Tuesday, November 30, 2010
Saturday, November 27, 2010
Sunday, November 21, 2010
Friday, November 19, 2010
RUA (SEM) EMENDA?
O mau estado de conservação dos passeios na RUA DA EMENDA seria chocante não fosse a banalidade deste cenário na nossa cidade. Todos estes buracos se devem ao estacionamento em cima dos passeios. Já perdemos a conta aos e-mails enviados à CML a solicitar a instalação de pilaretes para evitar a sistematica destruição dos pavimentos dos canais pedonais. Quem paga a reparação desta calçada? Os donos dos automóveis que vemos em cima dos passeios?
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Wednesday, November 17, 2010
Monday, November 15, 2010
S. Paulo pombalina: decadente, suja, esquecida, arruinada
A área da freguesia de S. Paulo é, em termos urbanos, das mais interessantes de Lisboa. Pela proximidade do rio, do Cais do Sodré, da estação de comboios, pelos dramáticos viadutos pombalinos da Rua do Alecrim e por todo o desenho urbano pombalino ainda bastante intacto. Mas apesar destes ingredientes, em teoria mais do que suficientes para a existência de um extraordinário bairro histórico europeu, o bairro está mais morto que vivo. Porque está quase tudo degradado, em ruínas decadentes e sujas. É um cenário de doença, aflitivo e deprimente. É a capital Lisboa no seu pior. Porque razão a República Portuguesa se mostra insensível, e tão incapaz, de curar, dar vida, numa palavra, HABITAR este notável bairro da capital?
Toda esta zona ribeirinha de Lisboa foi profundamente atingida pelo terramoto de 1755, tendo sido totalmente refeito o seu traçado urbano sob desenhos da Casa do Risco, criando-se uma praça rectangular com chafariz/obelisco central - a Praça de São Paulo. Na cabeceira poente da praça ergueu-se a paroquial, obra dirigida por Remígio Francisco de Abreu, assistente de Eugénio dos Santos. Atrás da praça, junto ao rio, criou-se em 1771 o novo mercado de S. Paulo, também chamado da Ribeira Nova.
A família do Marquês de Pombal possuía algumas propriedades nesta zona, tendo reconstruído os seus prédios, como aquele que fecha a praça a nascente, iniciativa do irmão de Pombal, Paulo de Carvalho e Mendonça. Deste facto resultou a designação toponímica da Rua Nova do Carvalho. Nesta zona há a destacar o grande quarteirão conhecido como Prédio dos Remolares erguido pelo Morgado de Oliveira, futuro Conde Rio Maior, genro do Marquês de Pombal.
Fotos: Travessa do Carvalho, Rua do Alecrim, Largo dos Stephens, Largo do Corpo Santo
RUA DE O SÉCULO, Rua Formosa e a família do Marquês de Pombal
Um "Século" de má gestão urbana? Vejamos: é um arruamento de elevado valor histórico (a antiga Rua Formosa); é um arruamento que apesar de estreito foi forçado a ter lugares de estacionamento à custa do direito a uma mobilidade pedonal digna e decente (a pressão é tão grande que não há semana sem registo de buracos nos passeios, sinalética derrubada, e coisas afins); é um arruamento com três palácios anteriores ao terramoto abandonados, dois deles propriedade municipal (Marim-Olhão e Marquês de Pombal / Carvalhos) e classificados como de «Interesse Público»; um chafariz pombalino classificado «Monumento Nacional» em avançado estado de degradação; etc.; Mas que cidade é esta?
Saturday, November 13, 2010
«Cabeçudos de Lisboa»: Rua da Alegria
Com este, no mínimo bizarro, exemplo de nova cobertura em imóvel situado em zona histórica (Rua da Alegria torneja Travessa da Conceição da Glória), iniciamos nova série com o título «Cabeçudos de Lisboa». O QUE É ISTO?! Aceitamos sugestões. Será que os edifícios património em Lisboa estão destinados a serem corridos a coberturas destas? Porque razão muitos arquitectos e proprietários têm uma aversão aguda ao restauro e reabilitação das coberturas originais? Porque são permitidas alterações da geometria das coberturas em zonas históricas consolidadas? Enviem exemplos deste mundo de absurdos para publicação aqui no blog. E nem a Baixa e o Chiado estão a salvo como sabemos.
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POSTAIS DA BAIXA: Rua do Comércio
Para além do absurdo que é manter esta coluna com sinalética obsoleta, devemos ainda tomar nota do facto do dispositivo estar a tapar uma placa toponímica pombalina original - um elemento patrimonial bastante raro e portanto precioso na Baixa. Esperemos que em breve o bom senso leve a CML a desmontar esta estrutura.
Wednesday, November 10, 2010
Saturday, November 6, 2010
BE "chocado" com silêncio de Sá Fernandes sobre destino do Jardim Botânico
BE "chocado" com silêncio de Sá Fernandes sobre destino do Jardim Botânico
A deputada municipal do Bloco de Esquerda (BE) Rita Silva declarou-se ontem chocada com o silêncio do vereador dos Espaços Verdes, José Sá Fernandes, perante o destino do Jardim Botânico de Lisboa. O recinto tornou-se anteontem monumento nacional.
