Monday, July 19, 2010
Tuesday, July 13, 2010
Lisboetas criticam novos candeeiros do Terreiro do Paço
In Jornal de Notícias (13/7/2010)
Cristiano Pereira
«Um grupo de cidadãos tem manifestado o seu descontentamento com o tipo de candeeiros novos que foram colocados no Terreiro do Paço, em Lisboa. Critica-se o uso de candeeiros de traço moderno e questiona-se sobre o destino dado aos candeeiros de época.
Estão lá há pouco mais de uma semana mas não estão a ser bem recebidos pela população e até já há quem lhes chame, em tom de gozo, os “periscópios”. Os novos candeeiros públicos do Terreiro do Paço são uma espécie de cilindro metálico de traço minimal e moderno que, na óptica de Paulo Ferrero, do Movimento Fórum Cidadania Lisboa, “são um exemplo de mau gosto”.
O grupo de cidadãos acabou de enviar uma carta à autarquia na qual vincam o seu desacordo perante a medida da Câmara em “marcar uma praça barroca com o traço da contemporaneidade como se de nova zona urbana da cidade se tratasse”.
Paulo Ferrero admitiu ao JN que o novo Terreiro do Paço “está muito melhor do que estava” antes das obras de requalificação, mas sublinha que urge corrigir aquilo que, na carta à autarquia, é designado por “erro patrimonial”. O grupo de cidadãos sublinha ainda que não é a primeira vez que este executivo comete este erro, relembrando “experiências medíocres verificadas na Praça da Figueira ou no Campo Pequeno”.
“Não conseguimos compreender como é que a CML continua a abater os candeeiros de época, na sua maioria do século XIX”, questionam, criticando “a prática de aquisições de exemplares esteticamente dissonantes sempre que se leva a cabo uma operação de requalificação do espaço público”.
Contactada pelo JN, a Câmara remeteu esclarecimentos para a Sociedade Frente Tejo que, por sua vez, desvalorizou as críticas. “Eles são contra o Terreiro do Paço”, disse, impaciente, Maria João Rocha, do departamento de Comunicação da Sociedade Frente Tejo, lembrando “que os projectos foram aprovados em discussão pública”.»
Cristiano Pereira
«Um grupo de cidadãos tem manifestado o seu descontentamento com o tipo de candeeiros novos que foram colocados no Terreiro do Paço, em Lisboa. Critica-se o uso de candeeiros de traço moderno e questiona-se sobre o destino dado aos candeeiros de época.
Estão lá há pouco mais de uma semana mas não estão a ser bem recebidos pela população e até já há quem lhes chame, em tom de gozo, os “periscópios”. Os novos candeeiros públicos do Terreiro do Paço são uma espécie de cilindro metálico de traço minimal e moderno que, na óptica de Paulo Ferrero, do Movimento Fórum Cidadania Lisboa, “são um exemplo de mau gosto”.
O grupo de cidadãos acabou de enviar uma carta à autarquia na qual vincam o seu desacordo perante a medida da Câmara em “marcar uma praça barroca com o traço da contemporaneidade como se de nova zona urbana da cidade se tratasse”.
Paulo Ferrero admitiu ao JN que o novo Terreiro do Paço “está muito melhor do que estava” antes das obras de requalificação, mas sublinha que urge corrigir aquilo que, na carta à autarquia, é designado por “erro patrimonial”. O grupo de cidadãos sublinha ainda que não é a primeira vez que este executivo comete este erro, relembrando “experiências medíocres verificadas na Praça da Figueira ou no Campo Pequeno”.
“Não conseguimos compreender como é que a CML continua a abater os candeeiros de época, na sua maioria do século XIX”, questionam, criticando “a prática de aquisições de exemplares esteticamente dissonantes sempre que se leva a cabo uma operação de requalificação do espaço público”.
Contactada pelo JN, a Câmara remeteu esclarecimentos para a Sociedade Frente Tejo que, por sua vez, desvalorizou as críticas. “Eles são contra o Terreiro do Paço”, disse, impaciente, Maria João Rocha, do departamento de Comunicação da Sociedade Frente Tejo, lembrando “que os projectos foram aprovados em discussão pública”.»
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Monday, July 12, 2010
Os novos candeeiros do Terreiro do Paço
Estes são os novos candeeiros do Terreiro do Paço. Primos direitos dos "magníficos" exemplares da Praça da Figueira e/ou do Campo Pequeno. Não se compreende nem aceita que a CML/Frente Tejo tenha pura e simplesmente deitado fora os candeeiros antigos e/ou não tenha encomendado réplicas de antigos, de maior dimensão (semelhantes aos da Praça do Município, Praça da Figueira e Rossio), de modo a embelezar o Terreiro do Paço, mesmo que apostasse numa fileira de exemplares modernos, altos e "amigos do ambiente" mas que passassem despercebidos. Não, preferiram deixar a "marca de designer" e torná-los o centro da atenção, qual elemento espúrio institucional. Uma palermice completa, exemplo de mau gosto e mau "fazer cidade". Na última foto pode-se ver uma das resistentes colunas de iluminação séc. XIX, possivelmente na calha para o abate como fizeram com as gémeas que pontilhavam as namoradeiras do muro ao longo do rio.
