Tuesday, December 30, 2008
Sunday, December 28, 2008
«NATAL É QUANDO OS PATROCÍNIOS QUISEREM»
Wednesday, December 24, 2008
«NATAL É QUANDO OS PATROCÍNIOS QUISEREM»
Monday, December 22, 2008
ROSSIO: o mega cenário autista da «Jogos Santa Casa»
Em resposta ao seu email, informo que não deu entrada neste Instituto qualquer pedido de parecer sobre as decorações de Natal a que se refere.
No entanto, solicitámos informação à Direcção Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo.
Com os melhores cumprimentos,
Cíntia Pereira de Sousa
Assessora da Direcção
IGESPAR, IP»
Saturday, December 20, 2008
Maioria PS quer cortar acesso pela Baixa a automóveis particulares
Este novo "conceito" substituiu outra ideia de reordenamento do tráfego na Baixa que até agora a Câmara defendia. (...)
Thursday, December 18, 2008
O exemplo de Londres: Bloomsbury Streets versus O exemplo de Lisboa: Rua Câmara Pestana
Monday, December 15, 2008
SIZA: «20 anos do Incêndio do Chiado» em debate no CNC
Friday, December 12, 2008
SIZA: «20 anos do Incêndio do Chiado» em debate no CNC
O Arquitecto Álvaro Siza Vieira, e outros convidados, falarão sobre o projecto de reconstrução, em que uma das apostas foi a devolução ao público dos logradouros entre edifícios. A conversa abordará também a realidade actual desta zona histórica assim como os projectos futuros.
Thursday, December 11, 2008
Comunicado: 'Inauguração' do Cais das Colunas
Foi com muita satisfação que tomámos conhecimento da cerimónia de 'inauguração' dos Cais das Colunas, prevista para amanhã, dia 12, pelas 11h.
Com efeito, ainda que o dito cais continue 'entalado' por aterros de pedras e lamas e, portanto, os seus degraus desçam direitos às pedras, as colunas, que agora se apresentam limpas, foram efectivamente recolocadas no seu local e aparentam ser genuínas.
Uma vez que as obras de saneamento já anunciadas publicamente deverão ser contemporâneas das do reperfilamento da Ribeira das Naus; uma vez que não se nos afigura próxima a remoção dos aterros acima referidos, e uma vez que a praça da Estação Fluvial também não será arranjada tão cedo, apenas se nos coloca uma pergunta: esta cerimónia é para quê?
Paulo Ferrero, Fernando Jorge e Virgílio Marques
Foto
Resolução do Conselho de Ministros n.º 192/2008
Os artigos 38.º a 40.º do Regulamento do PDM de Lisboa determinam a elaboração de um plano de pormenor ou regulamento administrativo que tenha por fim a preservação e revitalização do conjunto arquitectónico e urbanístico da zona histórica da Baixa. Neste contexto, a Câmara Municipal de Lisboa, por deliberação de 19 de Março de 2008, determinou a elaboração do Plano de Pormenor da Baixa Pombalina e a aprovação dos respectivos termos de referência, nos termos do artigo 39.º do Regulamento do PDM de Lisboa.
A elaboração, ora a decorrer, do Plano de Pormenor para a Baixa Pombalina tem como pressupostos essenciais a preservação dos edifícios de traça e construção setecentista, bem como dos de especial interesse arquitectónico ou urbanístico, a definição das regras e condições a que devem obedecer as intervenções sobre o edificado e a identificação, protecção e integração dos valores históricos e
arqueológicos de especial interesse. A elaboração do Plano de Pormenor tem ainda como objectivo a revitalização da zona, através da definição de usos e intervenções de requalificação no edificado e no espaço público que tornem esta zona da cidade atractiva, dinâmica e competitiva do ponto de vista cultural, turístico e económico, à semelhança de outros grandes conjuntos patrimoniais existentes noutras cidades europeias.
Os trabalhos relativos ao Plano de Pormenor da Baixa Pombalina encontram-se já em adiantado estado de elaboração, existindo já uma versão preliminar do Plano, o que, aliado à urgência de algumas intervenções de reabilitação e requalificação da área em causa, justifica a suspensão do PDM de Lisboa e permite ainda a definição das medidas preventivas adequadas a permitir as intervenções necessárias e a garantir a execução do futuro plano.
