Sunday, February 28, 2010
Thursday, February 25, 2010
DW-TV: «Lisbon, slowly dying out...»
The Magazine from Brussels - Europe fears a Euro crash. As well as Greece, other EU nations are mired in debt. European Journal focuses on Portugal's debt trap and Iceland's EU ambitions.
«Lisbon is one of Europe's most beautiful cities but it is slowly dying out. The economic crisis is robbing the city on the Tejo of its children.»
Para ver o sector onde se trata da morte lenta do centro de Lisboa, e da inoperência da CML e do Governo, o programa repete:
25.02.10 10:30 UTC
26.02.10 04:30 UTC
26.02.10 04:30 UTC
O Programa também está disponível na net aqui:
http://www.dw-world.de/dw/0,,3065,00.html
Foto: Edifício em Alfama, perto do Palácio Dona Rosa (retratado no programa da DW-TV).
Foto: Edifício em Alfama, perto do Palácio Dona Rosa (retratado no programa da DW-TV).
Wednesday, February 24, 2010
"Vigilantes" da CARRIS: mais de 9000 autuações em 2009
Infelizmente, apesar da actuação dos “Vigilantes” e das entidades policiais, ainda se verificam muitas situações de falta de respeito pelo transporte público. Segundo informação da CARRIS, só no ano de 2009, os agentes da Polícia Municipal, em serviço nos “Vigilantes”, procederam a mais de 9000 autuações, com parte significativa ao longo do trajecto da carreira 28 de eléctricos.
Foto: o dia a dia da vida do Eléctrico 28 na R. de S. Vicente
Tuesday, February 23, 2010
Monday, February 22, 2010
LISBOA É...
Friday, February 12, 2010
Prioridades Estratégicas do Ministério da Cultura: os personagens esquecidos

EIXO 1
Reenquadramento do sistema de gestão dos museus tutelados pelo MC/IMC
1. 1 Transição faseada para as tutelas municipais, ou afectação a Direcções Regionais de Cultura, de alguns dos vinte e oito museus do MC/IMC, seleccionados com base em critérios patrimoniais e museológicos e assentes em contratos-programa.
1.2 Reprogramação e reabertura do Museu de Arte Popular.
1.3 Reprogramação e abertura do Museu dos Coches em construção nova.
1.4 Reprogramação e transferência do Museu Nacional de Arqueologia para o edifício da Cordoaria Nacional.
1.5 Constituição de uma rede integrada dos equipamentos culturais no eixo Ajuda/Belém, Lisboa, com as parcerias da autarquia e da Associação de Turismo de Lisboa.
1.6 Constituição de uma Rede Nacional de Reservas Arqueológicas, com a parceria estratégica do IGESPAR.
1.7 Decisão sobre o destino do edifício e das colecções da Casa-Museu Manuel Mendes (Belém, Lisboa)
1.8 Estudo de viabilidade e programação de uma nova unidade museológica dedicada à viagem, à língua e à diáspora do povo português.
1.9 Projecto de recuperação dos espaços do antigo Gabinete de História Natural da Ajuda(1764-1836), em parceria com o Instituto Superior de Agronomia.
Estranhamos a ausência dos seguintes personagens neste cenário planeado pela nova Ministra, como por exemplo:
1-Museu do Chiado (ainda não há data para o início das obras de alargamento do único museu nacional de arte contemporânea do país; desde a sua abertura, em 1911, que se fala na necessidade de aumentar o espaço de exposição!)
2-Museu da Música (instalado num anexo de uma estação de Metro desde 1994; aguarda por uma casa definitiva desde a sua inauguração em 1911!)
3-Museu / Instituto da Arquitectura (Portugal é o único país da UE que ainda não tem uma instituição desta natureza!)
4-Museu de Etnologia do Porto (encerrado desde 1992 porque o Palácio de S. João Novo, onde se encontra instalado, precisa de uma intervenção profunda; ainda sem data para obras!)
Porque continuam esquecidos estes personagens maiores da Cultura Nacional?
Foto: Maqueta de Rigoletto da autoria de Tomás Alcaide, 1964 (Museu da Música)
Quase metade da Baixa é habitada por pessoas com mais de 65 anos
In Diário de Notícias (12/2/2010)
«Retrato Quase metade da população da freguesia de São Nicolau (que abrange a maior parte da Baixa lisboeta) é composta por idosos, muitos dos quais vivem sozinhos e nos últimos pisos de edifícios parcialmente devolutos (com dois ou três moradores), como aquele em que se deu o incêndio. Isto foi dito ao DN pelo presidente da Junta de Freguesia de São Nicolau, António Manuel.
"Temos cerca de 500 pessoas com mais de 65 anos a viver numa freguesia onde a população recenseada é composta por 1155 pessoas", refere o autarca preocupado como as condições em que se encontram muitos dos edifícios.
É que 88 imóveis têm grandes necessidades de reparação, sendo que outros 70 são devolutos, ou seja, 30% do edificado nesta freguesia, que é, em termos percentuais, a segunda com maior concentração de edifícios degradados.
Segundo um estudo da Universidade Católica Portuguesa em que foram feitos 85 questionários, a esmagadora maioria dos inquiridos disse viver numa casa arrendada e 35,3% referem que a casa onde habitam está degradada.
