terão tanto espaço para estacionamento como para habitação! Comparar o número de pisos para estacionamento com o número de pisos para habitação numa obra dita de "reabilitação urbana" desmacara imediatamente a construção nova disfarçada (mal) de reabilitação. São apenas fachadas que estão a ser reabilitadas - atrás delas, surgem construções novas com banais estruturas de betão armado como se vê na imagem (umas vezes com mais qualidade, outras nem por isso). É assim que queremos repovoar a cidade? É isto reabilitação e sustentabilidade à moda lusitana? São estes os critérios para a Baixa e o Chiado?
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