Neste contexto, sob proposta da Câmara Municipal, a Assembleia Municipal de Lisboa aprovou, em 23 de Setembro de 2008, a suspensão parcial do PDM de Lisboa em vigor na área delimitada na planta anexa à presente resolução e o estabelecimento de medidas preventivas, pelo prazo de dois anos. Neste contexto de ausência de instrumento de planeamento territorial aplicável à área em causa, decorrente da suspensão do PDM agora aprovada, impõe-se o estabelecimento de medidas preventivas que visam permitir a realização de operações de requalificação e reabilitação urbana urgentes que, a não serem realizadas, poderiam comprometer e tornar mais onerosa a execução do futuro plano. Estas medidas preventivas garantem ainda a execução do futuro plano através da proibição da alteração substancial da situação existente, eliminando a possibilidade da realização de intervenções urbanísticas de maior impacte, designadamente as operações de loteamento e obras de urbanização que lhe estão associadas, bem como novas obras de construção de edifícios, reconstrução sem preservação das fachadas e trabalhos de remodelação dos terrenos.
Restringem-se as obras de ampliação, de reconstrução com preservação da fachada, bem como de obras de demolição, e definem-se as condições, excepcionais, em que podem ser realizadas obras de alteração.
No caso destas últimas, pretende-se garantir a preservação dos valores arquitectónicos e patrimoniais existentes, sem prejuízo da melhoria das condições de habitabilidade dos edifícios e da sua adaptação a novas exigências espaciais e funcionais.
Neste contexto, pretende-se melhorar o desempenho estrutural dos edifícios, permitindo as obras de alteração da estrutura resistente, sem prejuízo da necessária utilização dos materiais e técnicas de construção similares às originais, quando os edifícios ainda mantenham essas características, bem como as obras no interior dos edifícios que melhorem as respectivas condições de utilização.
Ainda no caso das obras de alteração, pretende-se garantir a manutenção ou reposição das fachadas e métrica pombalinas, bem como dos materiais e revestimentos exteriores que visem a reposição das características primitivas dos edifícios e eliminar os elementos dissonantes posteriormente introduzidos.
Estas medidas preventivas, garantindo os objectivos essenciais que presidiram ao seu estabelecimento, não impedem as intervenções que venham a revelar-se necessárias ou oportunas nas infra-estruturas públicas e na melhoria dos espaços públicos de utilização colectiva.
Importa, ainda, referir que as operações de reabilitação e requalificação urbana da frente ribeirinha de Lisboa, de iniciativa do Governo, cujos objectivos e principais linhas de orientação constam do documento estratégico «Frente Tejo», aprovado em anexo à Resolução do Conselho de Ministros n.º 78/2008, de 15 de Maio, se encontram,
na zona de intervenção da Frente Ribeirinha da Baixa Pombalina, parcialmente abrangidas pela suspensão do PDM de Lisboa e respectivas medidas preventivas, agora
aprovadas.
Verificando-se que as medidas preventivas não impedem a realização das operações de reabilitação e requalificação urbana da iniciativa do Governo previstas para a área em causa, está assegurada, neste aspecto, a conformidade legal das referidas medidas preventivas.
Importa ainda referir que a área a abranger pelas medidas preventivas agora estabelecidas não inclui as quatro áreas assinaladas com a letra B na planta anexa
à presente resolução, que seencontram já abrangidas pela suspensão do PDM ratificada pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 153/2008, de 14 de Outubro, e pelas medidas preventivas publicadas pela mesma resolução.
Refira-se ainda que nos últimos quatro anos não foram estabelecidas quaisquer medidas preventivas para a área objecto da presente regulamentação cautelar.
A presente suspensão foi instruída com a colaboração da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, nos termos do n.º 8 do artigo 96.º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, na redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 316/2007, de 19 de Setembro.
Assim:
Ao abrigo do disposto na alínea b) do n.º 2 do artigo 100.º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, na redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 316/2007, de 19 de Setembro, e nos termos da alínea g) do artigo 199.º da Constituição, o Conselho de Ministros resolve:
1 — Ratificar a suspensão parcial do Plano Director Municipal de Lisboa, pelo prazo de dois anos, na área delimitada na planta anexa à presente resolução e que dela faz parte integrante, abrangendo os artigos 38.º, 39.º e 40.º do respectivo Regulamento.
