Tuesday, January 26, 2010
REPÚBLICA DE FACHADA: Rua Ivens 1 a 15
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A Baixa volta a estar na ordem do dia da agenda dos poderes públicos. Voltam as ideias, as presunções e as tentações. Umas novas, outras velhas. Há mais de 30 anos que assim é. Cumpre-nos, enquanto alfacinhas, zelar pela Baixa. Da Avenida da Liberdade ao Terreiro do Paço. Do Martim Moniz ao Bairro Alto. Do Cais do Sodré ao Campo das Cebolas. Aqui faremos o nosso diagnóstico. Aqui denunciaremos casos, e aqui esperamos elogiar outros tantos. Daremos ideias. Haverá debate. A Baixa conta connosco!
1 comment:
Desculpe que lhe diga mas essa sua posição é de um conservadorismo retrógrado. Recordo-me bem que estava lá, nesse local, há dezenas de anos, um edifício totalmente arruinado. É bem melhor ter-se reconstruido o edifício de novo, mantendo-se a fachada, do que deixá-lo como estava. Qual a alternativa?
Como este, existem centenas de edifícios arruinados em Lisboa que não têm qualquer hipótese de recuperação, tal a degradação a que chegaram, que é o resultado de 100 anos de congelamento de rendas (iniciado por Afonso Costa na I República, continuado por Salazar , em Lisboa e Porto, durante a ditadura e alargado, irresponsávelmente, a todo o País, por Nuno Portas logo após o 25 de Abril).
Seria bem melhor que que esses edifícios arruinados fossem reconstruídos de novo, pelo menos no interior, em vez de se insistir nessas posições conservadoras, diria mesmo reaccionárias e imobilistas, de querer conservar e reabilitar tudo, a qualquer custo, sem o sentido das realidades. Edifícios arruinados e vazios nos centros das cidades são como pequenos cancros, que alastram e que contribuem para a desertificação dos centros históricos. E Lisboa bem precisa de novos residentes.
Quanto ao estacionamento no interior dos edifícios em zonas históricas, também discordo totalmente de si. Óbviamente que não se devem demolir edifícios com valor histórico-patrimonial, que estejam em bom ou razoável estado de conservação, para se construirem caves de estacionamento. Mas quando não têm viabilidade de recuperação e têm de ser reconstruídos, considero um "crime" não se incluirem lugares de estacionamento para os residentes, tal como aconteceu no projecto de Siza Vieira para a reconstrução dos edifícios que arderam no incêndio do Chiado. Perdeu-se aí uma oportunidade histórica. Como quer atrair novos residentes para a zona se não lhes der possibilidades de estacionamento? Qual a alternativa? Deixarem os carros na rua?
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