Um sinal de estacionamento proibido, no lixo. De facto, em Lisboa, o lugar certo para os sinais de proibição de estacionamento parece ser o lixo. Basta ser peão, e passear por qualquer freguesia da cidade, para o constatar diariamente. Talvez nenhuma outra sinalética na cidade seja mais desrespeitada do que esta. Sem um investimento nos transportes públicos, à escala metropolitana e em sintonia com o planeamento urbano, veremos melhores dias na nossa capital. A ficar para trás de ano para ano, de nada valem os mega projectos típicos de uma cidade com complexo de inferioridade. Não será uma torre do Arquitecto Foster, ou uma ostensiva terceira travessia do Tejo que vai por Lisboa a par das capitais desenvolvidas.
Voltando à escala da rua, não serão os pilaretes, nem muito menos a proliferação de sinalização vertical a proibir o estacionamento, que poderão alterar os comportamentos insustentávies cada vez mais enraízados na sociedade portuguesa. As questões estruturais da mobilidade urbana sustentável continuam por implementar. A crónica falta de visão apartidária do planeamento urbano estão a comprometer o futuro de Lisboa. Assim, e até que Município e Estado acordem e actuem, assistiremos ao agravar dos problemas da mobilidade. No vazio criado, vai crescendo a importância do transporte individual - porque os cidadãos não podem esperar 48 minutos por um autocarro.
Voltando à escala da rua, não serão os pilaretes, nem muito menos a proliferação de sinalização vertical a proibir o estacionamento, que poderão alterar os comportamentos insustentávies cada vez mais enraízados na sociedade portuguesa. As questões estruturais da mobilidade urbana sustentável continuam por implementar. A crónica falta de visão apartidária do planeamento urbano estão a comprometer o futuro de Lisboa. Assim, e até que Município e Estado acordem e actuem, assistiremos ao agravar dos problemas da mobilidade. No vazio criado, vai crescendo a importância do transporte individual - porque os cidadãos não podem esperar 48 minutos por um autocarro.
Cada vez mais o "cidadão-carro" é que decide a cidade. É ele que decide que ali se constroi um parque estacionamento em vez de um jardim. É ele que decide que aquele arruamento vai ter o dobro das faixas de rodagem em vez de árvores de alinhamento. E é ele que agora quer decidir se pode ou não atravessar a Baixa, em prejuízo dos outros, do património, nas próximas décadas. Basta deste cidadão principal de Lisboa.
Foto: Terreiro do Trigo, Freguesia de São Miguel.
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