2 — Publicar, em anexo, o texto das medidas preventivas aprovadas pela Assembleia Municipal de Lisboa, em 23 de Setembro de 2008, para a mesma área a vigorar pelo prazo de dois anos.
Presidência do Conselho de Ministros, 27 de Novembro de 2008. — O Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.
ANEXO
Medidas preventivas para a área classificada como área histórica da Baixa (área A)
pelo Plano Director Municipal de Lisboa
Artigo 1.º
Âmbito territorial
Fica sujeita a medidas preventivas a área assinalada com a letra A na planta anexa (com excepção das áreas assinaladas com a letra B), à escala de 1:5000, que correspondeà área classificada como área histórica da Baixa pelo Plano Director Municipal de Lisboa, ratificado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 94/94, de 29 de Setembro, a abranger pelo futuro Plano de Pormenor da Baixa Pombalina, actualmente em elaboração.
Artigo 2.º
Âmbito material
1 — Na área assinalada com a letra A na planta anexa, com excepção das áreas assinaladas com a letra B, as medidas preventivas consistem na proibição de:
a) Operações de loteamento e obras de urbanização;
b) Obras de construção;
c) Obras de ampliação, com excepção das obras de ampliação parcial em cave que tiverem por objectivo implantar equipamentos e meios técnicos imprescindíveis à
reabilitação funcional e ou à segurança dos edifícios, e que não provoquem danos nas estruturas do próprio edifício ou no edificado próximo;
d) Obras de alteração, com excepção:
i) Das obras de alteração de coberturas dissonantes que tiverem por objectivo a reposição da sua coerência geométrica para harmonização com as coberturas adjacentes
no contexto da rua e do quarteirão;
ii) Das obras de alteração das fachadas que tiverem por objectivo atingir um melhor comportamento estrutural do edifício, com reposição das métricas pombalinas;
iii) Das obras de alteração das fachadas que tiverem por objectivo a supressão de elementos dissonantes, tais como gradeamentos, caixas de estores e unidades de ar
condicionado;
iv) Das obras de alteração da estrutura resistente que tiverem o propósito de criar uma estrutura, compatível com o modelo original, em edifícios em estado de pré- ruína, total ou parcial, devidamente comprovado por vistoria municipal,
v) Das obras de alteração da estrutura resistente que tiverem o propósito de garantir o bom desempenho estrutural de edifícios onde a estrutura original tenha sido profundamente alterada pela inclusão de elementos estruturais diversos e não colaborantes, atingindo-se uma situação de irreversibilidade;
vi) Das obras de alteração da estrutura resistente, recorrendo, sempre que possível, a materiais e técnicas construtivas similares às originais, que tiverem o propósito de garantir a melhoria do desempenho estrutural dos edifícios, adaptando-os às exigências espaciais e funcionais da vida contemporânea, sem supressão dos elementos, componentes e materiais originais coerentes e em bom estado de conservação;
vii) Das obras de alteração das divisões interiores que tiverem o propósito de realizar alterações, para melhoria de condições de habitabilidade, nomeadamente introdução de instalações sanitárias, cozinhas e elevadores, e que promovam a preservação dos elementos arquitectónicos e decorativos eventualmente ainda existentes e garantam a estabilidade e a compatibilização das soluções estruturais;
viii) Das obras de alteração das divisões interiores que tiverem o propósito de promover a reabilitação funcional de edifícios profundamente alterados nas suas características primitivas e que sejam compatíveis com as estruturas originais remanescentes e com as fundações;
ix) Das obras de alteração de materiais de revestimentos exteriores, com excepção de azulejos, que visem a reposição das características primitivas dos edifícios;
e) Obras de reconstrução sem preservação das fachadas;
f) Obras de reconstrução com preservação das fachadas, com excepção dos casos identificados na lista constante do anexo ao presente texto, onde actualmente só existem as fachadas dos edifícios, devendo nestes casos não ser ultrapassada a cércea, a altura total e a volumetria dos edifícios primitivos e serem adoptadas soluções estruturais compatíveis;
g) Trabalhos de remodelação de terrenos;
h) Obras de demolição, total ou parcial, de edificações existentes, com excepção dos edifícios, ou das partes e elementos construtivos de edifícios, que, comprovadamente,
por vistoria municipal, ameacem ruína ou ofereçam perigo para a saúde pública e para a segurança das pessoas, que visem a consolidação e reforço de estruturas e fundações
ou que resultem de projectos aprovados nos termos das alíneas anteriores.