Questionados sobre a frequência com que são visitados pelos seus familiares, 31,5% acham que são menos frequentes do que gostavam. E é por estar consciente da solidão em que vivem muitos dos moradores e dos perigos inerentes a este factor que a Junta de Freguesia de São Nicolau estabeleceu um protocolo com a PT para instalar nas casas habitadas por idosos solitários aparelhos de apoio.
"Estamos a implementar aparelhos PT emergência 2 [uma espécie de S.O.S ao idoso] para que possa ser accionado em caso de urgência", informou o presidente da junta, acreditando que na posse destes aparelhos, e uma vez accionados, será possível evitar situações como a que aconteceu ontem e que acabou com uma morte.
Segundo António Manuel, os 117 aparelhos serão instalados gratuita e faseadamente. Questionado sobre se já existia algum aparelho no n.º 24, o autarca disse não ter a certeza, mas que na casa da vítima não havia porque, "sofrendo ela de Alzheimer, não conseguiria accionar o aparelho apesar de ser de fácil manuseamento".»
«Retrato Quase metade da população da freguesia de São Nicolau (que abrange a maior parte da Baixa lisboeta) é composta por idosos, muitos dos quais vivem sozinhos e nos últimos pisos de edifícios parcialmente devolutos (com dois ou três moradores), como aquele em que se deu o incêndio. Isto foi dito ao DN pelo presidente da Junta de Freguesia de São Nicolau, António Manuel.
"Temos cerca de 500 pessoas com mais de 65 anos a viver numa freguesia onde a população recenseada é composta por 1155 pessoas", refere o autarca preocupado como as condições em que se encontram muitos dos edifícios.
É que 88 imóveis têm grandes necessidades de reparação, sendo que outros 70 são devolutos, ou seja, 30% do edificado nesta freguesia, que é, em termos percentuais, a segunda com maior concentração de edifícios degradados.
Segundo um estudo da Universidade Católica Portuguesa em que foram feitos 85 questionários, a esmagadora maioria dos inquiridos disse viver numa casa arrendada e 35,3% referem que a casa onde habitam está degradada.
Questionados sobre a frequência com que são visitados pelos seus familiares, 31,5% acham que são menos frequentes do que gostavam. E é por estar consciente da solidão em que vivem muitos dos moradores e dos perigos inerentes a este factor que a Junta de Freguesia de São Nicolau estabeleceu um protocolo com a PT para instalar nas casas habitadas por idosos solitários aparelhos de apoio.
"Estamos a implementar aparelhos PT emergência 2 [uma espécie de S.O.S ao idoso] para que possa ser accionado em caso de urgência", informou o presidente da junta, acreditando que na posse destes aparelhos, e uma vez accionados, será possível evitar situações como a que aconteceu ontem e que acabou com uma morte.
Segundo António Manuel, os 117 aparelhos serão instalados gratuita e faseadamente. Questionado sobre se já existia algum aparelho no n.º 24, o autarca disse não ter a certeza, mas que na casa da vítima não havia porque, "sofrendo ela de Alzheimer, não conseguiria accionar o aparelho apesar de ser de fácil manuseamento".»
Construção pombalina pode ter evitado nova tragédia no Chiado
In Público (12/2/2010)
Por Inês Boaventura
«Antigos muretes corta-fogo terão impedido que as chamas que atingiram um imóvel na Rua Nova do Almada alastrassem a outros edifícios
A existência de muretes (pequenos muros) corta-fogo pombalinos no topo do número 24 da Rua Nova do Almada, em cuja cobertura deflagrou na madrugada passada o incêndio que fez uma vítima mortal e deixou duas pessoas desalojadas, terá sido determinante para evitar a propagação das chamas aos edifícios contíguos. O prédio atingido tinha sido, segundo a vereadora da Habitação da Câmara de Lisboa, alvo de obras recentes e o proprietário já se prontificou para "de imediato" colocar uma protecção no telhado.
O alerta foi dado às 5h10 por uma moradora de um edifício vizinho. O incêndio foi combatido por cerca de 50 homens e dado como extinto quase duas horas depois. Durante o combate às chamas e nas horas seguintes, os responsáveis do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa foram garantindo que não havia qualquer registo de feridos e que tinham sido realizadas diversas buscas, mas a meio da manhã o vereador da Protecção Civil acabou por confirmar a existência de uma vítima mortal do sexo feminino.
A vítima, octogenária, vivia sozinha no quinto e último andar de um prédio sem elevador e, de acordo com a vereadora da Habitação, "era uma pessoa muito dependente". "Essa é uma situação de grande risco seja em que sítio for. Sabemos que existem na cidade muitas pessoas com faculdades reduzidas que vivem sozinhas", lamentou Helena Roseta, salientando que as causas do sinistro vão ser investigadas pela Polícia Judiciária.
A vereadora considerou, em declarações ao PÚBLICO, que houve dois factores determinantes para evitar a propagação das chamas aos edifícios contíguos: o facto de estes se encontrarem habitados, o que permitiu que um dos seus moradores se apercebesse do incêndio e alertasse os bombeiros, e a existência de muretes corta-fogo de construção pombalina no topo do número 24 da Rua Nova do Almada.
