A aparente falta de gestão do acesso de autocarros de turismo ao Largo da Sé é chocante. Em qualquer cidade civilizada da Europa não se permitiria o acesso de veículos destas dimensões e escala ao centro histórico de génese antiga e respectivos monumentos nacionais. Porque é que em Lisboa ainda permitimos estes cenários caoticos? Não deviam os autocarros de turismo desta dimensão estacionar na parte baixa da cidade, como por exemplo no Campo das Cebolas? Exmo. Senhor Vereador da Mobilidade: este problema está a ser estudado? Estas imagens retratam o caos habitual no Largo da Sé. A circulação do eléctrico 28 e do autocarro 737 fica interrompida durante as lentas e complexas manobras dos autocarros de turismo - algo que ocorre com demasiada frequência. E se uma ambulância ou carro de bombeiros precisar de circular neste cenário? Aguarda com paciência? Precisamos de resolver este problema antes que aconteça uma desgraça.
Sunday, October 31, 2010
Friday, October 29, 2010
Porque temos parques de estacionamento vazios nas nossas cidades?
Em Estremoz deparamos, como é habitual em quase todas as cidades do nosso país, com situações que põem qualquer peão consciente à beira de um ataque de nervos. Vejamos um caso concreto, autêntico paradigma do estatuto do peão versus automóvel. A Câmara Municipal de Estremoz, consciente do excesso de automóveis estacionados no centro histórico (Estremoz é uma cidade cercada por uma cintura de muralhas) tem feito alguns esforços para libertar os arruamentos de génese medieval da presença dos carros. Por exemplo, criou um parque de estacionamento gratuito mesmo à saida da Porta dos Currais. No entanto, e como se pode ver pelas imagens, este parque está praticamente vazio. Porquê? O problema ocorre também, como bem sabemos, em Lisboa. O Parque das Portas do Sol em Alfama que custou 4,5 milhões de euros é um dos casos mais falados.
Depois de muitas décadas a permitir que os cidadãos estacionem gratuitamente e livremente à porta de suas casas, é muito difícil alterar este comportamento. Claro que não é impossível, mas exige muita coragem política. Tanto no exemplo de Estremoz como no de Lisboa, enquanto as Câmaras fecharem os olhos ao estacionamento selvagem nos arruamentos em redor dos novos parques, nada irá mudar. Porque razão os novos parques não são acompanhados de obras de reperfilamento das ruas com a natural supressão de lugares de estacionamento em benefício dos peões (e TODOS somos peões)? Porque razão não se alargam passeios e instalam pilaretes de protecção dos canais pedonais?
Este mau comportamento - porque insustentável - criou raízes profundas graças à falta de planeamento, de visão estratégica dos sucessivos governos e municípios. Agora estão reféns de milhões de eleitores que não querem alterar um modelo de mobilidade, um estilo de vida, centrado na sua viatura de transporte privado. Governos e municípios andam a gastar milhões de euros para ter parques de estacionamento vazios e as ruas cada vez mais congestionadas com carros.
E querem apostar que o novo Parque de estacionamento da EMEL, no antigo mercado do Chão do Loureiro, irá sofrer do mesmo mal do seu irmão mais velho das Portas do Sol?
Thursday, October 28, 2010
Tuesday, October 12, 2010
Diga «LISBOA»: Rua da Saudade
Há cada vez mais fogos abandonados em toda a zona central e mais nobre da nossa capital. Os nossos políticos não conseguem estancar o problema. A nossa sociedade civil não sabe reagir. Lisboa já tem menos de 500 mil habitantes. Que solução propõe o Vereador Manuel Salgado? Um novo PDM que convida todos à demolição do património arquitectónico para dar lugar À construção nova e a destruição dos logradouros para caves de estacionamneto de viaturas de transporte particular.
Sunday, October 10, 2010
Largo do Corpo Santo ou Largo do Carro Santo?
Largo do Corpo Santo? Parece mais um exemplo lisboeta de "Largo do Carro Santo"!
Toda esta bela praça de génese pombalina está há demasiadas décadas transformada numa placa de circulação rodoviária. Tudo o mais é um parque de estacionamento feito em cima do joelho.
Não há uma única árvore ou equipamentos (bancos de jardim?) para os cidadãos usufruirem do que é suposto ser um «espaço público histórico» segundo o PDM em vigor. Os passeios foram reduzidos à sua expresão mínima. E chegaram ao cúmulo de criar lugares de estacionamento mesmo em frente da entrada principal da igreja!
Que outra capital da europa trata assim os seus espaços públicos de referência?
E isto acontece a poucos metros da Praça do Município, sede do governo da cidade de Lisboa.
Toda esta bela praça de génese pombalina está há demasiadas décadas transformada numa placa de circulação rodoviária. Tudo o mais é um parque de estacionamento feito em cima do joelho.
Não há uma única árvore ou equipamentos (bancos de jardim?) para os cidadãos usufruirem do que é suposto ser um «espaço público histórico» segundo o PDM em vigor. Os passeios foram reduzidos à sua expresão mínima. E chegaram ao cúmulo de criar lugares de estacionamento mesmo em frente da entrada principal da igreja!