2 — A realização das obras permitidas ao abrigo das alíneas do número anterior fica sujeita a prévio parecer vinculativo do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR, I. P.), sem prejuízo de quaisquer outros condicionalismos legalmente exigidos e dos pareceres que o referido organismo emite no âmbito da Lei do Património Cultural (Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro).
3 — Ficam excluídas do âmbito de aplicação das medidas preventivas as acções validamente autorizadas antes da sua entrada em vigor, bem como aquelas em relação às
quais existe já informação prévia favorável válida.
Artigo 3.º
Âmbito temporal
As medidas preventivas vigorarão pelo prazo de dois anos a partir da suspensão parcial do Plano Director Municipal, ou até à entrada em vigor do Plano de Pormenor
da Baixa Pombalina, se tal ocorrer antes do termo daquele prazo.
Artigo 4.º
Entrada em vigor
As medidas preventivas entram em vigor no dia seguinte ao da sua publicação no Diário da República.
Sunday, December 7, 2008
«CRITÉRIOS DA BAIXA»: Praça da Figueira, 6B-6C
Wednesday, December 3, 2008
Exposição: Lisboa 1758 - O Plano da Baixa Hoje
Tuesday, December 2, 2008
ROSSIO: o mega cenário autista da «Jogos Santa Casa»
Monday, December 1, 2008
TERREIRO DO PAÇO: a TMN mal disfarçada de Natal
Friday, November 28, 2008
Porquê gastar 3 mil milhões para atravessar o Tejo, se custa 300 com novas tecnologias?
Thursday, November 27, 2008
«CONTO DO NATAL» OU «CONTO DO VIGÁRIO»?
Os impactos negativos são óbvios e não precisam de mais argumentação para além de uma breve e simples visita aos sítios (ver fotografias). Não se pode aceitar que a Praça do Comércio e o Rossio, com pretensões de serem classificadas pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade, possam estar durante mais de dois meses desfiguradas por estruturas de publicidade desta dimensão. Mas antes de se falar na hipotética classificação por um organismo internacional, os cidadãos questionam o silêncio do IGESPAR. Sendo evidente que a plena fruição destes imóveis classificados está comprometida pelas estruturas de publicidade agressiva – e tendo em consideração que a fruição dos bens culturais é um direito que está consagrado na Lei do Património - porque razão o Ministério da Cultura / IGESPAR não salvaguardam a integridade patrimonial da Praça do Comércio e do Rossio? Foram consultados?
É lamentável ver todos os anos a Baixa explorada desta maneira pelas grandes marcas e empresas. E tudo com a aprovação da CML - a mesma que organiza uma exposição que celebra os 250 anos do Plano da Baixa. É frustrante ver o novo executivo da CML a repetir erros de executivos anteriores, num ciclo vicioso que só projecta Lisboa como cidade provinciana, onde a história e o património estão sempre disponíveis, por um preço, em euros.
Wednesday, November 26, 2008
STREETCAR DESIRE...
The big question now is whether Angelenos will want to ditch their cars in favour of something greener.
Tuesday, November 25, 2008
TMN vai ter de reduzir publicidade natalícia com que ocupou Terreiro do Paço
saram ontem. A operadora de tele-
comunicações é uma das patrocina-
doras das iluminações de Natal da cidade, e foi nessa qualidade que encheu o Marquês de Pombal e a Praça do Comércio de totens encimados por megabalões com o símbolo da marca em grandes letras.
Algo que contraria as promessas do presidente da autarquia, que disse que a publicidade dos patrocinadores seria pouco ostensiva. Interrogado ontem sobre o assunto, remeteu a resposta para o seu vice-presidente, que admitiu que, apesar de estar "dentro das regras do concurso" lançado pela autarquia para o efeito, a ocupação da Praça do Comércio se mostra "visivelmente excessiva". O autarca não explicou no entanto se a redução da publicidade será feita por via da diminuição do número de estruturas ou da redução da dimensão de cada uma delas. Nem quais as consequências que a alteração poderá ter no patrocínio da TMN.