Fotos (cortesia da Liga dos Amigos do Jardim Botânico): impermeabilização da área de protecção do Jardim Botânico já está a ser feita nos logradouros dos imóveis da Rua do Salitre. Se o Plano de Pormenor avançar, a impermeabilização será em grande escala e passará a incluir também os logradouros da Rua da Escola Politécnica e Rua da Alegria. Nas imagens vemos obras de impermeabilização dos logradouros da Rua do Salitre 143 a 157. Apesar da distância, é bom recordar que todos os m2 de solo impermeabilizado a montante da Baixa terão consequências graves na Baixa.
Plano de pormenor em discussão pública repudiado por Amigos do Jardim, por causa de construção nova e abate de espécimes. Assembleia municipal pode salvar recinto, diz Bloco
A deputada municipal do Bloco de Esquerda (BE) Rita Silva declarou-se ontem chocada com o silêncio do vereador dos Espaços Verdes, José Sá Fernandes, perante o destino do Jardim Botânico de Lisboa. O recinto tornou-se anteontem monumento nacional.
Em causa está o plano de pormenor para esta zona da cidade, que inclui também o Parque Mayer e que se encontra em discussão pública até 23 de Novembro. Para os bloquistas, os lisboetas não têm consciência dos perigos que o jardim corre se o plano for aprovado, por causa do aumento de construção previsto, quer para dentro do recinto verde, quer em seu redor.
Preocupações partilhadas pela Liga dos Amigos do Jardim numa visita guiada ao local. "Com o aumento da altura dos prédios em redor do jardim - que já está a começar -, o Jardim Botânico torna-se mais seco e mais quente no Verão, devido à falta de circulação do ar. E isso impede que algumas espécies sobrevivam", explicou Pedro Lérias, dos Amigos do Jardim.
A visita incluiu uma inspecção à zona do recinto virada à Rua do Salitre, onde, apesar das denúncias da associação às entidades competentes, os prédios continuam a expandir-se, contribuindo para aquilo que os seus membros designam por asfixia do jardim. Há mesmo uma piscina em construção a escassos metros do muro do recinto, apesar de todos os monumentos beneficiarem de uma zona de protecção. Neste caso, a impermeabilização em volta do recinto é mais um problema, explicam os Amigos do Jardim. "Se o plano de pormenor for por diante, crescerá uma cinta de prédios em redor do recinto", assegura Manuela Correia, dos Amigos do Jardim.
A par da construção, o BE também critica as demolições previstas de alguns edifícios antigos que fazem parte do jardim, como estufas e herbários. As promessas dos arquitectos responsáveis pelo plano de pormenor de que tudo será reconstruído em cima de um novo edifício de quatro andares não os convence. Nem a eles, nem ao Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, que levantou obstáculos às demolições. Por outro lado, salientam os Amigos, as obras implicarão abate de espécimes vegetais, alguns deles em vias de extinção. "Gostávamos muito de conhecer a opinião de Sá Fernandes sobre isto", diz Manuela Correia. Para Rita Silva, a salvação do jardim está nas mãos da assembleia municipal, que ainda pode chumbar o plano. O PÚBLICO tentou, sem sucesso, ouvir os autores do plano. in Público, 6 de Novembro de 2010
Fotos (cortesia da Liga dos Amigos do Jardim Botânico): impermeabilização da área de protecção do Jardim Botânico já está a ser feita nos logradouros dos imóveis da Rua do Salitre. Se o Plano de Pormenor avançar, a impermeabilização será em grande escala e passará a incluir também os logradouros da Rua da Escola Politécnica e Rua da Alegria. Nas imagens vemos obras de impermeabilização dos logradouros da Rua do Salitre 143 a 157. Apesar da distância, é bom recordar que todos os m2 de solo impermeabilizado a montante da Baixa terão consequências graves na Baixa.
Friday, November 5, 2010
«AVENIDA» 24 DE JULHO?
As placas toponímicas dizem que é uma «AVENIDA»... No séc. XIX foi de facto pensada como grande boulevard arborizado à beira rio para passeio dos lisboetas. Foi por aqui também que passou a primeira linha de eléctricos da capital. Mas como chegou aos nossos dias? Reduzida a uma espécie de IP dentro da cidade. É apenas um arruamento em que os automóveis são imperadores. Já repararam nos micro passeios? Todos concordam, esta avenida tem excesso de faixas de rodagem. Quando uma cidade, capital, deixa as suas avenidas serem transformadas nisto, é porque o estilo de vida dominante está esgotado, podre, obsoleto. A Avenida 24 de Julho está doente. E enquanto Lisboa mostrar arruamentos com estes agudos sintomas, Lisboa está doente.
Tuesday, November 2, 2010
POSTAIS DA BAIXA: Rua de Santa Justa
O cruzamento da Rua de Santa Justa com a Rua da Prata depois das inundações do dia 29 de Outubro... Continuem a atrefa irresponsável de impermeabilizar logradouros para caves de estacionamento. Por mais disfarçados que sejam de "jardins suspensos", uma laje de betão com cobertura de relva e arbustos nunca cumprirá as funções vitais de um autêntico logradouro.
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