Segundo Helena Roseta, o prédio tinha sido requalificado recentemente, tanto no interior como no exterior, e "estava em boas condições". Ao fim da manhã, representantes da Câmara de Lisboa participaram numa reunião com os inquilinos, na qual o proprietário comunicou que se encontra neste momento a fazer um levantamento das obras necessárias, preparando-se para avançar desde já com a substituição da cobertura, que aluiu.
Terá sido aliás o abatimento da cobertura que justificou a dificuldade dos bombeiros em localizar a moradora vitimada pelas chamas, apesar de as vizinhas do andar de baixo terem alertado para a sua presença na habitação no momento em que foram evacuadas. O vereador da Protecção Civil, Manuel Brito, explicou que a idosa acabou por ser encontrada carbonizada sob os escombros, já durante a fase de rescaldo, e "deve ter falecido nos primeiros minutos do incêndio".
Só os dois últimos andares do prédio sinistrado, todo ele propriedade do mesmo senhorio, se encontravam habitados, estando os restantes ocupados com serviços e comércio. As duas irmãs gémeas de 80 anos que moravam há mais de 70 anos no quarto andar vão ficar provisoriamente em casa de familiares. Apesar de este piso não ter sido afectado pelas chamas, ficou muito danificado com a água do combate ao incêndio, não tendo sido necessário recorrer aos alojamentos de emergência da Protecção Civil. Durante a madrugada, os dois edifícios contíguos ao número 24, nos quais vivem sete famílias, foram evacuados por precaução.»
Por Inês Boaventura
«Antigos muretes corta-fogo terão impedido que as chamas que atingiram um imóvel na Rua Nova do Almada alastrassem a outros edifícios
A existência de muretes (pequenos muros) corta-fogo pombalinos no topo do número 24 da Rua Nova do Almada, em cuja cobertura deflagrou na madrugada passada o incêndio que fez uma vítima mortal e deixou duas pessoas desalojadas, terá sido determinante para evitar a propagação das chamas aos edifícios contíguos. O prédio atingido tinha sido, segundo a vereadora da Habitação da Câmara de Lisboa, alvo de obras recentes e o proprietário já se prontificou para "de imediato" colocar uma protecção no telhado.
O alerta foi dado às 5h10 por uma moradora de um edifício vizinho. O incêndio foi combatido por cerca de 50 homens e dado como extinto quase duas horas depois. Durante o combate às chamas e nas horas seguintes, os responsáveis do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa foram garantindo que não havia qualquer registo de feridos e que tinham sido realizadas diversas buscas, mas a meio da manhã o vereador da Protecção Civil acabou por confirmar a existência de uma vítima mortal do sexo feminino.
A vítima, octogenária, vivia sozinha no quinto e último andar de um prédio sem elevador e, de acordo com a vereadora da Habitação, "era uma pessoa muito dependente". "Essa é uma situação de grande risco seja em que sítio for. Sabemos que existem na cidade muitas pessoas com faculdades reduzidas que vivem sozinhas", lamentou Helena Roseta, salientando que as causas do sinistro vão ser investigadas pela Polícia Judiciária.
A vereadora considerou, em declarações ao PÚBLICO, que houve dois factores determinantes para evitar a propagação das chamas aos edifícios contíguos: o facto de estes se encontrarem habitados, o que permitiu que um dos seus moradores se apercebesse do incêndio e alertasse os bombeiros, e a existência de muretes corta-fogo de construção pombalina no topo do número 24 da Rua Nova do Almada.
Segundo Helena Roseta, o prédio tinha sido requalificado recentemente, tanto no interior como no exterior, e "estava em boas condições". Ao fim da manhã, representantes da Câmara de Lisboa participaram numa reunião com os inquilinos, na qual o proprietário comunicou que se encontra neste momento a fazer um levantamento das obras necessárias, preparando-se para avançar desde já com a substituição da cobertura, que aluiu.
Terá sido aliás o abatimento da cobertura que justificou a dificuldade dos bombeiros em localizar a moradora vitimada pelas chamas, apesar de as vizinhas do andar de baixo terem alertado para a sua presença na habitação no momento em que foram evacuadas. O vereador da Protecção Civil, Manuel Brito, explicou que a idosa acabou por ser encontrada carbonizada sob os escombros, já durante a fase de rescaldo, e "deve ter falecido nos primeiros minutos do incêndio".
Só os dois últimos andares do prédio sinistrado, todo ele propriedade do mesmo senhorio, se encontravam habitados, estando os restantes ocupados com serviços e comércio. As duas irmãs gémeas de 80 anos que moravam há mais de 70 anos no quarto andar vão ficar provisoriamente em casa de familiares. Apesar de este piso não ter sido afectado pelas chamas, ficou muito danificado com a água do combate ao incêndio, não tendo sido necessário recorrer aos alojamentos de emergência da Protecção Civil. Durante a madrugada, os dois edifícios contíguos ao número 24, nos quais vivem sete famílias, foram evacuados por precaução.»
Wednesday, February 10, 2010
Exposição: WMF PRESERVING MODERN ARCHITECTURE
Cities and towns across America routinely demolish their modern architecture, without giving the buildings a chance to be preserved and adaptively restored.
Why this happens, and what we can do to save 50 years of modernist architecture, is addressed in Modernism at Risk: Modern Solutions for Saving Modern Landmarks, a traveling exhibition organized by the World Monuments Fund (WMF) and sponsored by Knoll, Inc. Opening on February 17 at the Center for Architecture, 536 LaGuardia Place, the exhibition will be on view there through May 1, 2010.