"Foi uma nave espacial que apareceu ali e que vai distribuir imensos telemóveis a todos os lisboetas", ironiza a vereadora social-democrata Margarida Saavedra, acrescentando que só assim se justifica semelhante ocupação. O porta-voz da TMN, Francisco Lucena, diz que vão efectivamente ser retirados "alguns pontos de iluminação" da Praça do Comércio, e que a ideia, que funcionava em maquete, teve um efeito diferente quando aplicada à realidade.
Tuesday, November 18, 2008
Para quando uma Lisboa sóbria?
Vem isto a propósito dos posts do João Leonardo e do Fernando Jorge, sobre as iluminações da praxe nesta Quadra, sempre rodeadas da polémica da praxe; não tanto em torno da qualidade e estética daquelas, mas das verbas e concursos respectivos, porque tudo nesta terra parece reduzir-se a uma questão de dinheiro. Perdoem-me a franqueza mas a mim o que me importa é se as luzes de Natal em Lisboa são saloias, pirosas ou sóbrias.
É uma questão de opinião, mas os balõezinhos e claves-de-sol coloridos, em regime de pisca-pisca histérico, que pululam ciclicamente por Lisboa, mais os pseudo-laser de pechisbeque e demais 'invenções artísticas' dos 'criativos' indigitados anualmente para o efeito (vá lá que este ano não temos os pastorzinhos nem as ovelhinhas a néon...) e dignas das Blackpool Illuminations; em nada, mas mesmo nada, dignificam esta cidade, que pretendemos seja uma Capital não da parvónia, mas cosmopolita, sóbria e com requinte. O pior é que ela já o foi. Parece que foi sempre assim, mas não foi.
Foto: Paris
Que comércio para a Baixa? (2)
António Sérgio Rosa de Carvalho
«A Baixa pombalina lisboeta e a dinâmica "Chindia"
A Baixa vive no presente uma crise profundíssima, que poderá levar a ser interpretada como "terra de ninguém"
Afinal, qual é a importância da Baixa pombalina para o património mundial, ocidental e europeu? Qual é o seu significado para Portugal, visto precisamente neste vasto contexto da história urbanística e das ideias?
A reacção do Marquês ao cataclismo transporta em si, através de uma estratégia sócio-política e de um método racional, uma vontade de aproveitar este desastre para conceber uma nova sociedade.
A Baixa, apesar da sua unidade tipológica, da sua racionalidade de composição no espaço, da sua estandardização dos métodos de produção, não abdica, através da grande tradição barroca, de um urbanismo monumental e simbólico, bem patente na alternância dos seus espaços públicos, das suas igrejas e praças, culminando este jogo espacial na grande Place Royale, grande espaço institucional, a que se decidiu de forma ilustrativa do projecto político-social chamar de Praça do Comércio.
A Baixa constitui, portanto, um décor de um projecto iluminista de reforma da sociedade, da criação de uma classe mercantilista e de uma dinâmica comparável às sociedades protestantes. A construção do décor cumpriu-se. O projecto sócio-político não.
A Baixa constitui, portanto, um grande monumento urbanístico, técnico, sociológico, e portanto, na perspectiva ocidental, um monumento civilizacional.
Ora, em toda a Europa, nos centros históricos desta importância, é aplicada uma estratégia de planeamento comercial, que determina as características e a qualidade do comércio a instalar por zonas.
A Baixa vive no presente uma crise profundíssima, de uma decadência híbrida, que poderá levar a ser interpretada como "terra de ninguém" pelas dinâmicas expansionistas do comércio global.
A pressão exercida nos pequenos espaços que vão vagando pela dinâmica "Chindia" é tremenda.
Interpretar este desafio numa perspectiva étnica é um absurdo ilustrativo de como algumas manifestações do "politicamente correcto", inibem e toldam o discernimento e a evidência.
Trata-se de determinar se as características de um certo tipo de comércio se enquadram na dimensão cultural e civilizacional de tão importante monumento. Daí a necessidade também de rigor nas actividades a desenvolver na Place Royale que constitui a Praça de Comércio, em virtude da sua carga simbólica e da gravitas que o seu peso institucional e dimensional implicam.
Citando aquilo que já afirmei num artigo anteriormente publicado no PÚBLICO: "A Baixa não é um "bairrozito". Apesar de decadente, é uma city europeia e foi assim que ela foi concebida."
