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Sunday, February 26, 2017

Sim, repetiram o feito no Porto, ao lado da Torre dos Clérigos



Tal como aconteceu no estabelecimento aberto na Rua Augusta em Lisboa, também aqui o mais provável é que todos estes dispositivos de publicidade sejam ilegais. Aguardemos...

Monday, April 25, 2011

Um bom exemplo de reabilitação no Porto: Pensão Favorita

Como é que um corrente edifício de habitação oitocentista se transformou na internacionalmente aplaudida Pensão Favorita? Apenas usando bom senso, sensibilidade patrimonial e inteligência.

Estão todos de parabéns pela criação deste alojamento de qualidade, original, e muito portuense. Parabéns naturalmente também ao Arq. Nuno Sotto-Mayor pelo trabalho, ao mesmo tempo sensível e criativo, de adaptação de um antigo imóvel oitocentista do Porto num equipamento hoteleiro que só poderia existir na capital do Norte.

De Lisboa ao Porto vemos cada vez mais falsas obras de reconversão urbana - chamadas de "reabilitação" por muitos autarcas e proprietários - mas que mais não são que construções novas que se escondem, mediocres e envergonhadas, atrás de fachadas antigas: os interiores são integralmente demolidos sem dó nem piedade, pouco restando dos imóveis originais para além da fachada principal. Em Lisboa esse é cada vez mais o triste e pobre protótipo que é imposto aos bairros antigos da cidade.

Mas este notável projecto do Porto prova, mais uma vez, que é técnicamente possível, económicamente viável e mais sustentável - para além de ser bem mais interessante - manter os interiores cheios de carácter que herdámos dos nossos antepassados. O edifício mais ecológico e "verde" que podemos ter é aquele que já existe. A reabilitação de um imóvel é muito mais ecológica que a construção de um novo edifício - por mais credenciais "verdes" que este possa apresentar.

Friday, May 14, 2010

Câmara do Porto quer rebocar 40 mil automóveis por ano

in Jornal de Notícias, 11 de Maio de 2010

A Câmara Municipal do Porto pretende "melhorar a mobilidade" na cidade e para tal tem um plano para aumentar os reboques de viaturas estacionadas indevidamente de "35 mil para 40 mil por ano".

O objectivo foi sublinhado, ontem, segunda-feira, pelo vereador da Protecção Civil, Controlo Interno e Fiscalização durante uma reunião da Assembleia Municipal, que discutiu, entre outros pontos, uma proposta para o lançamento de um concurso público que visa contratar "serviços de reboques".

Sampaio Pimentel começou por referir que a proposta "não se prende com a caça à multa", como alguns terão pensado. "A equidade" é outro objectivo que o vereador diz estar presente nesta proposta, pois o "estacionamento indevido ou ilegal faz concorrência desleal" aos parques que a câmara concessionou.

O valor do contrato estimado é de 950 mil euros, para três anos de execução.Alda Macedo, do Bloco de Esquerda, argumentou que "a Polícia Municipal tem hoje meios para executar este serviço" e votou contra.

O PS lançou a suspeita de que a proposta cede a "uma tentação populista". O partido acabou por se abster, mas o presidente da Junta da Freguesia da Vitória, o socialista António Oliveira, votou a favor alegando ser contra "a anarquia" do estacionamento no seu território. "Não é claro para nós quem vai pagar a despesa", se o município ou o proprietário do veículo removido, apontou, por sua vez, o deputado Artur Ribeiro, da CDU, que também votou contra. PSD e CDS concordaram que a proposta vai trazer "mais e melhor mobilidade à cidade" e os seus votos bastaram para dar luz verdade à proposta.

Foto: Rua da Emenda, Chiado, Lisboa

Friday, February 12, 2010

Prioridades Estratégicas do Ministério da Cultura: os personagens esquecidos

Ministério da Cultura - PRIORIDADES ESTRATÉGICAS:

EIXO 1

Reenquadramento do sistema de gestão dos museus tutelados pelo MC/IMC

1. 1 Transição faseada para as tutelas municipais, ou afectação a Direcções Regionais de Cultura, de alguns dos vinte e oito museus do MC/IMC, seleccionados com base em critérios patrimoniais e museológicos e assentes em contratos-programa.

1.2 Reprogramação e reabertura do Museu de Arte Popular.

1.3 Reprogramação e abertura do Museu dos Coches em construção nova.

1.4 Reprogramação e transferência do Museu Nacional de Arqueologia para o edifício da Cordoaria Nacional.

1.5 Constituição de uma rede integrada dos equipamentos culturais no eixo Ajuda/Belém, Lisboa, com as parcerias da autarquia e da Associação de Turismo de Lisboa.

1.6 Constituição de uma Rede Nacional de Reservas Arqueológicas, com a parceria estratégica do IGESPAR.

1.7 Decisão sobre o destino do edifício e das colecções da Casa-Museu Manuel Mendes (Belém, Lisboa)

1.8 Estudo de viabilidade e programação de uma nova unidade museológica dedicada à viagem, à língua e à diáspora do povo português.

1.9 Projecto de recuperação dos espaços do antigo Gabinete de História Natural da Ajuda(1764-1836), em parceria com o Instituto Superior de Agronomia.

Estranhamos a ausência dos seguintes personagens neste cenário planeado pela nova Ministra, como por exemplo:

1-Museu do Chiado (ainda não há data para o início das obras de alargamento do único museu nacional de arte contemporânea do país; desde a sua abertura, em 1911, que se fala na necessidade de aumentar o espaço de exposição!)

2-Museu da Música (instalado num anexo de uma estação de Metro desde 1994; aguarda por uma casa definitiva desde a sua inauguração em 1911!)