Why this happens, and what we can do to save 50 years of modernist architecture, is addressed in Modernism at Risk: Modern Solutions for Saving Modern Landmarks, a traveling exhibition organized by the World Monuments Fund (WMF) and sponsored by Knoll, Inc. Opening on February 17 at the Center for Architecture, 536 LaGuardia Place, the exhibition will be on view there through May 1, 2010.
A project of WMF's Modernism at Risk program (http://www.wmf.org/advocacy/modernism), the exhibition features large-scale photographs by noted photographer Andrew Moore and interpretative panels on five case studies that explore the role designers and other advocacy groups play in preserving modern landmarks.
"For decades the World Monuments Fund has worked to save heritage sites around the globe, from early settlements to 20th-century architecture," said Bonnie Burnham, WMF President. "While modern buildings face the same physical threats as ancient structures, they are too often overlooked as insignificant, not important enough to preserve. We launched our Modernism at Risk initiative to advocate for these often ignored buildings and to address their special needs. And, through this traveling exhibition, we hope to draw many more advocates to our cause. We are especially pleased that it is now here in New York, at the Center for Architecture, where we hope hundreds of people will see the show and add their voices to ours on the importance of preserving our modern heritage."
(...)
"Architecture isn't just about building new buildings," said AIANY President Anthony Schirripa, FAIA, "It's also about celebrating our architectural history. Preserving modernist landmarks should be a goal not only for the design community, but for all communities that want to celebrate the diversity and richness of modern architecture in their midst. I hope this exhibition will begin a dialogue amongst New Yorkers about how, and why, modernism matters, and that it inspires us to each contribute in our own way to the World Monuments Fund's valuable mission of saving these extraordinary buildings."
The Center for Architecture
The Center for Architecture is a destination for all interested in the built environment. It is home to the American Institute of Architects New York Chapter and the Center for Architecture Foundation, vibrant nonprofit organizations that provide resources to both the public and building industry professionals. Through exhibitions, programs, and special events, the Center aims to improve the quality and sustainability of the built environment, foster exchange between the design, construction, and real estate communities, and encourage collaborations across the city and globe. The Center also celebrates New York's vibrant architecture, explores its urban fabric, shares community resources, and provides opportunities for scholarship. As the city's leading cultural institution focusing on architecture, the Center drives positive change through the power of design.
Foto: Museu Guggenheim, restaurado em 2009 por ocasião dos 50 anos.
Saturday, February 6, 2010
REPÚBLICA DE FACHADA: Rua Ivens 21 a 33
O Processo 1360/EDI/2005 (alterações e construções) teve projecto de arquitectura aprovado em 5 de Junho de 2006 pela Vereadora Gabriela Seara. O licenciamento foi deferido em 10 de Fevereiro de 2009. O Proc. 1998/EDI/2006, para as demolições com contenção de fachada, foi aprovado também a 10 Fevereiro de 2009.
O estacionamento da praxe, a raíz principal da escolha da demolição, atinge neste projecto uma escala obscena. A CML aprovou a execução de sete caves para estacionamento! É a preversão do conceito de reabilitação de centros históricos. Um imóvel de habitação pombalino, com 5 pisos, vai com este projecto ficar reduzido a uma fachada que depois lirá esconder uma construção nova com mais pisos para estacionar carros do que para pessoas habitarem. Imóvel de Interesse Público? Conservação do Património? Reabitar o Centro Histórico? Mobilidade Sustentável?
Um detalhe denunciador da ganância do promotor desta obra: no decorrer da apreciação do plano de escavação e contenção periférica, foi necessário reduzir a área de implantação da cave -7. Porquê? Devido à existência de instalações do Metropolitano de Lisboa! Não deixa de ser uma ironia bem reveladora da má gestão da nossa capital: as dezenas de viaturas de transporte particular irão ficar, literalmente, por cima de uma estação de Metropolitano onde se cruzam duas linhas (já para não falar das dezenas de autocarros que servem a zona).
E o IGESPAR? A única exigência, para além da óbvia e superficial manutenção da fachada, foi a de reconstruir o núcleo de escadas e conservação de azulejos. Quanto à gaiola pombalina, um dos critérios para a classificação da Arquitectura pombalina como de Interesse Nacional, foi mais uma vez ignorada. Raramente se reconstroi a gaiola pombalina - e quando isso acontece é na maior parte das vezes por iniciativa do promotor.
Quando é que a CML / IGESPAR irão ouvir as recomendações dos especialistas e passar a valorizar efectivamente o sistema estrutural pombalino? A sua manutenção, recuperação - ou reconstrução quando o estado de conservação é mau - devia ser um dos critérios para a Baixa e Chiado. De cada vez que deixamos destruir uma gaiola pombalina Lisboa fica mais pobre.
Thursday, February 4, 2010
Estacionamento Selvagem: «Perhaps prayer will help»
in Backwards Out Of The Big World - A Voyage into Portugal
Paul Hyland
Flamingo, London 1997
Nota: passados quase 15 anos, este relato do inglês Paul Hyland continua actualíssimo...
Tuesday, February 2, 2010
Para que servem os passeios na Rua Serpa Pinto?