Afinal, os representantes destas duas grandes e antiquíssimas civilizações estão no seu papel nesta nova dinâmica de expansão económica no contexto globalizante. Cabe-nos a nós desempenhar o nosso. Historiador de Arquitectura»
Que comércio para a Baixa? (1)
Chegado por email:
«Caros Amigos,
Envio-lhes estes dois textos da minha autoria publicados no Público.
Eles ilustram a minha profunda preocupação em relação a este tema, tão importante para aquela que foi e que deveria continuar a ser a nossa zona de excelência no que diz respeito o comércio tradicional.
O "caso" da "Lua de Mel" é apenas mais um exemplo daquilo que está a acontecer todos os dias, de forma progressiva, na Baixa, temendo-se o pior com a Crise que se anuncia.
Basta compararmos a evolução positiva que toda a zona do Largo de S. Carlos, Rua Anchieta até ao Largo de S. Carlos com estabelecimentos como a "Brasserie Austriaca", o "Café do Chiado", a Loja do "EL Caballo" ( etc.)e diga-se de passagem a verdadeira loja de Artigos Turísticos dirigidos ao Turismo Cultural que constitui a Loja da Catarina Portas, com o que está já a contecer com os dois importantes eixos de rota turística que passo a descrever :
- O primeiro trata-se daquele que se inícia na Rua da Conceição (outrora zona consolidada de retrosarias e que já começa a apresentar as suas "brechas" e "rupturas" com a penetração do tipo de Comércio que descrevo nos meus textos ) e que se prolonga através do Largo da Igreja de S. António, passando pela Sé até ao Largo das Portas do Sol. Ora esta zona que tinha uma função de prestigio consolidada com Antiquários e outras lojas de artigos turísticos de qualidade, começa a ver nela instalados estabelecimentos do tipo descritos e carcterizados por mim nos meus textos.
- E que pensar da instalação de uma loja deste tipo num antigo Antiquário em plena Rua D. Pedro V ( Zona con função comercial de prestigio consolidada )entre os Antiquários tal como aconteceu ?
Tudo isto tem uma importância extraordinária para a imagem de Lisboa como produto europeu de Turismo Cultural que tem que ser baseado na Qualidade, Autenticidade e Criatividade !
Isto também ilustra uma ausência total de estratégia por parte da C.M.L. na área do Urbanismo Comercial com consequências graves para a nossa qualidade de vida no quotidiano, para o potencial turístico de Lisboa, dependente de Identidade e Autenticidade, e consequência de indeferença ou de total incompetência por parte da Câmara.
Um Abraço de António Sérgio Rosa de Carvalho»
Monday, November 17, 2008
Lojas do Chiado alargam horário para o Natal
As lojas da zona do Chiado alargaram o horário de funcionamento até uns dias depois do Natal. O objectivo é dinamizar o comércio. Mas na noite de sábado, ainda eram poucos os clientes às compras.
Mais de uma centena de lojas da zona do Chiado, em Lisboa, decidiu começar a ter as portas abertas por um maior período de tempo. Até ao Natal, aos sábados, passam a fechar às 23 horas. E nos restantes dias (incluindo domingos) fecham às 20 horas. A intenção passa por impulsionar a movimentação na zona e cativar as pessoas para esta zona da cidade tentando, assim, fazer face à dura concorrência das grandes superfícies comerciais da cidade.
Estes novos horários começaram a partir da noite de sábado. Todavia, o JN esteve na zona e constatou que, por volta das 22 horas, apenas cerca de metade das lojas tinham as portas abertas. E nessas não abundava clientela.
"A partir das 21 horas não entrou mais um único cliente aqui na loja", desabafou, ao JN, Susana Gonçalves, uma das responsáveis da loja Stradivarius, na rua do Carmo. Mesmo assim, a comerciante vai continuar a adoptar este novo horário até aos dias de Natal.
"Estou convencida que, para já, as pessoas ainda não têm conhecimento que as lojas fecham mais tarde porque não tem havido grande divulgação", afirmou. Na sua óptica, há ainda outra razão que pode explicar a escassa quantidade de clientes: a badalada crise económica.
A comerciante aproveitou ainda para manifestar uma séria preocupação: a segurança nas ruas. Na sua opinião, as ruas do Chiado sofrem de escassez de policiamento: " Se durante o dia já não sentimos muito segurança, agora à noite é ainda pior - eu estou aqui cheia de medo", confessou.