3-Museu / Instituto da Arquitectura (Portugal é o único país da UE que ainda não tem uma instituição desta natureza!)

4-Museu de Etnologia do Porto (encerrado desde 1992 porque o Palácio de S. João Novo, onde se encontra instalado, precisa de uma intervenção profunda; ainda sem data para obras!)

Porque continuam esquecidos estes personagens maiores da Cultura Nacional?

Foto: Maqueta de Rigoletto da autoria de Tomás Alcaide, 1964 (Museu da Música)

Thursday, December 17, 2009

Reabilitação Urbana para combater a crise

A reabilitação urbana emerge como “uma das melhores vias para combater a actual crise económica e ajudar a promover um modelo de desenvolvimento sustentado para o futuro do país”. Segundo o economista Marques da Silva, uma vez que se trata de um segmento da construção e imobiliário “dominado por PME’s”, a reabilitação urbana é capaz de promover a “criação imediata de empregos” e dinamizar a utilização de “know-how, recursos”, “tecnologia” e “materiais e componentes a incorporar” com origem totalmente nacional.

Numa conferência promovida pela Associação Empresarial de Portugal (AEP), foram apontadas as diversas vantagens que a criação de um ‘cluster’ na reabilitação urbana poderia aportar, não apenas ao sector da construção e imobiliário, mas igualmente à economia nacional.

Nesta iniciativa foi referido que Portugal é o segundo país da UE com “menor percentagem de habitações destinadas ao mercado de arrendamento” e o terceiro com “a maior percentagem da população com habitação própria”, cifrada nos 76 por cento. Isto é, trata-se de um “mercado fortemente desequilibrado no sentido da propriedade e não do usufruto”, no que qualifica uma “questão cultural de posse”, disse Marques da Silva. E, apesar dos programas políticos, do Governo e das autarquias consagrarem a importância da reabilitação urbana, “na prática não é o que se tem observa-do”. Ou seja, “é preciso fazer acontecera reabilitação”.
O vice-presidente da AEP, Paulo Nunes de Almeida, apontou que “poucas serão as áreas e os investimentos sectoriais, que possamos privilegiar em termos de canalização de recursos, capazes de promover efeitos multiplicadores e estruturantes tão importantes e virtuosos para a economia nacional, como a da reabilitação urbana”.

Aquele responsável não esqueceu “a dinamização de milhares de empregos directos, em segmentos e áreas geográficas muito afectadas pelo desemprego e em domínios dos nossos tradicionais ofícios, áreas em que as oportunidades de trabalho são cada vez mais escassas”.

A dinamização do ‘cluster’ na reabilitação urbana aposta na “concertação estratégica dos vários ‘players’ do mercado”, o que permitirá “ganhar tempo e posição no mercado, melhorando as condições da oferta de valor”. Por outro lado, adiantou Marques da Silva, “a complementaridade e a coordenação entre os diversos actores, concentrando recursos em operações integradas de reabilitação” tem uma base a partir da análise das “boas práticas internacionais nesta matéria, promovendo um detalhado estudo de benchmark”, como a reabilitação da cidade de Berlim, ou de bairros na Holanda, Dinamarca ou Suécia.

No final, “os beneficiados seremos todos e em áreas tão diversas como o turismo, a industria cultural, a valorização do património, o ordenamento do território, a promoção da segurança pública e da eficiência energética, a criação de riqueza e a geração de emprego”.

Preços sobem no Porto
O Banco Europeu de Investimento (BEI), através do programa Jessica ( Joint European Support for Sustainable Investments in City Areas), apresentou-se como um parceiro financeiro para sustentar estas operações. Segundo João Macedo Santos, o programa Jessica assenta na criação de ‘Holding Funds’, em parceria com entidades gestoras e promotoras da reabilitação, como as SRU. O programa visa acrescentar novos meios de acção aos fundos estruturais até 2013 para operações de regeneração urbana. Em Julho passado, foi assinado um protocolo para a alocação de 100 milhões de euros com os diversos programas operacionais envolvidos, distribuídos por PO Valorização do Território (30 milhões), PO Norte (30 milhões), PO Centro (20 milhões), PO Lisboa (5 milhões), PO Alentejo (10 milhões) e PO Algarve (5 milhões). A esta verba juntam-se 30 milhões de euros disponibilizados pela Direcção-Geral do Tesouro e Finanças.

Estes projectos têm “um enfoque estratégico em financiamento ‘seed-’ e ‘co-’, com “baixa procura do mercado”, “necessidade de financiamento a longo prazo” e “potencial de retorno”. Entre estes contam-se “parques de estacionamento”, “projectos âncora” como hotéis ou residências de estudantes, “mobilidade e transportes ecológicos” e estruturas urbanas, como abastecimento de água ou saneamento.

Os investimentos podem revestir as formas de tomada de participação, empréstimo ou garantia, e são efectuados em projectos através de fundos de desenvolvimento urbano e, se necessário, de fundos de participação. Os primeiros resultados desta política de aposta na reabilitação urbana começam a dar os primeiros frutos. Segundo o arquitecto Pedro Balonas, citado pela agência Lusa, os preços médios das habitações na Baixa do Porto estão a subir com o aumento da procura, em resultado da reabilitação urbana. “O crescimento da animação na Baixa do Porto está a acontecer no eixo Carlos Alberto/Santa Catarina, quase perpendicular ao eixo da reabilitação Norte/Sul” levado a cabo pela Porto Vivo - Sociedade de Reabilitação Urbana. in Público, 16-12-2009

Foto: Palácio em ruínas no Largo do Conde Barão