Monday, February 1, 2010
"BAIXA À DERIVA OU A INCERTEZA DO NOSSO RUMO"

«A Baixa encontra-se num estado de degradação indescritivel ... Com efeito, no escrutinio internacional a que estamos sujeitos quanto ao nosso potencial futuro, agora em comparação com a Grécia, algum suposto enviado exterior ao tentar avaliar comparativamente o nosso nivel civilizacional ou de consciência cultural, numa cidade que pretende ser turística , deparando-se com o estado em que se encontra o nosso Centro Histórico (Baixa) iria declarar-nos incapazes, sem identidade, orgulho, auto-estima ou qualquer capacidade de iniciativa ... e portanto definitivamente condenados. (...)»
Um post de António Sérgio Rosa de Carvalho, para ler ali ao lado.
Sunday, January 31, 2010
Artesãos pedem a Costa que recue. Presidente afasta a hipótese do regresso do mercado de artesanato à Rua Augusta
Foto: aspecto das bancadas de venda de artesanato na Rua Augusta em Julho de 2007 - artesãos com boas intenções mas instalados em local inadequado. Se a CML tivesse Urbanismo Comercial para a Baixa este tipo de ocupação nunca teria acontecido, logo não estariamos com esta questão para resolver. Os artesãos têm razão em reclamar... mas a CML também tem razão em não querer voltar ao cenário que se vê na foto.
Thursday, January 28, 2010
Artesãos pedem a Costa que recue. Presidente afasta a hipótese do regresso do mercado de artesanato à Rua Augusta
In Jornal de Notícias (28/1/2010)
CRISTIANO PEREIRA
«Os artesãos que em Maio passado foram afastados da Rua Augusta para a Praça da Figueira, em Lisboa, voltaram a pedir a António Costa que recuasse na posição. O autarca admitiu encontrar outra solução mas recusou o retorno do mercado à Rua Augusta.
"Há aqui uma situação injusta porque ao fim de oito meses não houve uma única ocupação do quarteirão do arco da Rua Augusta e tudo o que ali está é um espaço vazio que leva os lisboetas a perguntarem porque é que acabaram com o mercado de artesanato", disse Eduardo Cordeiro, representantes dos artesãos e vendedores de artesanato.
O porta-voz dos artistas interviu ontem durante a tarde na reunião pública na Câmara Municipal de Lisboa. E pediu a António Costa o regresso ao local de origem: "Aproveitem o nosso know-how construído ao longo de duas gerações e criem equipamentos dignos para o espaço", referiu Eduardo Cordeiro.
António Costa, por seu turno, foi categórico: "A Rua Augusta não é o local para se manter a feira de artesanato". "Foi esse o entendimento que existiu", continuou, "e é o entendimento que existe".
O representante dos artesãos sublinhou que a alternativa da Praça da Figueira não se tem revelado viável. "Dois colegas já desistiram da actividade", afirmou, frisando que "não há inclusão, há exclusão" e que com esta mudança "não há criação de emprego, mas antes extinção de postos de trabalho". E deixou a pergunta: "E a cidade o que ganhou?".
Perante António Costa, o mesmo responsável apelou a uma alternativa viável: "Apresentem alternativas válidas para as nossas canas de pesca e não nos ponham a pescar em lagos sem peixe".
O autarca acabou por admitir que "se a Praça da Figueira não é um bom local devemos procurar outro" e apelou à continuação do diálogo entre as duas partes.»
...
A retirada dessas vendas ambulantes da Rua Augusta foi a melhor medida em prol da Baixa dos últimos tempos. A Praça da Figueira não serve? Construção de equipamentos? Estou estupefacto!
CRISTIANO PEREIRA
«Os artesãos que em Maio passado foram afastados da Rua Augusta para a Praça da Figueira, em Lisboa, voltaram a pedir a António Costa que recuasse na posição. O autarca admitiu encontrar outra solução mas recusou o retorno do mercado à Rua Augusta.
"Há aqui uma situação injusta porque ao fim de oito meses não houve uma única ocupação do quarteirão do arco da Rua Augusta e tudo o que ali está é um espaço vazio que leva os lisboetas a perguntarem porque é que acabaram com o mercado de artesanato", disse Eduardo Cordeiro, representantes dos artesãos e vendedores de artesanato.
O porta-voz dos artistas interviu ontem durante a tarde na reunião pública na Câmara Municipal de Lisboa. E pediu a António Costa o regresso ao local de origem: "Aproveitem o nosso know-how construído ao longo de duas gerações e criem equipamentos dignos para o espaço", referiu Eduardo Cordeiro.
António Costa, por seu turno, foi categórico: "A Rua Augusta não é o local para se manter a feira de artesanato". "Foi esse o entendimento que existiu", continuou, "e é o entendimento que existe".
O representante dos artesãos sublinhou que a alternativa da Praça da Figueira não se tem revelado viável. "Dois colegas já desistiram da actividade", afirmou, frisando que "não há inclusão, há exclusão" e que com esta mudança "não há criação de emprego, mas antes extinção de postos de trabalho". E deixou a pergunta: "E a cidade o que ganhou?".
Perante António Costa, o mesmo responsável apelou a uma alternativa viável: "Apresentem alternativas válidas para as nossas canas de pesca e não nos ponham a pescar em lagos sem peixe".