Entretanto, assinale-se que foi na mesma noite de sábado que se acenderam, pela primeira vez este ano, as iluminações de Natal.
In JN
Saturday, November 15, 2008
Lisboa mergulha na febre do Natal com inauguração da iluminação festiva
The Union of Consumers has written to the mayor of Seville, Alfredo Sánchez, asking him to ensure the city does not allow Christmas street lights to be left on for too long, “with the double objective of reducing CO2 emissions and protecting the economies of Spanish families”.
In INTERNATIONAL HERALD TRIBUNE, 10 de Novembro de 2008
Wednesday, November 12, 2008
5' em dia, supostamente, por Lisboa (3)
O Sr.Presidente teve também tempo para confirmar, a quem estava atento, aquilo que eu já dissera aqui, ou seja: está completamente confuso sobre o tal de acesso mecânico ao Castelo, desde a colina de São Cristóvão. Ou seja:
Confunde elevador dentro do prédio do final da Rua da Vitória, com escadas rolantes públicas dentro do piso térreo da Rua dos Fanqueiros e do lado de lá, na Rua da Madalena. Idem com o acesso ao longo do edifício do antigo Mercado do Chão do Loureiro. E quão grande é a diferença, santo Deus, além de que só a escolha de escadas rolantes é minimamente credível e fundamentada tecnicamente, e a única suficientemente capaz de ser eficiente e eficaz, que é o que se deseja. Se é para colocar um elevador em cada sítio, mais vale ficar tudo na mesma.
Mais uma vez, nem a mesa nem os organizadores fizeram qualquer pergunta sobre isto. Nem houve intervenção do público.
5' em dia, supostamente, por Lisboa (2)
O Sr. Presidente contradisse-se inequivocamente quanto à suspensão de artigos do PDM para efeitos de Plano de Pormenor da Baixa Pombalina ao deixar escapar que embora sendo a suspensão directamente para 4 projectos «estruturantes» (*) (as aspas são minhas), lá foi adiantando que a suspensão é precisa para ... obras de alterações nos edifícios de modo a que se atraia mais moradores à Baixa, uma vez que a condicionante imposta no PDM - apenas obras de conservação e restauro - não chegam para esse fim. Ou seja, duas consequências: é o começo de obras de alterações 'por dá cá aquele palha' e é o fim de qualquer hipótese (já ténue, diga-se de passagem) de candidatura da Baixa Pombalina à UNESCO. Mas é bom que as coisas sejam claras e que cada qual assuma as suas responsabilidades.
Curioso foi ver que, mais uma vez, nem a mesa nem os organizadores fizeram qualquer pergunta sobre isto. Nem houve intervenção do público.
(*) Abertura dos museus da Moda e do Design (edificio BNU/Rua Augusta); Museu da Moeda (Igreja de São Julião e edifício contíguo, ambos do Banco de Portugal); acesso mecânico ao Castelo; e demolição de anexos ilegais no Quartel do Carmo.
5' em dia, supostamente, por Lisboa (1)
«diagonal | s. f. | adj. 2 gén.
do Lat. diagonale < Gr. diá, através + gonia, ângulo
s. f.,
segmento de recta que, num polígono ou poliedro, une vértices de ângulos não situados sobre o mesmo lado ou sobre a mesma face;
direcção oblíqua;
adj. 2 gén.,
oblíquo».
Em vez da Circular das Colinas, vem aí a 'Diagonal Nascente-Poente'. Foi o Sr. Presidente que o anunciou ontem, no São Luiz, em mais uma jornada por A.Costa, perdão, por Lisboa. E disse mais:
Disse que, aproveitando o túnel do Marquês que já lá está [mas o PS não era, e bem, contra o túnel?], e uma vez que a Circular das Colinas foi liminarmente vetada pela AML, há a possibilidade de construir uma diagonal, passando pela Av. Duque de Loulé [túnel?], passando pelos edifícios desactivados do Arquivo de Identificação de Lisboa [partindo edifícios? em túnel?], e pelos terrenos do D.Estefânia [esventrando os jardins? partindo pavilhões? A CML já se pronunciou sobre a desafectação do D.Estefânia, como devia? ou faz figura de corpo presente?], também em vias de ser desactivado, e abrir uma diagonal nascente-poente que leve os carros do Marquês ao Alto de São João [suponho que por via da construção de túnel no final da Pascoal de Melo?].
