O corte de trânsito no Terreiro do Paço e na Avenida Ribeira das Naus, em Lisboa, não mergulhou a cidade no caos, como esperavam os pessimistas. O trânsito fluiu, mas também houve mais pessoas a recorrer ao metro.
Devido às obras de consolidação do Torreão Poente e de saneamento no Terreiro do Paço, a primeira manhã sem carros na Avenida Ribeira das Naus gerou estrangulamentos em pontos "já esperados" na Baixa, como a Rua do Arsenal, mas "foi uma situação de grande normalidade em toda a cidade", assumiu o presidente da Câmara, António Costa, ao princípio da noite de ontem.
Apenas nos próximos dias será possível aferir se as alternativas criadas são suficientes para escoar os largos milhares de automóveis que atravessam a cidade, até meados de Junho. Mas Costa deixou o alerta: "a minha esperança é que as pessoas não se entusiasmem com as notícias e queiram fazer aquilo que não puderam fazer hoje [ontem]".
Segundo dados do município, a Avenida de Ceuta registou um aumento de 10% no volume de tráfego, distribuindo-o para o Eixo Norte-Sul. As avenidas da República, de Berna e Almirante Gago Coutinho foram outras das artérias a receber mais trânsito.
A fuga ao primeiro dia das alterações no trânsito traduziu-se num aumento de utilizadores do metro. Só as estações de Sete Rios e da Praça de Espanha tiveram mais 10% de passageiros. Quanto à Carris - que prometeu um balanço para amanhã - verificou um aumento de velocidade nos corredores BUS. "É fundamental manter a mesma atitude de procurar caminhos alternativos e usar os transportes públicos. Não pensem que afinal dá para passar", alertou António Costa.
In JN, 17 de Fevereiro de 2009
Foto: Vista aérea da Praça do Comércio na década de 40 do séc. XX.
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