O autarca acabou por admitir que "se a Praça da Figueira não é um bom local devemos procurar outro" e apelou à continuação do diálogo entre as duas partes.»
...
A retirada dessas vendas ambulantes da Rua Augusta foi a melhor medida em prol da Baixa dos últimos tempos. A Praça da Figueira não serve? Construção de equipamentos? Estou estupefacto!
Tuesday, January 26, 2010
REPÚBLICA DE FACHADA: Rua Ivens 1 a 15
Labels:
"Fachadismo",
Arquitectura Pombalina,
Chiado,
demolições
Saturday, January 23, 2010
Friday, January 22, 2010
Tuesday, January 19, 2010
Estranha Hotelaria: marquises em hoteis
Monday, January 18, 2010
CRITÉRIOS da BAIXA: Rua dos Bacalhoeiros, uma rua pedonal de Lisboa
Para que servem os passeios na Travessa de Santo António da Sé?
Friday, January 15, 2010
VOTE na Pedonalização do Largo de São Vicente - OP 2010
http://www.cm-lisboa.pt/?idc=618&kword=Largo+de+S%E3o+Vicente&area=0
A proposta, integrada na área "Infra-estruturas Viárias, Trânsito e Mobilidade" com o número 392, tem a seguinte redacção:
O conjunto urbano do Largo de S. Vicente e Rua da Voz do Operário constitui um dos piores exemplos de espaço público privatizado para estacionamento de viaturas particulares. Nos Bairros Históricos, onde há falta de jardins e espaços abertos, é inaceitável continuar a tolerar este tipo de ocupação nos arruamentos emblemáticos da capital. Todos os cidadãos têm direito a usufruir dos largos de Lisboa. O bem comum tem de ser promovido e defendido pela CML. Solicitamos a requalificação do Largo de São Vicente (pedonalização) e da Rua da Voz do Operário (instalação de pilaretes).
PARTICIPE! Ajude-nos a dignificar um dos largos mais históricos de Lisboa!
OBRIGADO!
OBRIGADO!
Wednesday, January 13, 2010
RUA CAPELO, 14, 16 e 18
Área Histórica Habitacional; Áreas de Potencial Valor Arqueológico (Nível de Intervenção 1) e Núcleo de Interesse Histórico. Encontra-se também incluído numa zona urbana classificada como Imóvel de Interesse Público (IGESPAR).
A proposta aprovada apenas manutem as fachadas, cercea e cumeeira do edificio. Os interiores foram integralmente destruídos, incluíndo as características abóbadas pombalinas do piso térreo. São criadas 5 fracções de habitação, uma por piso, e no piso térreo, uma fracção destinada ao uso terciário.
Motivo da opção da destruição dos interiores? A construção de duas caves para área de estacionamento e de arrecadações (25 lugares de estacionamento!).
O logradouro foi completamente impermeabilizado para permitir a construção de caves mais amplas de estacionamento.
Concluindo, estamos perante mais um triste exemplo do paradigma do imobiliário do centro histórico de Lisboa: demolição dos interiores, impermeabilização do logradouro, mobilidade centrada na viatura de transporte partricular e ênfase na habitação de luxo.
Este paradigma de desenvolvimento urbano insustentável é sistematicamente aprovado tanto pela CML como pelo IGSPAR.
Um imóvel integrado num bairro histórico, classificado de valor nacional, e com pretensões a ser classificado Património Mundial da Humanidade, está reduzido a uma fachada.
Alguns consideram estes projectos como uma mais valia porque se mantem a aparência de um Ambiente Histórico. Para nós é apenas uma Lisboa superficial, autista e no caminho da auto-destruição.
Sunday, January 10, 2010
Lápides Romanas na Travessa do Almada
1-Para vandalizar com graffiti?
2-Para instalar uma caixa de ar-condicionado?
2-Para instalar uma caixa de ar-condicionado?
3-Para estacionar uma viatura em frente?
Estas três lápides Romanas (conhecidas como das Pedras Negras), estão classificadas "Monumento Nacional" por Dec. 16/06/1910; DG 136 de 23 de Junho de 1910 e abrangidas por Zona Especial de Protecção (DG 213 de 11 de Setembro de 1961). Apesar de estar em estudo na CML, desde 2005, ainda não existe no local sinalética que ajude na interpretação do monumento.
Thursday, January 7, 2010
Um novo pedido para videovigilância na Baixa
In Público (7/1/2010)
«Um abaixo-assinado reclamando um sistema de videovigilância na Baixa e um estudo sobre a insegurança nesta zona de Lisboa são as principais iniciativas que, segundo o presidente da Junta de Freguesia de São Nicolau, estão a ser desenvolvidas com vista à apresentação de um segundo pedido à Comissão Nacional de Protecção de Dados para a instalação de cerca de 30 câmaras de segurança.
O autarca e o presidente da direcção da União de Associações do Comércio e Serviços (UACS) estiveram reunidos com a secretária de Estado da Administração Interna, anteontem ao fim da tarde, num encontro no qual foi consolidada a decisão de retomar o projecto da videovigilância na Baixa pombalina. Isto depois de a comissão de protecção de dados ter chumbado, num parecer conhecido no final de Novembro, a instalação das câmaras com o argumento de que as circunstâncias não justificavam o uso de um método tão condicionador dos direitos dos cidadãos.