Curioso foi ver que nem a mesa nem os organizadores fizeram qualquer pergunta sobre isto. Nem houve intervenção do público.
Tuesday, November 11, 2008
"UM DIA POR LISBOA - Fazer e não fazer" - A Baixa e o Chiado
Monday, November 10, 2008
«Bicycle-sharing changing the face of Europe»
Over the past several years, the programs have sprung up and taken off in dozens of cities, on a scale no one had thought possible and in places where bicycling had never been popular.
The new systems are successful in part because they blanket cities with huge numbers of available bikes, but the real linchpin is technology. Aided by electronic smart cards and computerized bike stands, riders can pick up and drop off bicycles in seconds at hundreds of locations, their payments deducted from bank accounts.
Programs in Germany and Austria tend to work on a different system: Members receive cellphone text messages providing codes to unlock the bikes.
The actual impact of bike-sharing on traffic or emissions is difficult to quantify because converts include people like Monllor, who would have driven, as well as those who would have taken public transportation.
Sunday, November 9, 2008
ORÇAMENTO PARTICIPATIVO - 2ª fase: VOTE!
Solicitamos agora, até ao dia 14 de Novembro, que consultem as propostas seleccionadas, e votem nas três que gostariam de ver inscritas no Plano de Actividades da CML para o ano de 2009.
Saturday, November 8, 2008
Estacionamento VIP: Rua dos Fanqueiros
Thursday, November 6, 2008
Lojas no Chiado são as mais caras e custam 1.200 euros/m²
O Chiado é a localização de comércio de rua mais cara de Lisboa com uma renda anual de 1.200 euros por metro quadrado (m²) registado no segundo trimestre deste ano, e que representa um crescimento de 17,6% face a igual período do ano anterior, de acordo com a Jones Lang LaSalle.
«Este crescimento impulsionou a localização a posicionar-se à frente da Avenida da Liberdade, que é actualmente a segunda mais cara do país, com rendas prime de 900 euros/m²/ano, cerca de menos 11,8% do que no 2º trimestre de 2007. Comparativamente aos outros países analisados (num total de 25) e tendo em conta apenas a localização mais cara de cada um dos países, Portugal posiciona-se na 21ª posição.
De acordo com a directora de Retail Leasing da Jones Lang LaSalle em Portugal), Patrícia Araújo, «sente-se um interesse crescente por parte dos retalhistas no comércio de rua, principalmente no Chiado e na Avenida da Liberdade. No entanto, a oferta ainda não está inteiramente adequada à procura, uma vez que os espaços disponíveis são, na sua maioria, muito pequenos e nem sempre oferecem as melhores condições em termos de layout por não permitirem o nível de exposição exigido actualmente pelos lojistas».
A nível europeu, Moscovo, Paris, Londres e Dublin têm as localizações de comércio de rua mais caras da Europa.
Moscovo integra três das cinco localizações de comércio de rua mais caras na Europa (em termos de valores de arrendamento), nomeadamente Stoleshnikov Lane, ruas Petrovka e Tverskaya. Os Champs Elysees (7.360 euros/m²/ano), em Paris, mantêm-se como a localização de comércio de rua mais cara da Europa, seguida pela Stoleshnikov Lane na Rússia (7.035 euros/m²/ano) e pela New Bond Street em Londres (6.762 euros/m²/ano).
O Head do European Retail Agency da Jones Lang LaSalle, James Dolphin, comenta: «As ruas comerciais prime da Europa tiveram um desempenho consistente ao longo do último ano e, em alguns casos, prosperaram, apesar da turbulência nos mercados financeiros e da pressão sobre o consumo privado. Em geral, prevê-se que as rendas prime permaneçam estáveis em toda a região à medida que o fraco crescimento do consumo privado seja compensado pelo fortalecimento da procura de espaços nas melhores localizações».
Saturday, November 1, 2008
O curto ciclo de vida da iluminação pública na Praça do Comércio
Monday, October 27, 2008
ESPECIALIDADES do TERREIRO DO PAÇO: Balão insuflável da CML
Especialidade Nº7: Balão insuflável da CML