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Os candeeiros da Praça da Figueira
A Praça da Figueira é o exemplo acabado de falta de gosto, bom senso e mau planeamento urbano e desenho de espaço público dos últimos anos de intervenção da CML. Mesmo assim ainda tiveram a honradez de deixar candeeiros réplicas do antigamente.
PP Baixa Pombalina, a prova dos nove (2)
"É preciso que o Chiado contamine a Baixa"? Não, obrigado, Sr. Vereador, mas a Baixa não precisa desta "autenticidade".
PP Baixa Pombalina, a prova dos nove (1)
No dia em que este anexo aberrante e com décadas de existência sair do topo deste edifício da Rua 1º de Dezembro, e esta vista desde o Rossio deixar de existir, teremos tido um bom plano de pormenor. Caso contrário será pura charlatanice.
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Plano de Pormenor
Saturday, July 10, 2010
Friday, July 9, 2010
Baixa, cuidado!
A notícia é boa, inequívoca: ao fim de 16 anos, a CML está prestes a iniciar a tão almejada reabilitação da Baixa, sob o epíteto de Plano de Pormenor e Salvaguarda da Baixa Pombalina. Dirão os maiores de 18 anos que há pelo menos 35 que a Baixa entrou em queda livre e que por isso mais vale tarde do que nunca. É verdade. Contudo, o termo reabilitação é muito perigoso, por usado para tudo, com especial ênfase no “fachadismo” -herdeiro novo-rico dos cenários de papelão que o famoso Conde Potemkine ia montando e desmontando à medida que Catarina peregrinava por terras russas.
Por outro lado, à medida que se vai folheando o texto do dito, convenientemente extenso, a sensação é de enfartamento perante a clara disfunção semântica. Desde logo o entendimento de Baixa Pombalina: sendo São Paulo o local por excelência para uma salvaguarda da herança de Pombal – ainda por lá há mansardas de Mardel, cozinhas genuínas, etc. -por que não consta ele dos limites físicos do Plano? Mais, compreendo que os nossos decisores, com fome de resultados rápidos e em força, caiam na tentação de ignorar uma evidência: sempre houve um elevado custo de oportunidade para quem pretenda habitar a Baixa. Dito de outra forma: quem o queira sabe à partida que terá na Baixa o que talvez não tenha noutro local, e o contrário disso. Um apartamento na Baixa poderá implicar abdicar-se do automóvel e de modernidades só possíveis com a adulteração radical dos edifícios (janelas nas empenas, elevadores nas caixas de escada, tectos falsos com ar-condicionado, etc.). Mas poderá propiciar benefícios incomensuráveis: centralidade histórica e cultural, tectos altos e interiores cuidados se restaurados, cruzamento de gerações e de estratos, etc.
Resumindo: a Baixa é a Baixa e como ela não há nenhuma. Por isso é essencial que a tal Salvaguarda não se confunda com tanto “bite” e salvaguarde o que é realmente autêntico, não se prostituindo como o vizinho Chiado onde a “reabilitação” a betão armado e indiscriminadamente segue como nunca, para gáudio das estatísticas e dos defensores de uma Lisboa estandardizada, por alto, por dentro e por trás. É, por isso,tremendamente oportuno que nesta fase se pense diferente:
Que a candidatura à UNESCO não seja um verbo-de-encher mas um sinal de pragmatismo. Que a pedagogia do promotor, a partir de casos de sucesso de reconstrução pombalina e efeitos de demonstração subsequentes, se sobreponha à do laxismo e do lucro fácil, de modo a que sejam os projectos a adaptar-se aos edifícios e não o inverso. Que haja urbanismo comercial a sério, protegendo o que há a proteger e formando a mudança no que há a mudar. Mais espaços pedonais, mais oferta cultural. Menos poluição, menos elementos espúrios. Mais: menos do mesmo.
Por outro lado, à medida que se vai folheando o texto do dito, convenientemente extenso, a sensação é de enfartamento perante a clara disfunção semântica. Desde logo o entendimento de Baixa Pombalina: sendo São Paulo o local por excelência para uma salvaguarda da herança de Pombal – ainda por lá há mansardas de Mardel, cozinhas genuínas, etc. -por que não consta ele dos limites físicos do Plano? Mais, compreendo que os nossos decisores, com fome de resultados rápidos e em força, caiam na tentação de ignorar uma evidência: sempre houve um elevado custo de oportunidade para quem pretenda habitar a Baixa. Dito de outra forma: quem o queira sabe à partida que terá na Baixa o que talvez não tenha noutro local, e o contrário disso. Um apartamento na Baixa poderá implicar abdicar-se do automóvel e de modernidades só possíveis com a adulteração radical dos edifícios (janelas nas empenas, elevadores nas caixas de escada, tectos falsos com ar-condicionado, etc.). Mas poderá propiciar benefícios incomensuráveis: centralidade histórica e cultural, tectos altos e interiores cuidados se restaurados, cruzamento de gerações e de estratos, etc.