O presidente da Junta de Freguesia de São Nicolau, António Manuel, explica que tanto ele como a secretária de Estado Dalila Araújo consideram a videovigilância "prioritária e estruturante para a reabilitação da Baixa", acrescentando que se está neste momento "a trabalhar em alguns documentos que vão contribuir para a fundamentação" de um segundo pedido junto da comissão de protecção de dados, que deverá ser entregue pela Câmara de Lisboa. Um desses documentos, segundo o autarca lisboeta, é uma petição para a qual estão já a ser recolhidas assinaturas, pedindo câmaras de segurança e mais policiamento.
Já a UACS vai, como explicou o presidente da direcção, desenvolver um estudo com a Universidade Lusófona sobre os problemas de insegurança sentidos pelos comerciantes e utilizadores da Baixa, com base num inquérito que, segundo diz, poderá estar concluído ainda este mês. Vasco Melo assume uma posição muito crítica em relação ao chumbo da comissão, considerando que foi uma decisão "desfasada da realidade", além de ser, em seu entender, "paradoxal" relativamente ao parecer positivo dado à instalação de câmaras no Bairro Alto entre as 22h00 e as 7h00, por um período experimental de seis meses. Num artigo publicado na revista digital da UACS, este dirigente ia mais longe e classificava o chumbo como "uma decisão estranha e absurda, mesmo contraditória".
Em Dezembro, o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, defendeu a possibilidade de apresentar um novo pedido à comissão, admitindo que esta "não teve acesso a toda a informação". I.B.»
«Um abaixo-assinado reclamando um sistema de videovigilância na Baixa e um estudo sobre a insegurança nesta zona de Lisboa são as principais iniciativas que, segundo o presidente da Junta de Freguesia de São Nicolau, estão a ser desenvolvidas com vista à apresentação de um segundo pedido à Comissão Nacional de Protecção de Dados para a instalação de cerca de 30 câmaras de segurança.
O autarca e o presidente da direcção da União de Associações do Comércio e Serviços (UACS) estiveram reunidos com a secretária de Estado da Administração Interna, anteontem ao fim da tarde, num encontro no qual foi consolidada a decisão de retomar o projecto da videovigilância na Baixa pombalina. Isto depois de a comissão de protecção de dados ter chumbado, num parecer conhecido no final de Novembro, a instalação das câmaras com o argumento de que as circunstâncias não justificavam o uso de um método tão condicionador dos direitos dos cidadãos.
O presidente da Junta de Freguesia de São Nicolau, António Manuel, explica que tanto ele como a secretária de Estado Dalila Araújo consideram a videovigilância "prioritária e estruturante para a reabilitação da Baixa", acrescentando que se está neste momento "a trabalhar em alguns documentos que vão contribuir para a fundamentação" de um segundo pedido junto da comissão de protecção de dados, que deverá ser entregue pela Câmara de Lisboa. Um desses documentos, segundo o autarca lisboeta, é uma petição para a qual estão já a ser recolhidas assinaturas, pedindo câmaras de segurança e mais policiamento.
Já a UACS vai, como explicou o presidente da direcção, desenvolver um estudo com a Universidade Lusófona sobre os problemas de insegurança sentidos pelos comerciantes e utilizadores da Baixa, com base num inquérito que, segundo diz, poderá estar concluído ainda este mês. Vasco Melo assume uma posição muito crítica em relação ao chumbo da comissão, considerando que foi uma decisão "desfasada da realidade", além de ser, em seu entender, "paradoxal" relativamente ao parecer positivo dado à instalação de câmaras no Bairro Alto entre as 22h00 e as 7h00, por um período experimental de seis meses. Num artigo publicado na revista digital da UACS, este dirigente ia mais longe e classificava o chumbo como "uma decisão estranha e absurda, mesmo contraditória".
Em Dezembro, o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, defendeu a possibilidade de apresentar um novo pedido à comissão, admitindo que esta "não teve acesso a toda a informação". I.B.»
CRITÉRIOS da BAIXA: Rua da Prata
Wednesday, January 6, 2010
Pedonalização do Largo de São Vicente no OP 2010
O conjunto urbano do Largo de S. Vicente e Rua da Voz do Operário constitui um dos piores exemplos de espaço público privatizado para estacionamento de viaturas particulares. Nos Bairros Históricos, onde há falta de jardins e espaços abertos, é inaceitável continuar a tolerar este tipo de ocupação nos arruamentos emblemáticos da capital. Todos os cidadãos têm direito a usufruir dos largos de Lisboa. O bem comum tem de ser promovido e defendido pela CML. Solicitamos a requalificação do Largo de São Vicente (pedonalização) e da Rua da Voz do Operário (instalação de pilaretes).
O periodo de votação termina à meia-noite do próximo dia 15 de Janeiro. Participe!
Monday, December 28, 2009
Ruído na Baixa pode travar repovoamento
In Público (28/12/2009)
Por Ana Henriques e Inês Boaventura
«Para ser autorizada a licenciar mais habitação no coração da cidade, a Câmara de Lisboa terá de domesticar o tráfego. A administração central devolveu o plano de pormenor à autarquia
Proibidas marquises
O plano de pormenor da Baixa pombalina ainda não foi aprovado pela administração central por causa das questões relacionadas com o ruído. Concluído pela Câmara de Lisboa no Verão, o documento destina-se a definir as regras que daqui em diante irão nortear toda e qualquer intervenção nesta zona da cidade.