Que outra capital da europa trata assim os seus espaços públicos de referência?
E isto acontece a poucos metros da Praça do Município, sede do governo da cidade de Lisboa.
Friday, October 8, 2010
POSTAL DA AVENIDA: «stop especulação»
Gaveto da Avenida da Liberdade com a Rua das Pretas. Um novo, e banal, edifício de serviços erguido sob os escombros de um exemplar da arquitectura lisboeta dos finais do séc. XIX/início do séc. XX. O património arquitectonico da avenida está praticamente reduzido a uma dúzia de imóveis dignos dessa classificação. Tudo o resto que tem surgido nos últimos 30/40 anos não passa de um catálogo do pior que a capital faz em matéria de imobiliário. Desde criminosas demolições integrais, ao preverso "fachadismo" e pseudo "traça antiga", passando pelo despachado e autista "corporate business" até ao patético PoMo, quase tudo o que não se devia fazer numa avenida histórica foi concretizado sem grandes hesitações. O novo PUALZE pouco ou nada fará para alterar este cenário.
Tuesday, October 5, 2010
A República Portuguesa faz 100 anos: HEMEROTECA em ruínas
Está assim neste estado o edifício da Hemeroteca Municipal de Lisboa. Desde o século passado que a capital aguarda pelo início das obras de reabilitação e modernização do antigo palacete na Rua de S. Pedro de Alcântara. O proprietário do imóvel é, mais uma vez, a CML. Será que as obras estarão terminadas a tempo do segundo centenário da República em 2110? Quando é que a Hemeroteca Municipal - que alberga verdadeiros tesouros dos primórdios do movimento Repúblicano - estará dignamente instalada? No dia do primeiro centenário podemos afirmar, com toda a certeza, que o Governo e o Município da República Portuguesa falharam na salvaguarda e preservação da Hemeroteca Municipal de Lisboa de acordo com os padrões internacionais.
Monday, October 4, 2010
Friday, October 1, 2010
Terreiro do Paço acolhe espectáculo multimédia
In Jornal de Notícias (1/10/2010)
Telma Roque
«Todas as noites, entre hoje, sexta-feira, e domingo, o Terreiro do Paço estará transformado numa gigantesca máquina do tempo através de um espectáculo multimédia que recriará momentos marcantes da história da capital. Um deles é o terramoto. Os edifícios vão mesmo ruir, haverá gritos de horror, violentos incêndios, mas tudo não passará de efeitos especiais que dão uma sensação de filme a três dimensões.
Inédito no país, o espectáculo, com animação e efeitos de vídeo ?mapping?, acaba por não ter paralelo também a nível internacional, pela dimensão da zona de projecção.
A Sociedade Frente Tejo, a quem foi entregue a requalificação da frente ribeirinha de Lisboa, vai usar como tela toda a fachada do Arco da Rua Augusta, entre as ruas do Ouro e da Prata.
De acordo com a Frente Tejo, os espectáculos ? dois por noite, às 21.30 e meia-noite, com a duração de 10 minutos ? têm uma dupla finalidade. Além de estarem inseridos nas comemorações do Centenário da República, acabam também por ser o primeiro grande evento num espaço que foi recentemente requalificado.
“Esta é uma iniciativa para as pessoas e com as pessoas. Será também uma marca indelével e afectiva das pessoas em relação ao novo espaço e um primeiro passo para a utilização lúdica do local, tanto diurna como nocturna”, justifica a Sociedade Frente Tejo.»
Telma Roque
«Todas as noites, entre hoje, sexta-feira, e domingo, o Terreiro do Paço estará transformado numa gigantesca máquina do tempo através de um espectáculo multimédia que recriará momentos marcantes da história da capital. Um deles é o terramoto. Os edifícios vão mesmo ruir, haverá gritos de horror, violentos incêndios, mas tudo não passará de efeitos especiais que dão uma sensação de filme a três dimensões.
Inédito no país, o espectáculo, com animação e efeitos de vídeo ?mapping?, acaba por não ter paralelo também a nível internacional, pela dimensão da zona de projecção.
A Sociedade Frente Tejo, a quem foi entregue a requalificação da frente ribeirinha de Lisboa, vai usar como tela toda a fachada do Arco da Rua Augusta, entre as ruas do Ouro e da Prata.
De acordo com a Frente Tejo, os espectáculos ? dois por noite, às 21.30 e meia-noite, com a duração de 10 minutos ? têm uma dupla finalidade. Além de estarem inseridos nas comemorações do Centenário da República, acabam também por ser o primeiro grande evento num espaço que foi recentemente requalificado.
“Esta é uma iniciativa para as pessoas e com as pessoas. Será também uma marca indelével e afectiva das pessoas em relação ao novo espaço e um primeiro passo para a utilização lúdica do local, tanto diurna como nocturna”, justifica a Sociedade Frente Tejo.»
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