Resumindo: a Baixa é a Baixa e como ela não há nenhuma. Por isso é essencial que a tal Salvaguarda não se confunda com tanto “bite” e salvaguarde o que é realmente autêntico, não se prostituindo como o vizinho Chiado onde a “reabilitação” a betão armado e indiscriminadamente segue como nunca, para gáudio das estatísticas e dos defensores de uma Lisboa estandardizada, por alto, por dentro e por trás. É, por isso,tremendamente oportuno que nesta fase se pense diferente:
Que a candidatura à UNESCO não seja um verbo-de-encher mas um sinal de pragmatismo. Que a pedagogia do promotor, a partir de casos de sucesso de reconstrução pombalina e efeitos de demonstração subsequentes, se sobreponha à do laxismo e do lucro fácil, de modo a que sejam os projectos a adaptar-se aos edifícios e não o inverso. Que haja urbanismo comercial a sério, protegendo o que há a proteger e formando a mudança no que há a mudar. Mais espaços pedonais, mais oferta cultural. Menos poluição, menos elementos espúrios. Mais: menos do mesmo.
In Jornal de Notícias (8/7/2010)
Saturday, July 3, 2010
MONOCLE QUALITY OF LIFE SURVEY 2010 – Lisbon
MONOCLE QUALITY OF LIFE SURVEY 2010 – Lisbon
2010 ranking: 25
2009 ranking: 25
2008 ranking: 24
Amid low crime rates, sunny Lisbon continues its cultural boom.
Concerts and theatre performances are up by double digits as venues such as Nimas, a converted cinema, attract indie acts. In the Baixa district, a year-old fashion and design museum anchors an urban renewal project around Praca do Comercio to shift traffic and refurbish historic buildings.
Residents, however, seem less enthusiastic about the need for a new coach museum, preferring instead that authorities invest in public transport, cycling schemes and overhauling housing policy – Lisbon’s population has dropped by 20,000 in the past two years. Part of the blame is due to outdated rental laws that have kept prices at untenable levels, making it hard to cover the cost of upkeep – the city centre is dotted with deserted buildings in need of some TLC.
Population: 489,562; greater metropolitan area, 2.03 million
International flights: 22 intercontinental; 51 European destinations
Crime: murders, 4; domestic break-ins, 1,256
Sunshine: 2,780 hours in 2009
Tolerance: same-sex marriage signed into law late this spring
State education: residents favour private educational facilities: 194 private pre-schools vs 94 public; 47 private secondary schools in Lisbon vs 33 public
Drinking and shopping: bars in Bairro Alto and many riverside districts serve alcohol after 01.00. Supermarkets open on Sundays
Public transport: subway extension to airport to be completed next year (15 minute ride to downtown)
Architecture: permits for innovative builds are allowed but it’s a slow process
Green space: 28 sq m per resident
How easy is it to start a business? Registering a one-man firm or PLC takes a few hours and costs euros 360 with Empressa na Hora (On the Sport Firm) programme
Chain test: Zara, 9; Starbucks, 1
Key upcoming developments: urban re-generation of Baixa district on waterfront
Monocle fix: stop giving out permits to build shopping malls
in MONOCLE, July/August 2010
Foto: Rua do Arsenal
2010 ranking: 25
2009 ranking: 25
2008 ranking: 24
Amid low crime rates, sunny Lisbon continues its cultural boom.
Concerts and theatre performances are up by double digits as venues such as Nimas, a converted cinema, attract indie acts. In the Baixa district, a year-old fashion and design museum anchors an urban renewal project around Praca do Comercio to shift traffic and refurbish historic buildings.
Residents, however, seem less enthusiastic about the need for a new coach museum, preferring instead that authorities invest in public transport, cycling schemes and overhauling housing policy – Lisbon’s population has dropped by 20,000 in the past two years. Part of the blame is due to outdated rental laws that have kept prices at untenable levels, making it hard to cover the cost of upkeep – the city centre is dotted with deserted buildings in need of some TLC.
Population: 489,562; greater metropolitan area, 2.03 million
International flights: 22 intercontinental; 51 European destinations
Crime: murders, 4; domestic break-ins, 1,256
Sunshine: 2,780 hours in 2009
Tolerance: same-sex marriage signed into law late this spring
State education: residents favour private educational facilities: 194 private pre-schools vs 94 public; 47 private secondary schools in Lisbon vs 33 public
Drinking and shopping: bars in Bairro Alto and many riverside districts serve alcohol after 01.00. Supermarkets open on Sundays
Public transport: subway extension to airport to be completed next year (15 minute ride to downtown)
Architecture: permits for innovative builds are allowed but it’s a slow process
Green space: 28 sq m per resident
How easy is it to start a business? Registering a one-man firm or PLC takes a few hours and costs euros 360 with Empressa na Hora (On the Sport Firm) programme
Chain test: Zara, 9; Starbucks, 1
Key upcoming developments: urban re-generation of Baixa district on waterfront
Monocle fix: stop giving out permits to build shopping malls
in MONOCLE, July/August 2010
Foto: Rua do Arsenal
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