Em causa está a principal fonte de poluição sonora - e atmosférica - da Baixa, o tráfego automóvel, que pode vir a revelar-se suficientemente grave para as autoridades proibirem o surgimento de mais habitação desejado pela autarquia. Ou sequer de novas escolas, impedindo assim o repovoamento do coração de Lisboa.
"A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo emitiu um primeiro parecer sobre o plano em que alerta para a questão do ruído", refere o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, sublinhando que, em sua opinião, existe nesta matéria "legislação muito restritiva e bastante fundamentalista". O autarca diz que este parecer "não é uma rejeição pura e simples", mas apresenta "uma série de comentários sobre coisas que têm que ser corrigidas". A maioria desses comentários, prossegue Manuel Salgado, prende-se com "pequenas questões formais".
Segundo o vereador, a câmara vai "dar esclarecimentos adicionais" àquele organismo "no princípio de Janeiro de 2010", sendo certo que antes disso "há que rever o estudo de ruído" do plano de pormenor. Isto, porque o documento não teve em conta as alterações de tráfego entretanto introduzidas nessa zona da cidade, sendo necessário perceber se com elas "se atingem os níveis de ruído previstos na legislação", prossegue Manuel Salgado.
Acima dos limites legais
Na realidade, o plano de pormenor faz já referência à "melhoria significativa do ambiente sonoro" da Baixa, provocada pelas mais recentes restrições à circulação automóvel, "com maior incidência naRua da Prata e Rua dos Fanqueiros". Mas não esconde que, mesmo assim, continuam a existir zonas em que os valores de exposição sonora permaneciam, no Verão passado, acima dos limites legais, nomeadamente na vizinhança da Avenida Ribeira das Naus, Av. Infante D.Henrique, ruas da Madalena e do Ouro, e até nas da Prata e dos Fanqueiros. Nas ruas do Ouro e da Prata e no Rossio foram detectados níveis de ruído "susceptíveis de causar danos na saúde e fortes perturbações do sono". O vereador da Mobilidade e do Tráfego, Nunes da Silva, reconheceu, recentemente, a "concentração excessiva de autocarros nas ruas do Arsenal e da Alfândega" gerada pelo novo modelo de circulação rodoviária, admitindo algumas alterações. A repavimentação destas artérias poderá reduzir o problema.»
Por Ana Henriques e Inês Boaventura
«Para ser autorizada a licenciar mais habitação no coração da cidade, a Câmara de Lisboa terá de domesticar o tráfego. A administração central devolveu o plano de pormenor à autarquia
Proibidas marquises
O plano de pormenor da Baixa pombalina ainda não foi aprovado pela administração central por causa das questões relacionadas com o ruído. Concluído pela Câmara de Lisboa no Verão, o documento destina-se a definir as regras que daqui em diante irão nortear toda e qualquer intervenção nesta zona da cidade.
Em causa está a principal fonte de poluição sonora - e atmosférica - da Baixa, o tráfego automóvel, que pode vir a revelar-se suficientemente grave para as autoridades proibirem o surgimento de mais habitação desejado pela autarquia. Ou sequer de novas escolas, impedindo assim o repovoamento do coração de Lisboa.
"A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo emitiu um primeiro parecer sobre o plano em que alerta para a questão do ruído", refere o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, sublinhando que, em sua opinião, existe nesta matéria "legislação muito restritiva e bastante fundamentalista". O autarca diz que este parecer "não é uma rejeição pura e simples", mas apresenta "uma série de comentários sobre coisas que têm que ser corrigidas". A maioria desses comentários, prossegue Manuel Salgado, prende-se com "pequenas questões formais".
Segundo o vereador, a câmara vai "dar esclarecimentos adicionais" àquele organismo "no princípio de Janeiro de 2010", sendo certo que antes disso "há que rever o estudo de ruído" do plano de pormenor. Isto, porque o documento não teve em conta as alterações de tráfego entretanto introduzidas nessa zona da cidade, sendo necessário perceber se com elas "se atingem os níveis de ruído previstos na legislação", prossegue Manuel Salgado.
Acima dos limites legais
Na realidade, o plano de pormenor faz já referência à "melhoria significativa do ambiente sonoro" da Baixa, provocada pelas mais recentes restrições à circulação automóvel, "com maior incidência naRua da Prata e Rua dos Fanqueiros". Mas não esconde que, mesmo assim, continuam a existir zonas em que os valores de exposição sonora permaneciam, no Verão passado, acima dos limites legais, nomeadamente na vizinhança da Avenida Ribeira das Naus, Av. Infante D.Henrique, ruas da Madalena e do Ouro, e até nas da Prata e dos Fanqueiros. Nas ruas do Ouro e da Prata e no Rossio foram detectados níveis de ruído "susceptíveis de causar danos na saúde e fortes perturbações do sono". O vereador da Mobilidade e do Tráfego, Nunes da Silva, reconheceu, recentemente, a "concentração excessiva de autocarros nas ruas do Arsenal e da Alfândega" gerada pelo novo modelo de circulação rodoviária, admitindo algumas alterações. A repavimentação destas artérias poderá reduzir o problema.»
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